APM guarda acervos como os da Câmara de Ouro Preto e do DOPS, reconhecidos internacionalmente — Foto: Divulgação/APM

O Arquivo Público Mineiro (APM) comemora nesta sexta-feira (11) seus 130 anos de atuação contínua na preservação da memória documental de Minas Gerais. Fundado em 1895 em Ouro Preto e posteriormente transferido para Belo Horizonte, o APM é uma das mais antigas instituições arquivísticas do Brasil e se tornou referência nacional em conservação, gestão documental e acesso à informação.

Além de sua importância para a história mineira, o APM se destaca internacionalmente por abrigar três conjuntos documentais reconhecidos pelo programa Memória do Mundo da Unesco: os documentos da Câmara Municipal de Ouro Preto, fundamentais para a história local e nacional; a documentação sobre a construção de Belo Horizonte, repartida entre o APM, o Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte e o Museu Histórico Abílio Barreto; e o acervo do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), essencial para pesquisas sobre repressão política e direitos humanos no Brasil do século XX.

Para marcar a data, a instituição preparou uma extensa programação que se estende até dezembro, com cursos, oficinas, mesas-redondas e conferências voltadas tanto ao público especializado quanto à sociedade em geral. O encerramento ocorrerá com o lançamento do vídeo “130 anos de memória”, reunindo imagens históricas e depoimentos de servidores.

“Essa programação foi pensada para valorizar a importância do APM como espaço de memória, de cidadania e de acesso à história de Minas e do Brasil”, afirmou o diretor da instituição, Bruno Balista.

O acervo do APM cobre desde o período colonial até os dias atuais, com destaque para os documentos manuscritos do século XVIII, produzidos pela Secretaria de Governo da Capitania de Minas Gerais. Além disso, a instituição conserva documentos avulsos da Capitania, coleções particulares de interesse público e uma biblioteca com obras raras.

A programação completa está disponível neste link.