(14 ANOS DE NOSSA COLUNA " O MEIO E MAIS" NA GAZETA DE PATROCÍNIO. 39, NA IMPRENSA PATROCINENSE… EUSTÁQUIO, BODAS DE RUBI!)

Aqui me lembrando, no dia 16 de Janeiro de 2009, escrevia a nossa primeira coluna na Gazeta de Patrocínio… Antes escrevi, por 25 anos no Jornal de Patrocínio, com passagem também pela Revista Presença e há 14 anos assino um Blog no Patrociniooline .(A propósito desse nosso blog lá no site do Sanarelli, é de bom alvitre dizer, para meia dúzia de três pessoas que sempre me perguntam, que há um ano ele se desconfigurou, se bloqueou-se, não consigo postar mais nada por lá. Com muito custo, sai alguma crônica no meio das notícias policias. Só o meu blog, fora do ar, com o eterno “server error”)

Mas, 02/03/23, fará um ano que sou cronista semanal aqui no conceituado Portal Rede Hoje: “Mílton Magalhães Escreve:”

Ou seja, são 39 anos de militância na imprensa patrocinense.

Atenção. Tenho a honra de registrar aqui também que o "Menestrel Rangeliano"- Eustáquio Amaral, autor da " PRIMEIRA COLUNA”, Jornal de Patrocínio, com passagem também pela Revista Presença, completou neste 16/01, 14 ANOS na Gazeta de Patrocínio E, no próximo dia 25/ 02, 45 ANOS (Bodas de Rubi) na imprensa rangeliana.

Tanto Menestrel, quanto eu, não temos vínculo político, nem publicitário, ideológico com ninguém. Escrevemos por amor a Patrocínio...( Eustáquio, infinitamente mais, ainda assim. duvi dê o dó, que o sr prefeito, deputados e vereadores leem a sua coluna) Ambos, sem mandato político, sem cor partidária, sem jabaculê, sem “agradinho”, sem um centavo em troca, somente por amor a terra-mãe.

Menestrel, sempre tem sido um atalaia em defesa da moralidade no serviço público. Um defensor da preservação do patrimônio histórico; um ferrenho defensor do meio ambiente; Jamais cessou de solicitar ética, respeito e transparência na aplicação do dinheiro público.

E mais- Eustáquio , possui raridade, que nem a Fundação Casa da Cultura, Odair de Oliveira, possui: Cópia do discurso de posse do patrono da cultura patrocinense, Odair de Oliveira, em sua posse na Academia Mineira de Letras. Uma joia.

Com 41 anos, Rondes Machado, sugeria que a PRIMEIRA COLUNA entrasse para o Livro Guiness dos Recordes. (Imagine agora com 45) Eustáquio, fica constrangido ao se referir a si mesmo e seu trabalho, mas Rondes lembrava-lhe que é um direito. Que terá que ser buscado. Provas documentais e mérito é que não faltam.

Ele, 45, eu 39 anos! Amaral, merece toda nossa reverência e gratidão!

Sua coluna é fonte de informação, conhecimento técnico e cultura, leitura obrigatória para agentes públicos e quem diz ser patrocinense. Repito: Duvido que o sr prefeito, atuais deputados e vereadores leem a sua coluna.

Ele, 45, eu 39 anos! Continuamos escrevendo e sendo lidos, mas tem uma honra que ninguém, vai roubar de Eustáquio e Milton.

Entre outros: Sr. Diolando Rabelo, Sr. José Afonso Amorim, Dona Toniquinha Lemos; Dr Paulo Pereira, Rondes Machado, Sebastião Eloi, Dr Gerson de Oliveira e Prof. Hugo Machado, essa gente tertúlia muito acima da média, como seres humanos e como mentes pensantes. Seres de senso crítico refinado. Eles nos ligavam, mandavam cartas, visitava a nossa casa, nos incentivam, colaboravam com a nossa coluna. Do meu lado, eles punham o sarrafo lá em cima pra mim. Piava fino, tendo eles como leitores. Não é saudosismo. É Gratidão.

ESSA HONRA NINGUÉM VAI NOS ROUBAR:







Passei a tarde de ontem com Gilberto Eustáquio da Cunha, um ex- colega de trabalho. (Pouco antes de sua chegada em minha casa, os Correios havia entregado um envelope de papel kraft, ainda ali…sem coragem de abrir, pois aquilo tocava as cordas do meu coração.)…



Consegui uma meta em minha vida, da qual me orgulho muito. Tive o carinho e o respeito de todos meus colegas de trabalho, ao longo de mais de trinta anos de labor. Não preciso de dizer que nosso encontro, teve o contentamento dos bons amigos tomando um cafezinho juntos ao longo da tarde.

Gilberto, veio entregar em mãos algumas tranqueirinhas minhas que havia ficado em meu armário na empresa, desde que me aposentei e sai. " São coisas suas, quem tem de jogar fora, ou não, é voce"Disse meu justo e responsável amigo. Nada muito. Relíquias afetivas: Dois minidicionários de Português; um novo testamento de bolso, alguns recortes de jornais e a reprodução de um telégrafo de madeira, feito e entregue pelas mão do Sr Zinho, ex- telegrafista da RFFSA.

" Voce faz muita falta, falei isso com a Ligiane” (outra ex- colega de trabalho) . Lembro ao leitor que durante toda nossa conversa, havia ao me lado um envelope de papel kraft, ainda lacrado.

Gilberto de férias, seis horas de conversas, teve risos e lágrimas.

Duas perdas recentes, dois ex-companheiros de trabalho, foi lamentada por nós. E claro, lembramos de meu padrinho João Fernandes do Santos, falecido em 2017, de manhãzinha no trampo. Gilberto, trabalhava lado a lado com ele. No dia de sua partida, coincidentemente, Gilberto, também guardou seu olhar diferente, naquele dia parecendo querer nos dizer algo... O que será que ele queria nos dizer...

O jovem Higor Pinheiro, (29) que veio a falecer no dia 28/12/ 22 foi carinhosamente lembrado, em nosso bate papo. Higor, devia ter quase 1,90 de altura, seu pai Tião Abatiá, dever passar um pouco de 1: 60. Era carregada de ternura a cena do filho se curvando para beijar o pai que o levava de moto ao trabalho. Era um "vai com Deus pai e um fica com Deus filho" sem o mínimo de acanhamento na frente de todo mundo. Ficou em nossa mente...

E, outra baixa dolorida, nosso Gilmar Alves Fernandes (filho do Sr Valdo da Moto Minas) faleceu em 03/01/23, embolia pulmonar, em Presidente Olegário. Pensa num caboclo custoso, quando cheguei na Serviços Gráficos em 86, ele já estava por lá. Saia para gandaia na sexta-feira e só faltava na segunda, todo esbandaiado para o trabalho. Vi que não teria muito tempo de vida naquela senda. Fui lhe aconselhando em meio a suas chacotas, terminou a vida como uma liderança evangélica, muito bem quisto na cidade de Presidente Olegário. Chegava a dizer que eu era seu "pai espiritual". menas, menas Gilmarão...Mas, tornou-se o que se poder dizer, um encanto de pessoa…

Gilberto se foi, me deixando sozinho com envelope de papel kraft.

Embora morrendo de curiosidade, deixei para abri-lo no outro dia…

A tal rádio Difusora de Patrocínio, que só passa música ruim no Show da Manhã, resolveu vingar. Por Deus, na hora que estava abrindo o envelope eles me tocam "Canção da América" com 14 Bis. “ amigo é coisa…” O som ecoa n'alma.

Ai a saudade represada, arrebentou os diques do meu coração.



Como no céu ainda não há Correios, Suzana Machado, filha do saudoso amigo Rondes Machado, resolveu fazer a vez no pai. Enviou-me encartes do Globo, contando a vida o Rei. Rondes, era a única pessoa no Planeta que lia um jornal pensando nos amigos. Textos grifados, comentados -e o mais marcante- um bilhetinhos com comentários alusivos inteligentíssimos.



Sempre chamei de "Universidade de Recortes",pois foi muito edificante pra mim. Vide última foto...Todos os domingos pontualmente às 14: 30 da tarde ele me ligava no fixo. Era uma hora da mais agradável prosa…



O gesto de Suzana, pra mim, equivale a um daqueles gols que Pelé não conseguiu marcar na carreira...

Sabe aquele tiro beem de longe, certeiro ao coração…

(Acho que devo marcar com um cardiologista)

A propósito, larga dessa preguiça literária, busque aqui no Portal Hoje, a crônica: “Um craque na bola, na vida e na eternidade” leia a homenagem que escrevi sobre Rondes Machado.

Confesso que nunca mais fui o mesmo depois dessa perda...


Foto: Acervo Público Municipal | Casa Cultura | Museu Hugo Machado Silveira



> Um passarinho passa anunciando: “Que máximo! O novo Presidente da Câmara de Patrocínio é o Leandro Caixeta, ‘prefeito’ do nosso Bairro Morada Nova!” Pelo jeito o repórter alado vai percorrer os mais de 50 bairros da cidade levando no bico essa nota alvissareira. Passarinho bairrista, dê desconto a ele...

> “É de manhã, vem o sol mas os pingos da chuva que ontem caiu, ainda estão a brilhar". "Larga de ser jurássico, Milton!" — eu dizendo pra mim mesmo — "Ninguém sabe quem é Nara Leão (Dolores Duran / Tom Jobim). Em tempos de Plabllo Vittar e Anitta, vai, guarda só pra você essas canções de outros tempos... outra vidas..."

> Hoje, como um pet de estimação, posso levar meu coração para passear no meu bairro; quando isto não for mais possivel, que meu bairro vá levar seu coração para passear dentro de mim, onde eu estiver...

> A fila na Unidade de Saúde começa a ser formada...

> Um Gari ajunta o lixo assoviando rua afora...

> Uma neta adentra a casa de oração com a vó velhinha...

> Uma Bandeira do Brasil já sem as cores do país, mas ainda tremula teimosa...

> Um miquinho sibila numa sibipiruna...

> Uma colaboradora do Sr Jacinto Bernardes já desce para servir bem no hipermercado...

> Uma senhora que varre a calçada, deseja bom dia a quem passa...

> Um cachorro grande leva seu dono para passear...

> Uma homem com a camisa do CAP corre e logo se perde de vista...

> Um ônibus cheio de trabalhadores passa...

> O aroma de café só perdeu para o perfume de manacá. A briga de cheirinho bom foi boa... 

> Um empresário não sabe se fala ao volante ou dirige o celular...

> Um jovem/pai tenta apanhar uma manga, a jovem grávida espera...

> Uma borboleta amarela deixa um canteiro de margaridas brancas e pousa num canteiro zínias vermelhas...

> Uma moça bonita passa, sorrindo para tela de um celular...

> Um gato preto — que só pode ser sortudo — pois corre dentro de um espiral perfurocortante de concertina...

> Um pai leva uma estudantezinha à porta de uma escola, a recepcionista a recebe festivamente...

> Uma van cheia de estudantes, reduz a velocidade no quebra-molas...

> Um idoso faz alguns exercícios numa Praça de Saúde, mas logo desiste, para curtir a manhã...

> De repente, uma pétala/sininho de Jacarandá Mimoso, cai e bate bem do lado do meu coração. Entendi. Ela encerrou seu ciclo e quis que eu fosse testemunha.. Plagiei Clarisse Lispector na hora. "Achei Deus de uma delicadeza absurda"...


Ano. O novo chegou. Com ele a esperança de dias melhores para todos. No que tange a Patrocínio e à comunidade patrocinense, há ações e realizações almejadas. Sempre é bom relembrar razões para a esperada prosperidade. E a indicação de algum benefício, que faz parte dessa prosperidade vindoura.

TRADICIONAL CAFÉ COM LEITE – O Município é o maior produtor de (excelente) café do Brasil. E também o segundo maior produtor de leite de Minas. Essa combinação na dupla liderança nenhuma cidade brasileira tem. Mas, falta indústria, tanto de um como do outro, do tamanho de suas importâncias, em sua Terra-mãe.

CELEBRIDADES ANTOLÓGICAS – Rangel, seja o famoso rancheiro da Fazenda Bromado dos Pavões, paulista Antônio Rangel Galião, seja o patrocinense poderoso Antônio Correa Rangel, agente executivo (prefeito), em 1853. Índio Afonso, o mais célebre de todos (obra de Bernardo Guimarães conta parte de sua história). Maestro José Carlos da Piedade, Coronel Rabelo (deputado, senador e único barão patrocinense), Carlos Pieruccetti, Odair de Oliveira, José Faria Tavares (deputado, senador, advogado), historiador Joaquim Carlos dos Santos, Padre Eustáquio van Lieshout, Padre Caprázio (Bernardus Franken), prefeito Amir Amaral, Cel. Honorato Borges, Massilon Machado e muito mais. Pelo que fizeram, por si só, justifica maior atenção à cultura e à história municipal e regional. A cidade peca por não conhecer bem a sua evolução, a sua trajetória. Peca também na guarda e preservação de seu patrimônio histórico.

DECADÊNCIA AMBIENTAL – Patrocínio figura em posições inadequadas, comparadas ao seu progresso, em órgãos oficiais, organizações sociais e mídia especializada, no que se refere ao sagrado verde. Ou seja, respeito à natureza, proteção ao meio ambiente e incentivo à sua restauração, no que ainda é possível. Plantio de árvores e programa de proteção aos mananciais já são excelentes atitudes para 2023.

NO ESQUECIMENTO – O Município já foi considerado estância hidromineral, tal como Araxá e São Lourenço. A sua água magnesiana considerada a melhor do País. O hotel de Serra Negra tido como referência. Embora a cidade seja linda e bem traçada, qualquer iniciativa pró turismo é inexistente (no VAF é igual a zero). Então, passa da hora de se ter planejamento, objetivando a ressureição da vocação turística de Patrocínio. Potencial há. Vontade nem tanto.

SONHOS DE VERÃO – Uma UPA (nível I) em bairro distante (ou até distrito). Pois, o pronto atendimento concentrado em apenas um lugar não é tão eficiente como o diversificado geograficamente (saúde também é tempo). Segurança maior é necessidade (seria o momento da cidade refletir sobre a factabilidade de ter a sua Guarda Municipal?). Nada de mais impostos e taxas, porque o brasileiro já paga imposto demais. Retorno da Academia Patrocinense de Letras. Incremento da agricultura orgânica. Aviação comercial. Ônibus leito entre Patrocínio e BH, pelo menos.

POR ISSO... – Sonhar é possível. Planejar nem se fala. Que em 2023 algo de bom aconteça. Principalmente, para o cidadão comum.

PARA NÃO ESQUECER – O glorioso CAP–Clube Atlético Patrocinense tem que permanecer na Divisão de Elite. Isso é o mínimo. Que os empresários patrocinenses em todo o Brasil colaborem para esse sonho não desfalecer. CAP é Patrocínio (com a bola). E Patrocínio é CAP.

POR FIM – Tomara que nem tudo seja frenesi. A realidade imaginada será bem-vinda em 2023.

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