Nova redução começa a valer nesta terça-feira; moradores da cidade reclamam nas redes sociais que, mesmo com nova queda, valor nas bombas continua acima de R$ 6,00


A Petrobras anunciou que o preço médio da gasolina A vendida às distribuidoras será reduzido para R$ 2,71 por litro a partir desta terça-feira (21). 
Foto: José Cruz / Agência Brasil

Da Redação da Rede Hoje

A Petrobras informou nesta segunda-feira (20) que reduzirá o preço da gasolina A, o combustível puro vendido às distribuidoras, em 4,9%. A medida entra em vigor nesta terça-feira (21). O valor médio de venda passa de R$ 2,85 para R$ 2,71 por litro, representando queda de R$ 0,14. Esta é a segunda redução promovida pela estatal no ano de 2025. Em Patrocínio, porém, consumidores relataram nas redes sociais que o preço nas bombas permanece alto, com valores próximos de R$ 7,00 por litro, mesmo após a nova queda anunciada pela estatal.

A gasolina A é misturada ao etanol pelas distribuidoras antes de chegar ao consumidor final nos postos de revenda. A Petrobras destaca que, desde o início do ano, o preço acumula redução de R$ 0,31 por litro, equivalente a um recuo de 10,3%.

Em junho, a empresa já havia realizado corte de 5,6%, o que correspondeu a R$ 0,17 por litro. Segundo o comunicado da estatal, desde dezembro de 2022, o preço da gasolina para as distribuidoras caiu R$ 0,36, considerando o efeito da inflação no período, o que representa um recuo de 22,4%.

A Petrobras informou ainda que o preço do diesel permanecerá inalterado. O combustível, segundo a companhia, já acumula redução de 35,9% desde o fim de 2022, após três quedas aplicadas ao longo de 2024 e 2025.

Impacto e reações

Apesar da redução anunciada, o repasse para o consumidor final não é imediato. O preço nas bombas depende de outros fatores, como impostos, custos de transporte, mistura de etanol anidro e margens de lucro de distribuidoras e postos.

O movimento pode influenciar a inflação nacional, já que a gasolina tem grande peso no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador usado para medir a variação dos preços no país. O governo acompanha os efeitos das alterações da Petrobras sobre o custo de vida e o mercado de combustíveis.

Patrocínio reclama nas redes

Em Patrocínio, moradores manifestaram nas redes sociais insatisfação com os preços cobrados nos postos locais. Segundo relatos, mesmo com a queda anunciada pela Petrobras, o litro da gasolina continua próximo de R$ 7,00 em alguns estabelecimentos da cidade.

Internautas compararam valores com Uberlândia e Patos de Minas, onde o combustível está sendo vendido a cerca de R$ 5,69. Eles questionam por que a diferença entre municípios próximos é tão grande e se há repasse efetivo das reduções anunciadas pela Petrobras.

Fiscalização e defesa do consumidor

Diante das reclamações, consumidores citaram o papel do Procon na fiscalização. Comentários nas redes destacaram que o órgão pode autuar postos apenas em casos de práticas abusivas comprovadas, já que os preços finais dependem das distribuidoras e de outros custos operacionais.

O Código de Defesa do Consumidor (CDC) permite a aplicação de penalidades se for constatada elevação injustificada de preços ou omissão no repasse de reduções. Entretanto, especialistas explicam que a simples diferença de valores entre cidades não configura, por si só, irregularidade.

A nova redução da Petrobras começa a valer oficialmente nesta terça-feira (21). O preço médio de venda para as distribuidoras será de R$ 2,71 por litro, enquanto o valor final nas bombas deve variar conforme os custos locais e a política de cada empresa do setor.

Órgãos de defesa do consumidor recomendam que motoristas de Patrocínio e região fiquem atentos às variações e denunciem práticas suspeitas de alinhamento de preços ou abuso comercial nos postos de combustível.

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