Neste sábado, 18 de dezembro, ocorreu uma confusão. Morreu o taxista Luiz Antônio Rosa, de 66 anos. A gente tem quase a mesma idade, somos da mesma geração. Isso causou um ruido de comunicação. Aqui em Patrocínio é tradição, além de anunciarem nos sites, rádios e impressos, geralmente as funerárias também contratam publicidade volante. Um desses carros estava anunciando esse falecimento e algumas pessoas ouviram meu nome. Confundiram o sobrenome “Rosa” com o “Costa”. Essa foi a confusão.

A partir desta confusão, os amigos, pessoas mais próximas e conhecidos começaram a ligar para meus familiares querendo mais informações. Eram mais ou menos 15 para as duas da tarde, o amigo repórter Filipe Rodrigues, da Difusora, ligou para o meu filho, Luiz Costa Júnior querendo saber detalhes. E por coincidência, o Juninho estava na minha casa.

- Juninho, como está seu pai? — perguntou o repórter

- Bem, por que?

- Tem uma notícia da morte dele rodando na cidade.

- Não, está bem graças a Deus. Nós estamos falando aqui sobre a compra do Cruzeiro pelo Ronaldo Fenômeno.

- Ufa, que alívio. Disse Felipe.

Mal acabou de desligar, o Juninho recebe outra chamada, do meu amigo e ex-sócio José Carlos Dias, provedor da Santa Casa, perguntando a mesma coisa. E me passou o telefone para tranquilizar meu amigo. Em seguida, liga a Lorena, minha nora que mora em Brasília. Neste momento chegaram meu filho André e sua esposa Beatriz (mesmo depois de me ver, continuou sem cor, assustada). Na medida que as manifestações foram acontecendo, resolvi publicar, na Rede Hoje, um vídeo com as explicações sobre a confusão.

Isso me deu a noção da importância que as pessoas nos dão e o sentimento de quanto sofrerão com a nossa partida. Pude sentir isso na pele. Agradeço a preocupação de cada um que sentiu algo por essa falsa morte, mas graças a Deus estou muito bem, obrigado. E lamento a perda de Luiz Antônio Rosa que, com certeza, fará muita falta para sua família e pessoas de seu círculo.

Morte! Por que se teme tanto algo que é certo? Sinceramente? Não penso nisso e quando acontecer é porque meu prazo se esgotou, já cumpri o que deveria e vou pra outra dimensão cumprir a minha evolução. Por ser espírita tenho uma visão leve da morte (mesmo porque quem morre não vê, não sente). Claro, não quero morrer, mas isso é inevitável. Portanto, não tenho medo. Só penso nas pessoas que eu amo, nos meus amigos. Estes sim, vão sentir.

Qualquer pessoa quando desencarna (morre) provoca tristeza, sentimento de perda em outras. Mas, no meu modo de ver, isso não é definitivo. Allan Kardec, decodificador do Espiritismo, no livro “O Céu e o Inferno”, diz que: “A vida futura deixa de ser uma hipótese para ser realidade. O estado das almas depois da morte não é mais um sistema, porém o resultado da observação (...) Não foram os homens que o descobriram pelo esforço de uma concepção engenhosa, são os próprios habitantes desse mundo que nos vêm descrever a sua situação; aí os vemos em todos os graus da escala espiritual, em todas as fases da felicidade e da desgraça, assistindo, enfim, a todas as peripécias da vida de além-túmulo. Eis aí por que os espíritas encaram a morte calmamente e se revestem de serenidade nos seus últimos momentos sobre a Terra. Já não é só a esperança, mas a certeza que os conforta; sabem que a vida futura é a continuação da vida terrena em melhores condições e aguardam-na com a mesma confiança com que aguardariam o despontar do Sol após uma noite de tempestade “.

Aproveito o fim de ano, quero desejar paz para todos que perderam alguém nesse ano, e foram muitos — inclusive eu perdi minha mãe, Dona Dina, meus amigos Renato Oliveira e Luiz Fernando Tsunami — , sejam consolados.

Feliz Natal e 2022 de muita realização e sem nenhuma perda!

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