Foto: reprodução de vídeo  Rede Hoje| Cássio Dias



Indicadores
. Os reconhecidos, os utilizados, em importantes estudos, são oficiais. É relevante conhecer e entender os principais indicadores econômicos e sociais de um lugar. Pois, qualquer diagnóstico, qualquer análise para implantação de algo, por exemplo referente ao progresso, começam por eles, os indicadores confiáveis. IBGE e Fundação João Pinheiro–FJP (e a Fundação Getúlio Vargas também) respondem pelos estudos técnicos de maior confiabilidade no Brasil. Utilizando os últimos levantamentos publicados do IBGE e FJP, Patrocínio é passado a limpo. É uma síntese. Entre os indicadores patrocinenses, o PIB, o emprego, o ensino, o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), a morbidade (mortes) e outras variáveis merecem reflexão.

PIB: O QUE É – Tudo o que é produzido no Município, inclusive serviços, é denominado Produto Interno Bruto, o PIB. O anual de Patrocínio ultrapassa R$ 2,8 bilhões. Já o PIB per capita é igual a R$ 31.000,00. Ou seja, em média, cada cidadão patrocinense produziu R$31 mil em 2019. Isso coloca Patrocínio em 39º lugar em Minas. A pior colocação dos últimos quatro anos, mas melhor do que as do começo do século. Pela expressão da cidade, precisa melhorar um pouco mais.

PIB E SEUS COMPONENTES – A agropecuária é show. Pois coloca o Município como o 8º lugar. Ou seja, há em Minas apenas sete municípios com maior valor da produção agropecuária anual. Mas... nem há tanta alegria. Porque os sete à frente são em ordem Unaí (1º lugar), Paracatu, Uberaba, Uberlândia, Coromandel, João Pinheiro e Perdizes. Já sobre a indústria é bom falar pouco. A produção industrial situa o Município em 74º lugar. Esse ponto fraco de Patrocínio precisa ser superado. De acordo com o IBGE, a produção industrial de alimentos seria a melhor alternativa dos patrocinenses. No terceiro componente, Serviços, Patrocínio está bem (29º lugar). Por fim, o quarto componente do PIB, “Administração, Educação e Saúde Públicas, além da Seguridade Social”, encontra-se no patamar normal (37º lugar em Minas).

IDH REGULAR – O Índice de Desenvolvimento Humano–IDH, um indicador puramente social (renda, saúde e educação), dá o 38º lugar para Patrocínio no Estado. O que é bem aceitável.

EMPREGO DEIXA A DESEJAR... – O quesito “População Ocupada”, referente a trabalho, coloca Patrocínio no distante 112º lugar em Minas. Segundo o IBGE, apenas 25% da população encontra-se ocupada. Por outro lado, tomando-se o “salário médio mensal dos trabalhadores formais (com carteira)”, de 2 (dois) salários mínimos (em torno de R$2.400,00), a distância negativa aumenta: 127º lugar em Minas. Em números, havia 22.484 pessoas ocupadas em 2019. Ou seja, poucos empregos relativamente, baixos salários na média geral. Pela importância de sua economia, há espaço para melhorar ou aprimorar esses números no Município.

ALTOS E BAIXOS DA EDUCAÇÃO – De acordo com a FJP, a taxa de atendimento da educação básica (fundamental + médio) alcançou 100% em 2018. Isso é ótimo. Entretanto, quanto ao índice de desenvolvimento da Educação Básica, especificamente ao Ensino Fundamental, em seus anos finais, rede pública, Patrocínio coloca-se em 263º lugar em Minas, com o índice 4,9. Ou seja, não é bom. Isso segundo o IBGE. Tem melhorado um pouco nos últimos anos, mas precisa melhorar muito mais. Já o desenvolvimento no Ensino Médio, rede pública estadual, está razoável, em termos de Minas (150º lugar). Entretanto, quando a taxa de desenvolvimento do Ensino Médio se restringe apenas ao público federal, Patrocínio dá um salto espetacular para o 4º lugar no Estado, segundo o IBGE.

NÚMERO DE ALUNOS – O Ensino Infantil tem pouco mais de 4.000 matriculados. O Fundamental quase 12.000 matriculados. E o Médio 3.500. Portanto, uma população de alunos no Ensino Básico de cerca de 20.000 alunos. Tudo somando o público mais o particular (privado). Esse número de matrículas posiciona Patrocínio em 34º lugar, o que é bom.

OS FALECIMENTOS... A SAUDADE – O número de óbitos no Município gira em torno de 600 mortes ao ano (exceto, a Covid-19). Em 2019, houve 578 óbitos. A maioria de homens. E metade das mortes de gente com mais de 70 anos. A maior causa de todos os óbitos foram as doenças do aparelho circulatório (inclusive, coração). Depois, a segunda maior causa é o neoplasma (tumores, inclusive câncer). Falando apenas de taxa de mortalidade infantil, que é um dos mais utilizados indicadores de saúde de um lugar, a de Patrocínio é 11,3. Quer dizer, há onze óbitos em 1.000 crianças nascidas vivas. Aí, situa o Município em 411º lugar em Minas. No meio do caminho. Em outras palavras, precisa de atenção. Precisa de evolução. Precisa de redução da taxa.

ENFIM... – Esse é um retrato dentre os 93 mil cidadãos de Patrocínio. Onde o bioma (clima, solo, altitude) é o cerrado e a cidade é considerada centro sub-regional. E os patrocinenses a consideram uma das mais belas de Minas!

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