Após queda de 4,9% no valor anunciado pela Petrobras, consumidores afirmam que postos locais mantêm preço próximo de R$ 7,00; fiscalização vai apurar possíveis irregularidades

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Da Redação da Rede Hoje

Apesar da medida da Petrobras que reduziu nesta segunda-feira (20) o preço da gasolina A, combustível puro vendido às distribuidoras, em 4,9%, consumidores de Patrocínio relatam que os preços nas bombas não acompanharam a redução. De acordo com publicações nas redes sociais, o litro da gasolina continua sendo vendido por valores próximos de R$ 7,00, o que gerou indignação entre motoristas e levou o Procon municipal a agir.

O órgão de defesa do consumidor anunciou que realizará uma fiscalização especial nos postos de combustíveis da cidade. O objetivo é verificar se a redução está sendo repassada corretamente e coibir possíveis práticas abusivas, como retenção indevida de margens de lucro após o corte anunciado pela Petrobras.

A nova tabela entrou em vigor nesta terça-feira (21), com o valor médio de venda passando de R$ 2,85 para R$ 2,71 por litro. Esta é a segunda redução aplicada pela estatal em 2025, somando uma queda acumulada de 10,3% no ano.

A fiscalização deve incluir visitas técnicas, coleta de notas fiscais e comparação entre os preços praticados antes e depois da mudança no valor da gasolina A. Caso sejam encontradas irregularidades, os estabelecimentos poderão ser autuados e multados.

Fiscalização ampliada
Além da atuação local, o Procon de Patrocínio anunciou uma operação conjunta com o Instituto de Metrologia e Qualidade do Estado de Minas Gerais (Ipem-MG). A parceria visa conferir a precisão das bombas medidoras e garantir que o volume de combustível entregue ao consumidor corresponda ao valor pago.

Os fiscais atuarão em diferentes regiões da cidade, com foco em postos que apresentarem valores muito acima da média. De acordo com o Procon, a ação faz parte de um conjunto de medidas preventivas voltadas à proteção do consumidor e à transparência na comercialização de combustíveis.

Para os motoristas, a orientação é observar atentamente o valor cobrado nas bombas e sempre exigir a nota fiscal. O documento é essencial para registrar eventuais irregularidades e formalizar denúncias junto aos órgãos competentes.

Como denunciar irregularidades
O Procon Municipal informou que as denúncias podem ser feitas pelo telefone (34) 3099-2000. O órgão pede que os consumidores informem o nome e o endereço do posto, o valor cobrado pelo litro e, se possível, apresentem fotos ou comprovantes.

Segundo o coordenador do Procon, as fiscalizações também têm o objetivo de identificar práticas de cartel ou alinhamento indevido de preços entre estabelecimentos. Caso sejam confirmadas irregularidades, as empresas poderão ser multadas e responder a processos administrativos.

O Ipem-MG, parceiro da operação, fará inspeções técnicas para verificar se as bombas estão devidamente calibradas e se o volume entregue corresponde ao pago pelo consumidor. O órgão reforçou que qualquer divergência poderá resultar em autuação imediata.

Impacto econômico
A Petrobras explicou que a redução de 4,9% reflete as oscilações do mercado internacional e a valorização do real frente ao dólar. O novo valor influencia diretamente a gasolina comum e a aditivada, que recebem adição de etanol anidro antes de chegar ao consumidor final.

Com duas reduções registradas em 2025, o preço acumulado da gasolina já caiu 10,3% desde janeiro. Segundo a estatal, as medidas buscam equilibrar os custos de produção e distribuição, além de contribuir para o controle da inflação no país.

Em Patrocínio, a expectativa é que o repasse da redução alivie os custos de transporte e o orçamento das famílias. O Procon reforça que continuará monitorando os preços e adotará novas ações caso sejam identificadas discrepâncias entre o valor de distribuição e o preço praticado nas bombas.


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