Homenagem. É o que merece o ilustre e culto advogado Wilson Fernandes Veloso, falecido dia 11/4 (segunda-feira), aos 95 anos. Referenciando à sua memória, em poucas linhas, algumas palavras de sua autoria e a sua dedicação a outro patrocinense, de projeção nacional, homenageado por ele (Dr. Wilson): Oswaldo Pieruccetti (falecido, em BH, no dia 26/01/1990).
ELO ENTRE OS DOIS – Wilson Veloso, dentre os êxitos alcançados em sua existência, foi presidente do Instituto Oswaldo Pieruccetti, sediado em Araguari. Pois, Oswaldo foi prefeito daquele município (1948/1950), onde também se casou (com D. Eleonora de Carvalho). No livro “Oswaldo Pieruccetti, Vocação Para Servir”, Wilson fez a apresentação da obra literária. Escreveu: “...a vida de Oswaldo constitui, por inteiro e na sua feição mais consistente, um candelabro a marcar rumos a quantos almejam exercer, com dignidade, com honradez e com moderação, o exercício de uma profissão, trilhar os caminhos da atividade política ou peregrinar nas veredas da vida pública...” Na verdade, bela lição para os políticos da atualidade. Seria louvável se algum deles lesse o livro, escrito pelo acadêmico mineiro José Bento T. de Salles.
QUEM ERAM – Ambos udenistas. Ou seja, integrantes da União Democrática Nacional (UDN), sério partido político existente entre 1946 a 1964. Oswaldo, filho do italiano Adolpho Pieruccetti e da patrocinense Clotilde Mota. Nasceu na Praça da Matriz, lendário Hotel Globo, de propriedade de seus pais. Estudou no Grupo Escolar Honorato Borges (então, também na Praça da Matriz). Aos 15 anos de idade, pelo trem, dirigiu-se a Belo Horizonte para estudar, onde concluiu, com brilhantismo, o curso de Direito. No seu currículo é registrado a eleição para deputado estadual (1950, 1954 e 1958), coordenador das campanhas vitoriosas do governador Magalhães Pinto (UDN) e presidente da República Jânio Quadros, prefeito de BH por duas vezes, presidente da Siderúrgica Acesita e ocupante de diversos outros cargos públicos. Segundo Milton Magalhães, Wilson Veloso, além de renomado advogado, foi pecuarista, empresário, articulista da Gazeta de Patrocínio e também profissional de sucesso em Lavras, Belo Horizonte, Araguari e Brasília.
PALAVRAS CREPUSCULARES – Em novembro/2020, Dr. Wilson, direto da Fazenda Vereda dos Palmares, ofertando exemplar do referido livro, anotou no mesmo: “Ao amigo Eustáquio Amaral, ícone virtuoso do nosso jornalismo rangeliano e cultor de nossa história, aqui vai um precioso “retalho” de nossa colcha ontológica, que o tempo teceu.
Com admiração e especial apreço do leitor, Wilson Veloso.” Três meses depois (fevereiro de 2021), enfatizou ao telefone: “... você já recebeu o livro?” E Patrocínio desfilou na conversa agradável por 15 a 20 minutos. Assim, terminou a inimaginável despedida. Por tudo, gratidão a Wilson Fernandes Veloso. Eterno marco patrocinense. Na convivência e na política. Assim foi. Assim seja no exemplo para todos.
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Foto: Florian Pircher | Pixabay
Escrever. É uma arte. Para quem gosta de escrever, para quem gosta de ler e para quem sabe escrever. Este amador “escriba” apenas atende aos dois primeiros quesitos. Dedicando atenção a alguns leitores – e eles a merecem – que sempre fazem indagações sobre o “via entis” (modo de ser) ou “modus agendi” (modo de atuar) deste autor, os feriados da Semana Santa propiciam apresentar pequenos esclarecimentos. Este é o singelo propósito.
PORQUE A POLÍTICA NÃO É FOCALIZADA? – Na verdade, ninguém pode ser analfabeto político, como descreveu o alemão Bertolt Brecht. Entretanto, em nível nacional, há bem melhores pensadores. Em nível municipal e regional, o autor não se sente no direito de praticar análises, pois há muitos anos não convive com os atuais atores políticos e contextos locais.
PENSAMENTO PÉTREO – Na administração pública (seja Executivo, seja Legislativo, seja Judiciário) dois preceitos são indispensáveis, são insubstituíveis: dignidade e sabedoria. Por isso, corrupção não. Mau uso do sagrado dinheiro público não. Promoção pessoal com cargo público também não. Dessa linha este autor jamais afastou-se.
PORQUE SÓ SAUDADE? – O passado é o pai do presente. Uma comunidade ou cidade, um país ou uma raça precisam saber de onde vieram, como surgiram e o porquê de seu perfil da atualidade. Assim, o escriba identificou um vazio na história patrocinense. Não de fotos, mas de fatos. Fatos históricos. Por isso, com ajuda, foram e são reveladas narrativas fascinantes tais como a do Rei Ambrósio, Índio Afonso e seus filhos, Cel. Rabelo, os “fogos”, Patrocínio no Império, todos os prefeitos, JK, as primeiras escolas, enfim, três ou quatro livros já estão escritos. Basta compilá-los, atualizá-los e revisá-los. Já é um bom acervo para a posteridade. Afinal, como escrevia Roberto Drummond, este minifúndio de papel tem mais de 44 anos de existência (com a mesma temática: Patrocínio).
E A ESTATÍSTICA MUNICIPAL? – Os cidadãos e os bons administradores são obrigados a conhecer a estatística socioeconômica de seu município ou Estado. Pela facilidade acadêmica, mesmo que seja julgada pouca, de lidar com fontes fidedignas como IBGE, Fundação João Pinheiro, Fundação Getúlio Vargas, diversos anuários técnicos, o escritor-cidadão é gostosamente forçado a sempre revelar informações e dados de ordem comunitária. Visando a melhoria do que não é bom. E a manutenção do que é bom. Sem nenhum viés político na interpretação técnica da informação.
PORQUE NÃO FAZ MAIS PESQUISAS E NÃO TEM PRESENÇA NAS REDES SOCIAIS? – Por gosto do autor até seria possível fazê-lo. Todavia, o mesmo é também profissional de gestão pública, sobretudo Saúde. E continua exercendo essa função. A missão desta gestão é realizada em cidade da Grande BH, consumindo dez horas diárias, de segunda-feira a sexta-feira. Isso inviabiliza o gosto do autor e de alguns leitores/pessoas para a expansão do seu trabalho amador na terra natal.
ATÉ QUANDO? – Escrever, à distância da querida cidade rangeliana, ocorrerá até a permissão final do bom Deus. E o livro? O tempo e a oportunidade o determinarão. E pisar o chão, que é a alma do que é escrito, semanalmente? Breve.
POR FIM – Mil desculpas pela ocupação deste espaço que deveria ser informativo. E não caixa postal para eventuais respostas e explicações.
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JÁ FOMOS MELHORES...
Esta foto ( da turma) encontra-se no acervo virtual fotográfico do Museu Prof. Hugo Machado da Silveira ( É sempre de bom alvitre e legal citar a fonte) Aprox. década de 1910. Diretoria do antigo Clube Literário "Castro Alves" (Patrocínio e Araxá). Na época em que reinava o analfabetismo, olhe o nível cultural dessa gente. Aliás a Biblioteca Municipal de Patrocínio, foi fundada em 1938 (!!!) Onde perdemos esta visão cultural?
Voltando à foto. Mire e veja quem eles homenageavam como Patrôno: Castro Alves. O Baiano conhecido como “Poeta dos Escravos" Engajado, nacionalista, poeta social, humano, humanitário e lírico.
Olhe a beca e a bigodeira na régua da rapaziada! Se o pessoal de Patrocínio e Araxá eram " fãs modinha"? Não eram. Castro Alves já havia falecido havia quase 40 anos...
Não perco esse gancho, mar nem morto: Quem são as referências culturais da sociedade hodierna. A Anitta? O Pablo Vittar? O Caneta Azul? O Luva de Pedreiro?.
Bem se vê. Inverteram a ordem natural. Normal hoje é a cachoeira cair pra cima. Quer fazer sucesso? Ter milhões de seguidores? Aqui vão dicas infalíveis. Baixe o nível. Seja deselegante, seja esquisito, seja bizarro, seja bisonho, seja grotesco, seja cafajeste, seja foda em besteirol. Renuncie seus valores. Defenda o indefensável. Fique do lado do tosco. Entre para o fã clube da burrice.
Quem não viu? Na entrega do Oscar, Chris Rock fez uma piada constrangedora, desconcertante, desproposital, ímbecil, sobre atriz Jada Pinkett, careca, afetada por uma doença chamada Alopecia. Primeiro. Olhe aqui pra mim- Nos olhos, por favor. Pediu pra parar, Parôô!,... Quando se tratar de doença, problema físico, mental. ACABOU O HUMOR. HÁ LIMITE, SIM! É AGRESSÃO VERBAL. VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA.
Will Smith, tomou as dores da esposa, ( Que deve sofrer muito com os efeitos dessa doença e ele sabe, como ninguém ) foi lá dar o troco a altura no babaca, que relinchava de rir no palco...Deu um taplefe no chalaçeiro, levou outro muito pior...
Defender a esposa é ato heróico. É prova de amor. No entanto...
Smith, foi expulso da Academia por 10 anos, foi "cancelado", teve de ser internado e deve perder a estatueta do Oscar.
Dez a zero para o panacão que continua sua carreira com suas gracinhas sem o mínimo de graça.
E como não falar no ex- mendigo de Brasília. O mandrião foi flagrado em cenas de sexo com uma mulher, num momento de terrível fragilidade dela. Pelo visto um surto, um apagão mental. Sua família foi devastada. Ela encontra-se internada em tratamento, não conta com a solidariedade, nem da ala feminina. Ele? Ou...Ele bombou. Virou celebridade nacional. Quebrou a web. Suas frases toscas e chulas viralizaram como gotas de sabedoria. Foi entrevistado nos grandes canais de mídia, recebeu convite para se candidatar a deputado, se tornou, influenciador digital. Virou consultor, grande galã pegador...É nojento. Pra não dizer asqueroso.
Em suma. NOSSA SOCIEDADE ESTÁ PODRE... Fã Clube de Castro Alves, em 1910... Ou...Já fomos melhores..
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“BRILHANTE E VALOROSO”... ERA ELE...
Patrocínio despertou no dia 11/04 com uma triste nota: “FALECEU HOJE AOS 95 ANOS DR WILSON FERNANDES VELOSO”.
A Terra perdeu um cidadão íntegro; o Céu ganhou um’ alma ilustre. (Eu perdi um dos meus mais excelso e digno leitor e incentivador) Já confesso. Era meu nome para a Academia Patrocinense de Letras. Era literato. Como sabia adjetivar. Perto dele me sentia um sempre um escritor pangaré. Mas ele me colocava sempre lá nos pináculos da glória. .
Dr Wilson foi brilhante advogado, pecuarista, empresário e renomado cidadão totalmente do bem. Com o lastro de ter vivido e exercido brilhante trabalho nas cidades de Lavras, Belo Horizonte, Araguari e Brasília e Patrocínio. Fundou e presidiu o Instituto Oswaldo Pieruccetti (Outro fulgurante patrocinense que brilhou na côrte mineira).
Uma passagem curiosa sobre Dr Wilson, é que imagine, ele foi “expulso” (ou convidado a se retirar) do rol de estudantes do Colégio Dom Lustosa, nos idos 1942, por ser “Presbiteriano”? Ele contou isto certa feita numa crônica no JP. Claro que sem nenhuma mágua, apenas fez um registro a titulo de curiosidade. Inclusive solicitei que 80 anos depois, isto não tem nenhum cabimento. E quantos e quantos presbiterianos posteriormente estudaram naquele educandário - menos ele. Eu disse que seria até o caso da Gloriosa Escola Dom Lustosa lhe prestar uma homenagem especial. Nada foi feito. E não importa mais.
Dr Wilson, recebeu a Honrosa "Medalha Desembargador Hélio Costa". A honraria foi criada para integrar o poder judiciário com a comunidade e simbolizar o transcurso do dia da Justiça.
Nas foto Dr. Pedro Marcos Bergatti, diretor do Fórum da Comarca de Patrocínio presidiu a comissão que indicou o senhor Wilson Fernandes Veloso como agraciado para receber a medalha. Muito merecido.
Era nossa reserva moral. Se constituiu um arauto da paz, da ordem, da justiça e do bom senso na política e na imprensa local.
Até recentemente assinou na Gazeta de Patrocínio a conceituada coluna “Crônicas da Cidade”.
Um Rui Barbosa Rangeliano, sem tirar nem por. Seus escritos era uma fonte cristalina que edificava o leitor.
Nosso profundo sentimento de pesar aos filhos: Heloisa, Mariza, Wagner, Caio Marcos, Marco Antônio, genros, noras, netos, bisnetos e uma legião de amigos e admiradores.
Olha o e-mail que dele recebi por conta de um artigo de nossa lavra:
“AO BRILHANTE E VALOROSO COLUNISTA“AO BRILHANTE E VALOROSO COLUNISTA
Meu fraternal abraço.
Aos 94 anos de vida, Deus que me tem distinguido com tão ricas e abençoadas bênçãos, quis, entre tantas, permitir-me desfrutar, no regresso acolhedor da minha terra natal, o meu derradeiro descanso outonal. É neste recanto feliz, ao peregrinar sobre as horas de recreio que me restam, debruço- me, a cada fim de semana, a deleitar-me o espírito ávido de ensinamentos, sobre seus auspiciosos, oportunos, valiosíssimos e, corajosamente, bem lançados comentários nas páginas da veneranda Gazeta de Patrocínio.
De sua acrisolada elegância como cronista formador de opiniões; de seu zelo como guardião dos bons costumes; de sua diamantina ética no manuseio de assuntos melindrosos e que exalam mau odor; de sua inatacável coragem cívica ao brandir a espada da lei contra os usurpadores da Pátria, de tudo isto já me havia dado a conhecer meu honrado e festejado empresário e homem público, Silas Brasileiro.
Agora, nesta edição do dia 23 de maio, diante da nobreza de seu gesto jornalístico, se postando, altivamente, na defesa do Presidente Bolsonaro, torpedeado, caluniado, ultrajado, vilipendiado na sua dignidade por uma alcatéia de lobos vorazes, famintos de poder como ração e garimpeiros de facilidades espúrias e lodosas, renova-se em mim a certeza de que a orgia e a algazarra dos maus já não nos incomodam e maltratam tanto, porque os homens de bem que ainda os temos no exercício do jornalismo caboclo e honrado, estão acordados e fazendo ouvir suas vozes na salvaguarda da Pátria estremecida.
Com minha renovada admiração, os cumprimentos do conterrâneo amigo.
Maio de 2020, Wilson Fernandes Veloso”
COMO SE VIU. “BRILHANTE E VALOROSO”, ERA ELE...
Finalizo tomando emprestado as frases usadas por Rui Barbosa aos pés do túmulo de Machado de Assis:
.(...) Não é o clássico da língua; não é o mestre da frase; não é o árbitro das letras; não é o filósofo do romance; não é o mágico do conto; não é o joalheiro do verso, o exemplar sem rival entre os contemporâneos, da elegância e da graça, do aticismo e da singeleza no conceber e no dizer: é o que soube viver intensamente da arte, sem deixar de ser bom. (...)"
Dr Wilson Veloso, foi " Brilhante e Valoroso" em tudo... SEM DEIXAR DE SER BOM...
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MEMORIAL ÀS VÍTIMAS DA COVID 19
Em nossa coluna aqui na Gazeta de Patrocinio, Rede Hoje e Patrocinioonline, fizemos UMA SUGESTÃO á Vereadora Eliane Nunes, para que apresente um projeto ( Uma indicação) para que seja construído um MEMORIAL ÀS VÍTIMAS DA COVID 19 no município de Patrocínio. ( Após a publicação ela nos deu um feedback, dizendo, salvo engano o Vereador Thiago Malagoli já havia feita a solicitação, exceto a indicação do lugar par a homenagem)
Reafirmamos aqui nossa solicitação para que seja erigido um MEMORIAL ÀS VÍTIMAS DA COVID 19, Junto á obra, também algo que possa simbolizar o esforço sobre humano dos profissionais do setor da saúde.
O local indicado seria a Praça Carlos Pieruccetti (A Praça da Policlínica, foi o campo de batalha, onde ocorreu intensa vacinação contra a Covid- 19)
Em hipótese alguma se pode mudar o nome da praça. O patrono foi um dos conterrâneos mais ilustres. Um visionário, Jornalista, odontólogo, advogado, orador e político. Pai da Dona Lirinha. Vó do Médico e Músico Zé Carlos Lassi.
Esse memorial haverá de trazer a reverência, a lembrança, o respeito e a memória das (245) vítimas dessa terrível doença global. Muitos e muitos nem puderam velar seus entes queridos. Foram do Hospital correndo para o cemitério.
A Vereadora Eliane Nunes, defensora da cultura e da arte, seria grande parceira do Vereador Thiago Malagoli, nessa empreitada, pois sugiro que deva se mobilizar artistas plásticos, arquitetos, urbanistas, engenheiros, o pessoal do curso de Arquitetura e Urbanismo do UNICERP.
Certamente, nada fúnebre. Penso em algo artístico que se remeta á Alegria da Esperança Cristã.
Para sempre...Quem passar por lá, fará no mínimo, uma prece silenciosa com o olhar...