A Rede Hoje, mais uma vez, volta a abordar um tema que há anos afeta o cotidiano dos motoristas e pedestres de Patrocínio: a falta de sincronia nos semáforos. É um problema que se arrasta e que, apesar do crescimento constante da frota de veículos, parece não ter uma solução definitiva. Esta semana recebemos a notícia de que a Secretaria de Segurança Pública, Trânsito e Transportes (Sestran) iniciou um programa de monitoramento e estudos em áreas estratégicas da cidade, como as avenidas Dom José André Coimbra, Faria Pereira e João Alves do Nascimento. A iniciativa é um passo fundamental e demonstra que o poder público está ciente do problema.
Em teoria, semáforos são ferramentas de gerenciamento de tráfego que, quando sincronizadas, criam a chamada "onda verde", permitindo que os veículos se desloquem sem interrupções desnecessárias. Na prática, em Patrocínio, a realidade é o oposto. Motoristas são obrigados a parar em cada cruzamento, em uma sequência frustrante de luzes vermelhas. Um exemplo claro é a Avenida João Alves, no setor em frente à prefeitura. Chega a ser inacreditável ter que parar em cada semáforo, desde o cruzamento com a Faria Pereira até a área hospitalar. A regulagem é, no mínimo, incrível, no sentido mais negativo da palavra.
A sincronização dos semáforos não é apenas uma questão de conveniência, mas de segurança e eficiência. Um trânsito mais fluido, com menos paradas e arranques, contribui diretamente para a redução de acidentes e para a diminuição da emissão de gases poluentes, o que beneficia o meio ambiente e a saúde da população. Além disso, a otimização do tempo de deslocamento melhora a qualidade de vida de motoristas, passageiros do transporte público, ciclistas e pedestres, que são parte fundamental do ecossistema urbano.
O que intriga é que a solução não parece ser impossível. A própria Avenida Faria Pereira é a prova viva de que a sincronia funciona. É a única via onde, se o motorista mantém uma velocidade média de 40 km/h, consegue atravessar a cidade, do bairro Constantino à Cidade Industrial, ou vice-versa, sem ter que parar em um único semáforo. Essa fluidez traz tranquilidade ao motorista e segurança para todos os usuários da via. A pergunta que não quer calar é: por que outras ruas e avenidas de Patrocínio não podem ser assim?
A Sestran tem em suas mãos a oportunidade de promover uma mudança real e duradoura na mobilidade urbana de Patrocínio. O programa de monitoramento é o ponto de partida ideal para coletar os dados necessários e identificar as soluções personalizadas para cada ponto crítico. É essencial que o estudo seja minucioso e que as informações coletadas sejam usadas para implementar um sistema de semáforos inteligente, que se adapte aos diferentes fluxos e horários da cidade.
O desafio da Sestran é grande, mas a expectativa da população é ainda maior. Acreditamos que a cidade tem todas as condições de ter um trânsito mais organizado, seguro e eficiente. A modernização da infraestrutura viária é um investimento no futuro de Patrocínio, e a sincronização dos semáforos é um dos pilares dessa modernização. Esperamos que a segunda etapa do projeto, a da implementação das melhorias, seja tão ágil quanto a de monitoramento.
O que se espera não é apenas uma solução paliativa, mas sim um projeto que realmente resolva o problema da falta de sincronia. Que os semáforos de Patrocínio possam, em breve, trabalhar juntos, em harmonia, para que os motoristas e pedestres possam se deslocar com mais tranquilidade e segurança. Que a "onda verde" se torne a realidade em nossa cidade. A Rede Hoje continuará acompanhando de perto esse tema, em defesa do direito da população a um trânsito melhor.