
Exibições e oficinas integram o Arquivo em Cartaz – Festival Internacional de Cinema de Arquivo, sediado no Rio de Janeiro. (Crédito: Arquivo Nacional/Divulgação)
Da Redação da Rede Hoje
O Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro, recebe nesta semana o Arquivo em Cartaz – Festival Internacional de Cinema de Arquivo, que reúne filmes, oficinas e debates com entrada gratuita. O evento começou nesta segunda-feira (20) e segue até o dia 24, celebrando os dez anos de criação do festival. A programação ocorre também em outras cidades, como Porto Alegre, Manaus e Salvador, onde o Arquivo Nacional inaugurou novas sedes regionais.
Segundo a coordenadora-geral de Acesso e Difusão de Acervo do Arquivo Nacional, Letícia Grativol, o festival é um marco na ampliação das atividades culturais da instituição. “Desde a década de 1990, só tínhamos a sede no Rio de Janeiro e uma regional em Brasília”, destacou.
O tema de 2025 é “Memórias da Terra em Filmes de Arquivo: transformações ambientais, impactos e sobrevivências”, escolhido em razão da COP30, conferência da ONU sobre mudanças climáticas que ocorrerá em novembro, em Belém (PA). A proposta é estimular reflexões sobre meio ambiente e preservação da memória audiovisual brasileira.
Atividades e alcance nacional
A mostra percorreu as cinco regiões do país durante o ano, exibindo filmes em praças, universidades e centros culturais. O circuito alcançou mais de 566 mil espectadores por meio da parceria entre o Arquivo Nacional e a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), com exibições na TV Brasil, Canal Gov e Canal Educação.
As sessões diárias no Rio de Janeiro acontecem a partir das 18h30, com programação também na Cinemateca do Museu de Arte Moderna (MAM) e no CineArte UFF, em Niterói. O público pode votar nas melhores produções em cédulas disponibilizadas nos locais de exibição.
Entre as atividades paralelas, estão a Mostra Lanterninha Mágica, com filmes criados por crianças, e uma oficina de escuta sensível com o músico e ex-integrante do Titãs, Gavin, que utiliza o acervo sonoro do Arquivo Nacional como base criativa.
Na sexta-feira (24), haverá exibição ao ar livre no pátio do Arquivo Nacional, seguida pela premiação oficial do festival. A noite encerra com o espetáculo Cine Orquestra, que fará a sonorização ao vivo de filmes mudos. A entrada é livre, sem necessidade de inscrição.
Mostra competitiva e revista
A mostra competitiva reúne 18 produções – seis curtas, seis médias e seis longas-metragens – selecionadas entre 208 filmes inscritos, um recorde do festival. Todos devem conter pelo menos 30% de material de arquivo em sua composição.
O festival distribuirá o Troféu Batoque, símbolo do processo de preservação audiovisual. A peça é confeccionada com partes originais de filmes preservados pelo Arquivo Nacional. Serão premiadas categorias como melhor filme, melhor pesquisa e melhor uso de acervo.
Paralelamente, será lançada a décima edição da Revista Arquivo em Cartaz, em formato digital, com artigos de especialistas sobre preservação audiovisual. Uma versão impressa deverá ser distribuída durante a COP30.
O festival consolida-se como um espaço de valorização da memória e do uso de acervos históricos na produção audiovisual brasileira, promovendo a difusão de conhecimento e o acesso gratuito à cultura em todo o país.
Fonte: Agência Brasil