Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

Com a Palavra | Elza Lima
Na sociedade contemporânea, marcada pela globalização e pela intensa circulação de informações, tornou-se comum que muitos jovens sonhem em deixar seu país de origem em busca de novas oportunidades. Viajar para o exterior significa, para muitos, a chance de conquistar melhores condições de vida, salários mais altos e uma estrutura social mais estável. No entanto, essa decisão também traz consigo dilemas importantes, como o impacto da saída de talentos sobre o desenvolvimento da própria terra.
É inegável que a experiência internacional proporciona inúmeros benefícios. Viver em outro país possibilita o contato com diferentes culturas, amplia a visão de mundo e estimula a adaptação a novos contextos. Além disso, em nações mais desenvolvidas, há, geralmente, maior investimento em ciência, tecnologia e inovação, o que favorece a formação acadêmica e o crescimento profissional de quem decide partir. Nesse sentido, viajar pode ser entendido como uma oportunidade de progresso individual e de ampliação de horizontes.
Entretanto, há também consequências sociais significativas quando grande parte da população jovem e qualificada opta por emigrar. Esse fenômeno, conhecido como "fuga de cérebros", representa uma perda de capital humano para o país de origem, dificultando o avanço em áreas estratégicas como educação, saúde e desenvolvimento econômico. Quando os talentos locais deixam de investir seus conhecimentos em sua própria terra, a transformação coletiva torna-se mais lenta, e problemas históricos tendem a se perpetuar.
Por outro lado, permanecer no país e trabalhar em prol do desenvolvimento interno pode ser visto como um ato de resistência e compromisso. Muitos cidadãos que optam por ficar contribuem com iniciativas sociais, projetos de empreendedorismo e ações comunitárias que geram impacto direto na vida da população. Ainda que as condições sejam, por vezes, mais desafiadoras, esse esforço é fundamental para que a nação alcance autonomia e crescimento sustentável.
Diante disso, é necessário compreender que viajar para o exterior e trabalhar em sua própria terra não devem ser vistos como escolhas excludentes. O ideal é que aqueles que partem possam retornar trazendo conhecimentos, técnicas e experiências capazes de enriquecer sua nação. Ao mesmo tempo, aqueles que permanecem devem ser valorizados por sua coragem de enfrentar as dificuldades e por seu empenho em transformar a realidade local.
Portanto, mais do que decidir entre "ficar ou partir", o essencial é que cada indivíduo compreenda a importância de contribuir, de alguma forma, para o desenvolvimento de sua terra. Afinal, somente por meio do esforço coletivo, seja dentro ou fora das fronteiras nacionais, será possível construir um futuro mais justo, próspero e igualitário para todos.
Nos últimos anos, muitos jovens têm sonhado em viajar para outros países em busca de melhores condições de vida, educação de qualidade e oportunidades profissionais. Esse desejo é compreensível, já que a experiência internacional proporciona novos aprendizados, contato com diferentes culturas e crescimento pessoal. No entanto, surge a reflexão: até que ponto é mais vantajoso investir a energia fora do país do que contribuir para o desenvolvimento da própria terra?
De um lado, morar fora pode abrir portas e gerar experiências únicas. Muitos profissionais conseguem se capacitar melhor em países desenvolvidos, adquirindo conhecimentos que talvez não estivessem disponíveis em seu local de origem. Além disso, a remuneração e a estabilidade em algumas regiões do exterior podem representar uma vida mais confortável.
Por outro lado, quando grande parte da população qualificada opta por deixar o país, ocorre o chamado "êxodo de cérebros", enfraquecendo a capacidade de desenvolvimento interno. Trabalhar em sua própria terra, apesar dos desafios, significa participar da construção de um futuro melhor para todos. Investir em educação, empreender e colaborar com a comunidade pode transformar realidades e gerar progresso coletivo.
Portanto, viajar para outro país não deve ser visto apenas como fuga, mas como oportunidade. O ideal é que aqueles que saem possam trazer de volta experiências e conhecimentos que ajudem a fortalecer a nação. Ao mesmo tempo, valorizar o ato de permanecer e trabalhar em prol do desenvolvimento local é essencial para que a nossa terra alcance o crescimento que tanto almeja.
Na maioria das vezes o jovem já possui algum conhecimento em uma ou mais determinadas áreas, e que pode se aperfeiçoar aqui mesmo, se aprofundando em estudos e experiências, tendo a opção de viajar por prazer e entretenimento.
Há relatos, no entanto, de pessoas que tem uma certa formação seja ela qual for: engenharia, enfermagem ou direito e ao chegar em outro país não conseguem trabalho em sua área e são obrigados a trabalhar como secretários do lar, serviços gerais de mão de obra, e, no final ficam frustrados, trabalhando apenas pelo salário.
Sem contar que nosso país é rico em opções tanto de cursos superior tanto como mercado de trabalho, o que pode faltar muitas vezes é interesse em se aperfeiçoar para conseguir um bom lugar ao sol.
Elza Lima é empresária e escritora, mora em São Matheus, ES