Crédito: Nuno Lopes | Pixabay



Em recente viagem à cidade do Porto, em Portugal, notei que em agências de viagem não constavam pacotes para o Brasil. Nas cidades vizinhas, da mesma forma, não havia referências ao turismo no Brasil. Em uma agência, indaguei um senhor sobre esta situação e me respondeu secamente, sem maior explicações: o Brasil não está aqui.

É compreensível o turismo português para ex-colônias como Açores, Angola, Moçambique. Mas o que justifica o turismo em outros países da África? Havia turismo até para Costa Rica e nada para o Brasil!

Diante disto, comecei a ouvir pessoas sobre o Brasil. A filha do dono de um restaurante disse-me que gostaria de vir ao Brasil, mas tinha medo, pois sua tia esteve em Fortaleza e teve o par de tênis roubado na praia debaixo da mesa, enquanto ela descansava os pés. Outra pessoa disse-me que seu amigo foi assaltado no Rio e por isso não viria ao Brasil. Um alemão disse-me a mesma coisa: que gostaria de conhecer o Rio de Janeiro, mas tinha medo de ser assaltado

A região do Porto, depois de Lisboa, deve ser a região com maior número de brasileiros que vivem em Portugal. Relatos de brasileiros residentes no Porto e cidades vizinhas dão a entender que existe também uma certa xenofobia contra os brasileiros que lá trabalham

Recentemente, vimos pelas redes sociais o caso da professora brasileira que, lecionando em Portugal, perguntou às crianças pequenas, suas alunas, o que pensavam do Brasil. Responderam: ”lá tem ladrão e é muito quente.” Devido à repercussão do caso, a professora perdeu o emprego.

Em Portugal, o turismo é muito intenso. Lisboa recebeu, no ano passado, seis milhões e meio de turistas. Porto é uma cidade de encher os olhos. Limpeza impecável, sistema de trens para diversas partes do país, linha de metrô dentro da Universidade, no Aeroporto. Nem São Paulo, nem o Rio tem metrô nos aeroportos! Lá, no Porto, fervilham turistas. A cidade tem 230 mil habitantes e com as cidades da área metropolitanas somam-se em torno de um milhão e duzentos mil. A forma de retratar o número de turistas, nos é curiosa: dizem que, no ano passado, houve onze milhões de dormidas, ou seja, os leitos foram ocupados onze milhões de vezes. Não especificam o número de pessoas.

É uma pena esta visão negativa do Brasil na Europa. Aqui existem tantos lugares excelentes para serem visitados! Cabe ao governo brasileiro buscar formas de desfazer esta visão negativa. No Porto, vimos um grupo de moças da Universidade,- onze moças - elegantemente vestidas e uniformizadas, incluindo a inconfundível capa preta própria dos Universitários, tocando violão, cantando músicas folclóricas, em diversas partes da cidade e, logicamente, passando o chapéu. Dinheiro para formatura, ou simplesmente, para as inúmeras farras das Universitárias. Da mesma forma, havia, também, um grupo de rapazes universitários, de terno azul e gravata, tocando Sax e piston, onde houvesse aglomeração de turistas.

Em tempos idos, talvez setenta anos atrás, o governo brasileiro distribuía cafezinho, em diversos pontos de Paris, como forma de divulgar o produto brasileiro. Fico imaginando, o governo enviando a Portugal e a outros países da Europa, grupos musicais para apresentação de rua, ou em outros espetáculos, como forma de melhorar a imagem do Brasil, fazendo-os verem que existem muitas coisas boas em nosso país. Não esta coisa estereotipada de grupos de samba e mulheres seminuas. Isto depõe contra a imagem do Brasil. Mas grupos musicais de aché, samba, baião, forró nordestino, a bossa nova, a música de gafieira e tudo o mais que se torna importante para divulgar a imagem do país.

No Porto, a festa de São João é a festa mais esperada do ano. E por que não uma apresentação das maravilhosas quadrilhas do nordeste, de Caruaru, Campina Grande naquela cidade?

Todos conhecemos o valor do turismo para um país. Obviamente o Brasil terá muito a lucrar melhorando sua imagem no exterior. É triste constatar que o Brasil não figura entre os cinquenta países mais visitados do mundo. Com seis milhões de visitantes, estamos muito aquém de outros países. A França recebe 89 milhões de turistas por ano, a Espanha 68 milhões, a Itália 58 milhões, sendo o quinto país com maior número de turistas. O México, com todos os seus problemas, recebe 45milhões; o Vietnam 18 milhões, a Tailândia 24 milhões.

Definitivamente, o Brasil não está na rota internacional do Turismo.


Ivan Batista da Silva é professor, ex-secretário municipal de educação de Patrocínio, diretor do Colégio Atenas e colunista da Rede Hoje



O escritor e repórter Luiz Antônio Costa, relembra em seu livro, “O Som da Memória”, sob o título: “A MAIOR TRAGÉDIA DA HISTÓRIA DE PATROCÍNIO"

Um trágico acidente ocorrido em 15 de agosto de 1973, envolvendo patrocinenses em viagem para Romaria, (chamada naquele tempo de cidade de Água Suja). 17 pessoas perderam a vida.

O fato foi, registrado na época nas páginas do Jornal de Patrocínio, (que então contava com apenas dois meses e meio de fundação.)

Um caminhão Alfa Romeo, ano 58, saiu de Patrocínio às três horas da manhã, conduzindo mais de 50 pessoas para a tradicional festa religiosa de agosto em Romaria.

Na localidade de Macaúbas, cerca de 24 Km de Patrocínio, o caminhão se desgovernou “vindo a capotar” ( luiz, apurou, posteriormente para a publicação do referido livro, que o veículo teria caído direto numa vala da Br 365 que se encontrava em construção)…

17 patrocinenses, lamentavelmente perderam a vida.

Entre os quais, o próprio motorista, Ramiro Francisco de Brito, esposa e filhos faleceram no local.

Além dos acidentes fatais, cerca de 36 pessoas ficaram gravemente feridas.

A Santa Casa de Patrocínio, ficou lotada, tal qual um hospital em tempos de guerra, médicos e enfermeiros em força tarefa se desdobraram socorrendo as vítimas.

A população perplexa e comovida não queria acreditar na fatalidade ocorrida.

Eu tinha então 12 anos. Alguém se lembra? Perdeu algum parente? Ou foi alguém que sobreviveu como que por milagre...

Há 50 anos…Uma página de dor e lágrimas. Sem dúvida o dia mais triste na história de Patrocínio e região. ( Anuncio antes, caso a cidade queira fazer algum evento póstumo...Uma oração, uma lágrima, um minuto de silêncio...)

ALGUMAS MANIFESTAÇÕES VIA FACEBOOK

- Marcelo Houston Ptc:

Lembro de meu pai comentar que estava passando no local e ajudou a socorrer as vítimas, ele era motorista do expresso União e fazia a linha Patrocinio/Uberlândia.”

- Cássia Beatriz:

Nossa ,eu era pequena, nós morávamos perto deles,vizinhos,Sr Ramiro, Dona Emília, os filhos, e eu perdi nesse acidente minha madrinha, Terezinha, triste lembranças.”

- Rosangela da Silva Vilela:

Lembro dimais, na epoca a filha do Ramiro estudava na minha classe.Na igreja Santa Luzia vários caixoes , muito triste. “

- Ivani Nascimento Silva:

Minha prima que morava comigo”.

 Ivan da Cunha:

Até hoje guardo na memória..

Lamentável em todos os sentidos..”

- Cláudio Mendes dos Santos:

O caminhão não era este, e ele capotou, voou e bateu de frente no barranco.”

- Carlos Alberto:

Era um FNM do Sr. Ramires. Isto mesmo Cláudio?”

- Cláudio Mendes:

sim”

- Carlos Alberto:

Ramiro irmão do Sr. João Branco”

- Cleide Brito Souza:

 “Sou filha do João Branco. Presenciei o acidente. Perdemos , tio, tia, 2 primas, marido e filho de uma prima. Cinco filhos do tio Ramiro estavam no acidente mas sobreviveram. Hoje são pessoas maravilhosas que venceram na vida. Um exemplo de união.”

- Vicente de Paulo Costa:

Vi minha mãe receber a notícia de falecimento de meu irmão João Batista da Costa nunca vi

tanto desespero e tristeza muito triste relembrar.

- Humberto Correia:

Lembro-me, como se fosse hoje esse trágico acidente, estava eu na época com 8 anos.

O saudoso Humberto Cortes, anunciava através da Rádio Difusora AM 590 kHz a triste notícia, deixando toda cidade enlutada.

Na época, morava na Vila Constantino, hoje Bairro.

O tempo nublado, cinzento deixava ainda mais triste e apreensivos, amigos, familiares e conhecidos dos romeiros acidentadas e falecidos.

O motorista do caminhão, senhor Ramiro, segundo relato teve a direção do FNM prensada contra o seu peito.

Na época, faltou sinalização (imperícia) no corte da estrada vindo o caminhão. cair no local, meio a uma armadilha.

Naquela época, ao que parece, ninguém ajuizou nenhum tipo de ação contra a construtora, nem o Estado, responsável pelo asfaltamento da BR 365.

Alguns vizinhos nossos,  Milton Magalhães, só não estavam entre os acidentados e os mortos, porque erraram a hora, outros o relógio (Despertador) não tocou.

A notícia a época foi veiculada em nível nacional, era uma manhã de quarta feira, 15 de agosto de 1973.”

- Cleide Brito Souza:

 “Isso mesmo. Estavam construindo a 365 e não tinha nenhuma sinalização. Foi muito triste.”

- Maria trindade Bessa:

Muito triste. A cidade estava em luto num silêncio profundo!”

- Maria do Carmo Xavier:

Muito triste, lembro de ir em velório próximo da cadeia antiga,mas; aquela antiga

mesmo; fundos bairro S Vicente”.

- José Manuel de Souza:

Eu lembro como se fosse hoje deste triste acidente. “


Imagem de The Pixelman | Pixabay

Já que vou falar de escritores, livros, crônicas, notícias, aproveito para, antes, explicar porque escolhi este nome “Dente-de-leão” para minhas crônicas do cotidiano.

Quase todo mundo já soprou um dente-de-leão e observou suas sementes voarem ao sabor do vento. Graças ao formato semelhante ao de um paraquedas, com uma haste presa a um tufo de 100 filamentos (pappus), elas conseguem percorrer longas distâncias antes de caírem no chão. Foi assim que a espécie conseguiu se espalhar pelo mundo”. Explica uma reportagem da Revista de Pesquisa da Fapesp

A escolha se deu por uma razão simples: eu sou um espalhador de informações, opiniões e, por consequência, de ideias. Tal qual o dente-de-leão, só que ao invés de sementes, espalho palavras (que acabam sendo a mesma coisa de forma diferente), que não sei onde vão parar, nem o efeito que vão produzir. Por isso tenho muito cuidado nas coisas que escrevo.

Vamos ao tema de hoje:

Terça-feira desta semana, 25 de julho, foi celebrado o Dia Nacional do Escritor! Em Patrocínio a Sociedade Amigos da Biblioteca (SAB) está realizando uma semana dedicada aos escritores com o apoio da Secretaria de Cultura e Turismo e Biblioteca Pública Municipal. E nesta sexta-feira, dia 28 de julho, às 19h, na Biblioteca Pública Municipal, o 1º Sarau Cultural Livre programação haverá.

As páginas dos livros, os conhecimentos acumulados ao longo dos séculos, a imaginação que transporta os leitores a mundos desconhecidos e as histórias que os conectam a diferentes realidades e experiências humanas, devem ser preservadas. A preservação literária promovida pelo acervo da biblioteca é um investimento no desenvolvimento humano, na construção de uma sociedade mais influente, crítica e criativa. É uma celebração do poder das palavras para transformar vidas, nutrir mentes e inspirar corações”, diz o texto de divulgação da SAB, com o qual concordo sem mover uma vírgula.

No dia 25 de julho de 1960 é a realizado o Primeiro Festival do Escritor Brasileiro, organizado pela União Brasileira dos Escritores (UBE) sob a presidência de João Peregrino Júnior e Jorge Amado — um dos grandes nomes da literatura no Brasil. Tomou-se então, esta data, como o “Dia do Escritor” no Brasil.

O objetivo é ressaltar a importância do trabalho dos escritores e escritoras que, através dos livros, jornais e revistas, formatos digitais (como e-books, sites e blogs) da escrita transmitem conhecimento, cultura, contam histórias, criam personagens e transformam as pessoas e o mundo.

No universo infantil, por ser uma fase de desenvolvimento, o contato precoce da criança com os livros desperta nela o interesse pela leitura, estimulando a fala, a criatividade, a capacidade de raciocínio e proporcionando um universo lúdico através de fábulas, cores e ilustrações. Ler e escrever são hábitos que serão levados para a vida toda e os livros são a base dessa aprendizagem.

Os escritores são homenageados em duas datas: dia 25 de julho, quando, no Brasil, é comemorado o Dia Nacional do Escritor e no dia 13 de outubro, no Dia Mundial do Escritor.


Devemos cobrar mais apoio sobre as dificuldades da classe no Brasil. E precisamos lutar para melhorar as condições dos escritores atuais e incentivar o aparecimento de novo. Não é só os recursos financeiros que promovem este incentivo, mas também a divulgação de seus trabalhos e à proteção de seus direitos de autor.

Aqui na Rede Hoje temos portas abertas para divulgar as obras de qualquer que seja o escritor: novo ou velho, iniciante ou veterano, com ou sem recurso. Assim, creio que estamos fazendo a nossa parte, pois, na condição de escritor, sei o que espera a todos do ramo quando tem uma história pra contar.

Parabéns à SAB que faz um trabalho fundamental para manutenção dos nossos escritores e aparecimento de novos. À Secretaria de Cultura que incentiva como pode as nossas artes e, principalmente, parabéns a todos os escritores do mundo e, especialmente aos patrocinenses que são muitos e diversos. Todos nós merecemos essa comemoração.


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