0 - Para leitores de bom fôlego: Curiosidades, bairrismo, caraminholas, pitacos, florilégios, tutaméias, espinafradas, atitudes e muito bom senso:
( Foto: Cássio Dias - PMP)
1 - TÁ que TÁ! E o CAP rá, tá, tá, tá, tá, tá ... TATÁ ( virou uma metralhadora giratória)Tá na elite do futebol Mineiro. Uma diretoria e um time desacreditado, sem apoio, isolados, segurando brasa, uma barra, já tinha virado saco de pancada. Jogava como nunca, perdia como sempre. Perdia jogo que não podia perder. Aí veio o último jogo com tres opções: ganhar, ganhar ou ganhar. Liderado pelo Presidente TATÁ , fizeram um final de campeonato épico. Olha o feito: Enfrentou o Cruzeiro do Fenômeno e rá tá, tá, meteu, 2x1. No fim se tornou o único time do Alto Paranaíba e Triângulo Mineiro que TATÁ, na primeira divisão do Campeonato Mineiro. (Uberlândia e URT, não conseguiram. Seus adversários em 2023 tá há 500/ 700 Km) Raja coração! Graças ao Tatá a gente tá que tá. (Rondes, ainda não tem telefone ai no céu? Vai pra voce, amigo)
2 - SUGESTÃO á Vereadora Eliane Nunes, para que apresente um projeto ( Uma indicação) para que seja construído um MEMORIAL ÀS VÍTIMAS DA COVD 19 no município de Patrocínio. Junto a algo que possa simbolizar o esforço sobre humano dos profissionais do setor da saúde. O local indicado seria a Praça Carlos Pieruccetti (A Praça da Policlínica, onde ocorre a vacinação contra a Covid- 19) . Não pode mudar o nome da praça. O patrono foi um dos conterrâneos mais ilustres. Um visionário, Jornalista, odontólogo, advogado, orador e Político. Pai da Dona Lirinha. Esse memorial haverá de trazer a reverência, a lembrança, o respeito e a memória das (245) vítimas dessa terrível doença. Muitos nem puderam velar seus entes queridos. A Vereadora defensora da cultura e da arte, saberá mobilizar artistas plásticos, arquitetos, engenheiros, o pessoal do curso de Arquitetura e Urbanismo do UNICERP. Nada fúnebre. Penso em algo artístico que remeta á alegria da esperança Cristã.
3 - ESTARRECER é saber que há mais de oitenta anos se dizia assim em Patrocínio: “As fontes de água Minerais da Serra Negra, neste município, constituem a sua principal riqueza. Daquelas fontes”-prossegue o jornal de 1928- “ num escoar de séculos, se perdem, abandonadas de nós patrocinenses e dos poderes do estado, a seiva e a base da riqueza... as águas de Serra Negra permanecem DESPREZADAS a clamar contra tal abandono”. De volta para o futuro, leitor, 94 nos depois, vá lá no Hotel Serra Negra, hoje ver o símbolo da nosso incompetência turística.
4 - JARDIM, essa palavra vive no imaginário patrocinense, pelo menos quando batiza um novo bairro: Cidade jardim, Jardim Ipiranga, jardim Sul, (1,2,3), Jardim Eldorado, Jardim Califórnia, Jardim Mônaco e Jardim Vitória. Só nome de bairro, pois plantar flores e cuidar das praças é outra história.
5 - SABER que arrojado projeto de transposição dos trilhos de ferro foi feito na gestão de Júlio Elias, eliminaria o viaduto da Av. Rui Barbosa, e no lugar dos trilhos, surgiria a Av. Século 21. Foi projeto caro, feito lá no sul do pais. Cadê?
6 - LEMBRAR sempre do médico e político Elidimar Bento. Dr Bento, foi vereador por dois mandatos, presidente do CAP, presidente local do PSDB, professor no curso de fisioterapia, secretário municipal da saúde, cidadão honorário patrocinense. Prestou relevantes serviços á comunidade. Simplesmente sumiu. Não pode ser esquecido.
7 - ASSISTIR a um esplendoroso por do sol no Lago de Nova Ponte. Arrebol, arrebatante, divinal!
8 - SABER que somente quarenta anos depois da passagem dos bandeirantes, Patrocínio se tornou um povoado. Saber também que somente quarenta anos depois que se criou a cidade, fundou-se o município. A letargia é meio que cultural por estas plagas.
9 - LEMBRAR que em 1995, ninguém menos do que a banda Skank, fez um show em Patrocínio, no Estádio Pedro Alves do Nascimento, comemorando a inauguração do Cristo Redentor. Um grande público se fez presente. Samuel & Cia, mandando bem a bessa. De repente, do nada, começaram a arremessar latas de cervejas no palco, tanto que tiveram que suspender o show. Dá vergonha disto até hoje...
10 - VERTER sempre uma lágrima pelas ex-empresas, Fama, Saiasi, Pitter e Minasilk. Não foram apenas empresas que foram extintas, foram seguimentos econômicos desaparecidos.
11 - AROMA frutado, caramelo, chocolate ao leite e notas adocicadas, sabor de frutas amarelas, acidez cítrica prazerosa, corpo aveludado, finalização longa, delicada e agradável...Sabor de mamão, pêssego, e manga com retragosto de bolo de milho, doçura de rapadura, mel, nozes, corpo cremoso, acidez fosfórico e finalização pronunciada. Finalização marcante. Estas são algumas definições de cafés especiais. Particularmente, só gosto do gosto do café. Café mesmo.
12 - SABER que ainda bem que o ex-vereador patrocinense em beagá, Tarcisio Caixeta, homenageou o ex-deputado Expedito Faria Tavares com o nome de uma avenida lá na capital mineira . Além de deputado (3 vezes há 49 anos) e Presidente da Assembleia de Minas, Secretário de Justiça, Expedito Tavares foi vereador em Patrocínio, Presidente da OAB local, em Patrocínio deram-lhe o nome de uma Penitenciária- “O cadeião”
13 - PARAR diante do pirulito da Av. José Maria Alkmin e perguntar: “Quidiabéisso?” Não tem placa descritiva.
14 - SABER que nossa conterrânea Scheilla Freittas, faz sucesso em Rondônia. Foi vereadora, vice-presidente da Câmara e secretária de Ação Social de Pimenta Bueno. A filha dos saudosos, Gaspar Balbino e Dona Marta Freitas, brilha nas lides política, cultura, sociedade, comunicação e esportiva. Ela apresenta o Programa Scheilla Freittas, na Rede TV de Pimenta Bueno e é a primeira mulher a dirigir um time de futebol em Rondônia. Nome? CAP (Clube Atlético Pimentense).
15 - JÁ pensou, morar no novo Bairro Martin Galego, Rua Sebastião Eloi? ou Michel Wadhy, ou Massilon Machado? ou Jussara Queiroz? ou Adélia Prado, ou Guimarães Rosa? ( Ou... e por que não puseram o nome de Eustáquio Amaral e Joaquim Machado em alguma rua por lá?!?) Olha a responsa dos moradores do bairro literário. Será se eles acham interessante?
16 - DEIRÓ Marra, sempre demonstrou determinação inflexível e acelerada evolução política. Sua primeira eleição em 2006, para deputado estadual, até então, desconhecido no estado, arrancou, 24.400 votos . Na segunda eleição, mesmo com a candidatura sempre prejudicada pelo exame de paraquedistas, totalizou, 36.527 em todo o estado (sendo 15.022 em Patrocínio). Em 2014, obteve, expressivos. 44.248 votos, 61,61% dos votos válidos (24.257 em Patrocínio) Eleito, Prefeito de Patrocínio em 2015 com 22.868 (48,64% dos votos válidos) E em 2020, foi reeleito com 29. 493 votos. ( 61,61% dos votos válidos). Com apenas 16 anos de vida pública. Fato: Outro com a sua performance, um desafio a posteridade.
17 - FICAR com medo do Vulcão extinto da Lagoa do Chapadão, dar uma sapituca e acordar de novo. Ele fica há 22 Km da cidade. “Eu hein Rosa!”. Com tantas coisas absurdas acontecendo nesse mundo doido de pedra.
18 - ANGUSTIAR-SE, pois as placas do historiador Joaquim Carlos dos Santos, na Praça Honorato Borges,(síntese da história de Patrocínio,) estão se deteriorando completamente. Que descaso!
19 - UM bom patrocinense deve ter na estante, pelo menos os livros “Patrocínio no Final da Década de 20” ou, Fardos Azuis” ou, “ De Corpo e Alma” de Flávio Almeida.
20 - PROCURAR alguém com mais de 80 anos para saber de fato o que fizeram com prefeito Dr Vicente Soares? Foi mandato meteórico, nos idos de 1938/40. Foi ele quem fundou a Santa Casa e a Biblioteca Pública. Deposto? Por quê?
21 - IMAGINAR que interessante saber que a primeira mulher a fazer exames para motorista na cidade foi Helena Salviano Brandão, boa curiosidade, porém o que mais nos intriga, a história não diz. Repito: O que fizeram com o seu esposo, prefeito de Patrocínio nos anos 40: Dr Vicente Soares. O que ocorreu na sua deposição? Houve covardia? Houve injustiça? O silencio nada diz.
22 – DIGNO de registro. A Sicoob Coopacredi, realizou sorteio de 15 bolsas de Estudos, entre os cooperados da entidade. 10 com bolsa de ensino superior e 5 com bolsa para ensino técnico/médio. O Presidente da instituição é Célio Machado de Castro. Voce pode aplaudir essa iniciativa- mas por favor de pé!
23 - SABER que a Gazeta de Patrocínio, completa o marco significativo de 4.132 edições. 4.132 sábados. 84 anos de Amor a Patrocínio.
24 - SABER que a represa de Nova Ponte, abrange os municípios de Santa Juliana, Patrocínio, Irai de Minas, Serra de Salitre e Nova Ponte. Ou...Nenhum projeto turístico em conjunto.
25 - ISABELA Rezende Cunha, é a primeira mulher a assumir a direção um jornal em Patrocínio, (Não um jornal qualquer a quase centenária, Gazeta do Tião Eloi); a primeira mulher a dirigir uma indústria gráfica em Patrocínio. ( Não uma Gráfica qualquer, uma gráfica que pertencia ao Grupo Comporte da família Constantino) Primeira mulher a assumir um cargo na diretoria na Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Minas Gerais FCDL/MG. Ainda jovem e já fazendo a sua história.
26 - APRECIAR as Palmeiras Imperiais, que se espalharam pela cidade e saber que vieram do Rio de Janeiro, para Patrocínio, por intermédio do Cel. Theodoro Gonçalves. Veja o valor de um gesto.
27- “ORGULHO de ser Patrocinense” Que exemplo nos dá o pessoal da Avícula Crista Vermelha! Uma granja moderna, localizada ali pelos lados do Malhadouro. Veja a frase que eles estampam na embalagem. Espero que essa moda pega:
ATENTE para essa estrofe do Hino de Patrocínio: “Da cidade uma légua distante
Soergue o Cruzeiro da Serra/Quem avista diz logo num instante/É a maior maravilha da terra.” (Letra: Augusto Carvalho; Melodia: Profº Franklin Botelho) Leia de novo: “É A MAIOR MARAVILHA DA TERRA”
Publicado na Gazeta de Patrocínio, Rede Hoje e Patrocinionline
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A vitória sobre o Cruzeiro — que nunca havia ocorrido — no dia do aniversário de 68 anos e a manutenção na primeira divisão
Tiro a capa da imparcialidade para destacar o que, na minha opinião, é o fato mais importante que aconteceu na história de quase sete décadas do Clube Atlético Patrocinense: uma vitória histórica no Estádio Pedro Alves do Nascimento, 2 a 1 no Cruzeiro de Belo Horizonte. A torcida presente, vibrante e apaixonada o tempo todo, testemunhou esta história. Ainda hoje (domingo), estarão no ar os melhores momento e toda história deste encontro.
Primeiro: neste sábado, 19 de março de 2022 o CAP completava 68 anos. Estava com problemas sérios. Pelos menos três de seus principais jogadores lesionados e sem dúvida a situação mais complicada era ficar sem Reis, principal atacante. Para o seu lugar, a diretoria contratou Jônatas Obina (um veterano que valeu cada centavo do que custou aos cofres do clube, e pelo que rendeu em campo no único jogo com a camisa grená).
Segundo: o Patrocinense nunca havia vencido o Cruzeiro — um gigante do futebol — e esta vitória veio quando o time mais precisava. Se não vencesse, estaria rebaixado para o Módulo II do Campeonato Mineiro.
No sentido horário: Nilton Santos, Gilmar Uberaba, João Henrique e Enéas, atletas do primeiro time da volta do Patrocinense ao profissional (1985/1987). Fotos: Rede Hoje
Terceiro: o jogo foi assistido presencialmente por ex-atletas que estiveram no time que voltou ao profissional em 1985: o lateral Gilmar (que veio de Uberaba para assistir e dar força), o volante João Henrique (que veio do Prata), o meia Enéas, um dos maiores camisa 10 da história grená (que veio de Irai também ver o jogo), além de patrocinenses que atuaram na época: o atacante Marcelo Fernandes (hoje dono da Escolinha do Cruzeiro na cidade), o zagueiro Fábio Avelar e o grande lateral Nilton Santos. Eles pertenceram ao time de 1985/1987, o começo de tudo na fase atual do clube. Outros, como lateral Jair, da mesma época (hoje morando em Lodrina – PR) e o preparador físico Barrela (em Ribeirão Preto - SP), não puderam comparecer, mas acompanham tudo do CAP de perto e com a mesma paixão de quando atuavam.
Do Rio de Janeiro, o ex-delegado de polícia, atualmente jornalista especialista em Fluminense, onde registra entrevistas com ex-atletas (Pintinho, Valdo, Assis, Renato Gaucho, etc), declarou ao não menos fanático com o CAP, Eustáquio Amaral, que torceu mais para o Patrocinense que para o Flu (que saiu da Libertadores esta semana). “Torci mais pro CAP que pro Fluminense, acredita? Patrocínio em primeiro lugar”, disse. O Eustáquio replicou: “primeiro a pátria-mãe. Eu torço pro CAP até contra a Seleção Brasileira. Sou Galo, mas entre os dois, sou CAP”.
Tanta energia positiva só podia dar no que deu. O CAP classificado para disputar pela sexta vez consecutiva a elite do futebol mineiro, no dia do seu aniversário. Sem esquecer que gigantes da região como URT e Uberlândia foram rebaixados e lá já estão Mamoré e Araxá. O Uberaba tenta voltar este ano. Então, o Patrocinense é o único representante do Triângulo e Alto Paranaíba — o que não é bom, porque quanto mais forte a região for, mais pode reivindicar e mais qualidade terá.
Pra posicionar o leitor, vamos à história do jogo:
O primeiro tempo começou com chances para os dois lados, mas pegou fogo de verdade apenas nos minutos da etapa inicial. Aos 41 minutos, Jônatas Obina recebeu cruzamento dentro da pequena área e só precisou empurrar para abrir o placar para o Patrocinense. Logo na sequência, na saída de bola do Cruzeiro, Matheus Silva errou passe e Samuel roubou a bola. O jogador do time grená saiu em disparada pelo lado esquerdo e bateu cruzado, sem muita força, mas Ezequiel foi enganado pelo quique no gramado e os mandantes ampliaram a vantagem. Ainda no primeiro tempo, a Raposa diminuiu. Aos 47 minutos, após escanteio, a bola bateu no travessão e, na sobra, Adriano apareceu em cima da linha para diminuir. Assim, o jogo foi para o intervalo com 2 a 1 a favor do CAP no placar.
No segundo tempo, o jogo ficou tenso, com muitas faltas para os dois lados. O Cruzeiro chegou a ter as melhores chances e ficou próximo do empate, mas não aproveitou. Já no final do jogo, Ezequiel defendeu chute de Júlio César, cara a cara, e impediu o terceiro gol do time de Patrocínio. Assim, o placar não sofreu novas alterações e terminou com vitória histórica de 2 a 1 para o Patrocinense que garantiu a permanência na elite.
PATROCINENSE: Jacsson; Douglas Dias, Marcão, Alisson Brand (Rayan) e Samuel; Matheus Santos, Michel Elói e Juninho (Igor Maduro); Wellington (Julio César), Jônatas Obina e Márcio Jonatan (Cesinha). Técnico: Max Sandro
CRUZEIRO: Ezequiel; Bruno José (Marcelinho), Weverton (Geovane), Mateus Silva e Bidu; Adriano (Jhosefer), Marco Antônio (Miticov) e Giovanni; Vitinho (Ageu), Daniel Júnior e Vitor Leque. Técnico: Paulo Pezzolano.
GOLS: Patrocinense: Jônatas Obina (41’, 1ºT) e Samuel (43’, 1ºT)
Cruzeiro: Adriano (47’, 1ºT)
Valeu CAP, esse resultado só reforça o amor de tanta gente pelas cores grená e branco, pelo Patrocinense.
Meia hora antes do jogo o torcedor começou a chegar ao Pedro Alves. Foto: Rede Hoje
Jefé Consolação ou Gerson do Tó não tinha barreiras: aqui com Chacrinha (um dos melhores comunicadores do Brasil) e Juscelino Kubstcheck (o grande presidente, contrutor de Brasília). Foto: autor desconhecido
História. Felizmente, a amada cidade possui. Por isso, relembrá-la, às vezes, colabora na sua perenidade. Assim, como “petiscos” da eternidade, fatos rápidos sobre Olímpio dos Santos, Bernardo Guimarães, onde foi o começo de tudo e a razão das terras patrocinenses serem de Goiás em época distante.
PRIMEIROS CIVILIZADOS – Possivelmente, no tempo do descobrimento do Brasil, a região de Patrocínio era habitada pelos índios araxás e cataguás. Mas, somente em 1668 (alguns historiadores registram 1675), os primeiros homens brancos pisaram o solo patrocinense. Vinda de São Paulo, através do Sul de Minas, rumo à região de Paracatu, passou por Patrocínio, a bandeira de Lourenço Castanho Taques, que massacrou os indígenas. Quase trinta anos após, o famoso Anhanguera, Bartolomeu Bueno, comandou a segunda bandeira, que passou (com pernoite e descanso) pela região de Patrocínio. Ela veio de Sabará, via Pitangui, em direção às terras dos índios goiazes (hoje, Goiás).
EMBLEMÁTICO PRIMEIRO CAMINHO – Na gênese patrocinense, a abertura da Picada de Goiás (caminho para tropas), em 1729, torna-se o grande passo para o surgimento de Patrocínio. A Picada ligava Pitangui a Goiás (região de Catalão), passando pela gleba de José Pires Monteiro, situada entre o Ribeirão Feio e a Lagoa Seca (futura Patrocínio).
A SAGA DO SURGIMENTO – A atual cidade começou a ser erguida na região da Escola Dom Lustosa em direção à região do hoje Bairro Morada Nova. Eram verdes campos à beira de um límpido córrego. Posteriormente, batizado de “Córgo” do Rangel. Em etapas sucessivas foram surgindo a fazenda Bromado dos Pavões, entreposto, aglomerado de casas, lugarejo, povoado, arraial, vila e cidade. Nessas duas etapas (1842 a 1874), a urbe já alcançava a Praça da Matriz (com duas torres). Por isso, a primeira Matriz e a sede do primeiro prédio da prefeitura lá estão (hoje Casa da Cultura).
PATROCÍNIO JÁ FOI GOIÁS – Padre Félix José Soares, português, foragido da capital, Mariana, chega a Desemboque (hoje, município de Sacramento), que torna-se a 2ª Comarca de Minas. Pouco depois, com petição assinada por diversas pessoas da região, dirige-se à Vila Boa de Goyás, quando pede a anexação dos Sertões da Farinha Podre (Triângulo e Alto Paranaíba) à Capitania de Goyás. Obtém êxito. Ele alegava que em Goyás não tinha cobrança do Quinto (mas isso era um engodo).
MEIO SÉCULO DEPOIS A VOLTA – No dia 4 de abril, por meio de Alvará do Rei D. João VI, a região retornava à Capitania de Minas Gerais. A Comarca de Paracatu (sede da Ouvidoria), criada em 1815, possuía a jurisdição dos Julgados de Desemboque e São Domingos do Araxá (a quem Patrocínio pertencia). A versão mais aceita sobre a volta da região a Minas diz que D. Beja teve atuação decisiva. Anos antes, ela foi raptada pelo Ouvidor Joaquim Inácio da Mota, em uma de suas visitas a Araxá. Jovem, bonita, inteligente, Ana Jacinta (D. Beja) morou com o Ouvidor em Paracatu desde então. Sobre ele, D. Beja tinha grande influência (ela teria feito o pedido para o retorno da região a Minas). Com a morte da Rainha D. Maria, a Louca, Inácio Mota resolveu voltar à Corte, no Rio de Janeiro. Nessa viagem, D. Beja, o acompanhou até Patrocínio, onde se separaram de vez. Ele, pela Picada de Goiás, rumo ao Rio. Ela, para Araxá.
ESCRITOR FAMOSÍSSIMO! – Bernardo Guimarães, de Ouro Preto, era juiz em Catalão-GO, nos meados de 1860. Usuário constante da Picada de Goiás, sempre hospedava na Pousada da Rua das Pedras, pertencente a Antônio Alves de Oliveira, na região hoje da Escola Dom Lustosa. Bernardo era jornalista, poeta, professor e garimpeiro. A sua obra “O Garimpeiro”, cita as cavalgadas no Largo do Rosário. E ele foi o primeiro a identificar o patrocinense mais célebre de todos os tempos, o Índio Afonso. Inclusive, um de seus livros mais lidos, escrito em 1872, denomina-se “Índio Afonso”. Esse livro narra a primeira fase do personagem. Bernardo teve mais uma ligação com Patrocínio: o seu irmão foi juiz na Vila de Nossa Senhora do Patrocínio, por volta do ano de 1853.
PRIMEIRO PROFESSOR NOTÁVEL – No final do século XIX, por volta de 1890, Olímpio Carlos dos Santos ensinava aos patrocinenses ler e escrever. Era músico, escritor e carnavalesco também. Sua casa ainda existe na rua que leva o seu nome, nº 181 (na região da Escola D. Lustosa). Sua neta Olga Botelho administrou o belo casarão por anos. O folclórico e saudoso Jefé Consolação era bisneto do professor Olímpio (Jefé era filho do dentista e craque do Ipiranga nos anos 40/50, Cristovam Botelho Júnior).
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PAIXÃO POR LIVROS
O poeta cego Argentino, Jorge Luis Borges afirmou certa vez que, em sua vida, procurou mais reler do que ler: Ele dizia: “Creio que reler é mais importante que ler, embora para reler seja preciso haver lido”. Borges, já sem enxergar, fez uma tremenda e comovente declaração de amor ao livro: “Continuo fingindo não ser cego; continuo comprando livros, continuo enchendo minha casa de livros. Há poucos dias fui presenteado com uma edição de 1966 (ele escreveu isso em 1978) da Enciclopédia Brockhaus. Senti a presença dessa obra em minha casa; eu a senti como uma espécie de felicidade. Aí estavam os vinte e tantos volumes, com uma letra gótica que não posso ler, com mapas e gravuras que não posso ver; e, no entanto, o livro estava aí. Eu sentia como que uma gravitação amistosa do livro. Penso que o livro é uma das possibilidades de felicidade que temos, nós, os homens”. (Quando descobri essa foto, parei tudo que estava fazendo. Ela se tornou capa de minha página no Fuxicobook for sempre.
MURAL DA GRATIDÃO
Em 06/06/1972, a APAE DE PATROCÍNIO, alcança BODAS DE OURO. Tempo de celebração. Tempo de ver que tudo valeu a pena. Tempo de renovação de pacto.
Se você olhar para a logomarca da entidade, você vai entender tudo.
Lá está uma MARGARIDA AMARELA, como se sabe, uma flor frágil, delicada, cujo significado é pureza, paz, bondade e afeto. O que simboliza? O aluno da entidade.
AS MÃOS ABERTAS EM POSICÃO DE AMPARO E PROTEÇÃO, representa os cuidadores da instituição representados pela Parceria da Comunidade, Diretoria Voluntária, Fisioterapeutas, Psicólogos, Fonoaudiólogos, Pedagogos, Terapeuta Ocupacional, Assistente Social, Enfermeira, Professor de Educação Física, Odontólogo, Médico, Professores, Coordenadores e Equipe de Apoio. Todos protegendo a Florzinha Especial.
OS LOUROS, são as recompensas, a glória alcançada pelas lutas. Pode observar que a grinalda de flor verde abrange a margarida e as mãos abertas. Ou seja, todos serão recompensados.
São 2.201, Apaes no Brasil, a de Patrocínio está entre as melhores.
Entidade séria. Num país onde ninguém confia em ninguém, uma pesquisa realizada pelo Instituto Qualibest, a pedido da Federação Nacional das Apaes, mostrou que a Apae é conhecida por 87% dos entrevistados e tida como confiável por 93% deles.
A Apae de Patrocínio, inspira credibilidade e transborda gratidão.
Uma entidade é feita de pessoas para pessoas. (Voce não precisa ter alguém com deficiência na família para reconhecer sua importância).
Portanto, 50 obrigado! a quem ajudou, ajuda e ajudará a Apae de Patrocínio.
MURAL DA GRATIDÃO
( Mande o nome que, por questão de justiça, não pode ficar fora da lista) OBRIGADO:
DEUS, Dr. Walter Pereira Nunes, Manuelina Aparecida Alves Ferreira, Walter Guilherme Ferreira Nunes, Nenê Constantino, Dona Áurea, Maria das Graças Oliveira Ancelmo, Maria Cortes, Joãozinho Cortes, Dona Hilda Elias, Ana Lúcia Arakaki, Davi Araújo, Honorico Nunes, Dr. Ocacyr de Siqueira, Gerson Barbosa, Nely Amaral, Divino Ribeiro, Terezinha Inês Rezende Alves, Aurivânia, Auristela e Cristiane Constantino, Fausto Ribeiro, Ronaldo Samuel, José Maria Campos, Adélia Aparecida, Bruno Ferreira Nunes, Dr. Fernando Bernardes Dias, Cláudia Correia Nunes, Romilda Maria da Silva Oliveira, José Carlos Dias, Régia Lemos, Gesleida Nogueira, Samira Ribeiro, Gislene Cortes, Marilúcia de Ávila Cortes Lemos, Oliveira dos Reis Moreira, Cristina Arakemi Myaki, Rubéns Rocha Machado, Aparecida Caixeta Oliveira, Denise Aparecida Fornaro Brito, Eides Marlene Fontes Soares, José Manoel de Souza, Dr. Wagner Haguiara, Ararê Martinho, joão Pievarson, Márcia Barbosa, Graciella Magalhães, Rosa Helena, Nelma do Carmo Fernandes Borges, Alline Cruvinel, DEUS...
NOTA DE RECONHECIMENTO.
Convenhamos. Nenhum outro cidadão é mais fustigado e contraditado do que o político. A imagem do homem público no imaginário popular é péssima, por conta dos lobos em pele de cordeiros que proliferam no meio.
É assim. Se o político faz e divulga, ele quer aparecer. Se ele não divulga, não tem o que mostrar.
Se aparece em público, quer votos, se não aparece; tem medo do povo e por ai vai.. Isto posto e posto isto. Faço um reconhecimento público espontâneo.( Minha pena é livre)
Aconteceu, ( 15/ 03) Dia do Consumidor, no Plenário da Câmara Municipal de Patrocínio o 1° SEMINÁRIO DO CONSUMIDOR DE PATROCÍNIO.
Este evento franqueado ao público, ( 0800, di gratis) aglutinou ilustres palestrantes e teve um grande diferencial: Foi totalmente pago pelo Vereador Ricardo Balila. (Pelo que se sabe, não é um cidadão bom de bolso) Veja bem. Ele supostamente, deve ter ido ao Prefeito, do qual é líder no Legislativo, solicitando ajuda financeira para tirar a ideia do papel. Quem sabe ouviu o famoso mantra: " Não tem dinheiro" Não deve ter recebido aquele sinal verde. O que ele fez? Fez. Chamou a responsa para sim. Pos a mão no próprio bolso. Foi na raça, na saliva e na sola do sapato, bancou o evento com a sua marca: A garra.
Quem faltou, quem fez pouco, perdeu. Conteúdo de alto nível. Noite memorável com a fala de Dr. Carlos Alberto Alves, Dr. João Paulo Fanucchi, Dr Henrique Ferreira Franco Murta e Nilson José Caixeta, representando as Acip/ CDL( Esse brilhou no improviso, pode iniciar a carreira de palestrante)
Deputado Federal Zé Vitor e Deputado Estadual Cleitinho, foram aliados de peso, reforçaram a importância e a grandeza do evento.
Foi edificante.
Uma falta. Faltou gente do comércio. E
Por que os alunos do Direito do Unicerp não se fizeram presentes em peso?
No evento, obviamente esteve presente, Rodrigo de Oliveira, novo Diretor Executivo do Procon patrocinense. Pasmem, com apenas 08 dias úteis á frente da instituição, chegou chegando. Organizou a casa internamente, fez várias pesquisas de preços de combustíveis, gás de cozinha, cesta básica. Etc. O pessoal que usa de má fé, vende gato por lebre, fura o olho do cliente, já viu que não terão vida fácil com o filho da dona Creuza.
Balila propõe uma parceria entre o Procon e OAB local, com isso, causa perdida, será quase impossível por estas plagas.
Foi brilhante, Balila. Fecham portas, voce abre janelas.
Nosso reconhecimento.
A RAINHA DONA MARCELA TEM UMA SÓSIA
Uma é a Elizabeth 2ª, Rainha da Inglaterra; a outra é a Dona Marcela Campos, esposa do saudoso Dr Ocacyr Siqueira. Ambas na altura dos seus vinte e poucos anos. A foto da Rainha da Praça Matriz, está no arquivo virtual do Museu Profº Hugo Machado; a, da Rainha inglesa, na Rede Social, Pinterest. Duas majestades. Uma não perde da outra em nada. Nem na beleza, nem na simpatia. ( Só acho o Dr. Lucas mais arrumado do que o Príncipe Charles. Mas também, né? rsrs ) Olha elas... Só eu que acho ambas parecidas?
FRASE PORRETA
"Na realidade, no momento atual e global muitos de nós deixamos simplesmente de querer saber do futuro. E parece recíproco: o futuro também não quer saber de nós." ( Mia Couto)
PERGUNTAS CAPciosas
Será se os atuais jogadores do CAP, sabem que o Time Grená vai celebrar 68 anos nesse 19 de Março? Não nasceram aqui, é verdade, mas podem levar pra sempre uma mancha em seus currículos. REBAIXAMENTO. Vai ser essa mesmo a cereja do bolo?
HÁ SE ELE ACEITASSE SER O PREFEITO DE PATROCÍNIO!
( Está com um tempinho para ler parte do curriculum dele?) é advogado, professor universitário e historiador com Mestrado em Educação Superior e três Especializações em Administração (na área de Gestão Empresarial), História Moderna e Economia Contemporânea. Superintendente da Expocaccer Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado. O esposo da Profª Léia Luiza; pai do Dr.Thiago Lima e Drª Luiza Lima é Palestrante/conferencista, (Doutrina Espírita e qualquer outro tema, tendo se apresentado, até fora do país), escritor e acadêmico da Academia Patrocinense de Letras, cruzeirense. Reza a lenda que ele teria nascido em São Gotardo, mas pelas raízes, frutos e os laços criados em Patrocínio, fica difícil comprovar a narrativa. Brincadeirinha São-gotardenses. (*Sqn *só que não) Na verdade um homem dessa estirpe é um cidadão do mundo. O pessoal do Sistema Difusora de Rádio, deu uma tacada de mestre. José Maria Campos, apresentador do quadro “Comentário do Dia”, tirou férias e o pessoal da emissora convidou o Profº Simão Pedro, para cobrir as férias do ”Pré”. ( E as férias dos colaboradores da Difusora, parece que duram dois meses, eles somem). Já disse que o ‘hors-concours,’ Jota Campos, tem o dom de retirar a quintessência dos fatos do cotidiano. Profº Simão, não deixou o nível da atração cair. Comentários bem pertinentes e inteligentes. Isto por que, o homem tem como marca um incrível poder de síntese. Zero pedantismo e arrogância verbal. Em sua fala, SPL, discorre com a naturalidade de um regato na colina. O homem conquistou a rara sofisticação da humildade cristã. Não é somente a fala, desfecha tudo que faz com a precisão de relojoeiro. HÁ, SE SIMÃO PEDRO DE LIMA, ACEITASSE UM DIA SER O PREFEITO DE PATROCÍNIO!
DIA INTERNACIONAL DA FELICIDADE
Nesse 20/03 além de ser aniversário do poeta Flávio almeida, celebra-se “O International Day of Happiness”, como é conhecido internacionalmente, tem o objetivo de promover a felicidade e alegria entre os povos do mundo, evitando os conflitos e guerras sociais, étnicas ou qualquer outro tipo de comportamento que ponha em risco a paz e o bem-estar das sociedades. (Lembrando que temos uma guerra terrível em curso) O Dia Mundial da Felicidade foi criado pela ONU (Organização das Nações Unidas), em junho de 2012. Mas, o "pontapé inicial" da iniciativa foi do Butão, um pequeno país asiático, que se orgulha de possuir uma das populações "mais felizes do mundo". Ai eu te pergunto. Se até o povo do Butão é feliz, uai, por que a gente não pode ser?
HORINHAS DE DESCUIDO...
Em cada cantinho desse vasto Planeta, seja em Vanuatu, Anta Gorda, Sovaco de cobra, ali na localidade de Santantõe ou aqui no Morada Nova em Patrocínio, todo dia o homem ( e a mulher, craro) se levanta com um desejo comum à toda humanidade: SER FELIZ. E nesta busca, tantas vezes desenfreada, frenética, louca, passional ou silenciosa, passa pelos dias, pelos anos e ... pela vida. Que passa num piscar de olhos. (Bem entendido, essas pálidas considerações não vale para aqueles que vão viver mais duzentos anos.)
Talvez porque nunca tenham conseguido definir dentro de si mesmos o significado do que é ser feliz. Como caçadores inábeis saem em busca deste misterioso pote de ouro por trás do arco íris. Muita gente é feliz pra carálio e não sabe. Guimarães Rosa já dizia: “Felicidade se acha é em horinhas de descuido ...” Isto bem posto e bem dito. Eduquemos, pois o nosso olhar para as coisas mais triviais e simples do dia a dia...Arte que somente as crianças nos ensinará. ..(Num domingo á tarde na praça Sérgio Pacheco em Uberlândia, parei o meu olhar vendo crianças passearem pra lá e pra cá em uma carrocinha. Detalhe: Sem corda, o cavalinho feliz, seguia o homem; que feliz caminhava pela praça; eu e minha filha ficamos felizes admirando aquela cena: (Foto: Dª Melva Magalhães.)
Publicado na Gazeta de Patrocínio, Portal Rede Hoje e Pol. | Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.