
Redução em produtos de consumo básico, como tomate e arroz, influenciou o resultado divulgado pelo IBGE nesta quarta-feira (10) – Foto: Imagem de Clker-Free-Vector-Images por Pixabay
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou deflação de 0,11% em agosto de 2025, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado, influenciado por quedas em habitação, alimentação e transportes, é o primeiro negativo em 12 meses e o mais expressivo desde setembro de 2022.
No acumulado de 2025, a inflação está em 3,15%, enquanto nos últimos 12 meses o índice chegou a 5,13%, abaixo dos 5,23% registrados no período anterior.
Entre os destaques, a energia elétrica residencial caiu 4,21%, impactando diretamente o grupo Habitação, que recuou 0,90%. Na alimentação, produtos essenciais para o consumidor brasileiro tiveram forte retração: tomate (-13,39%), batata-inglesa (-8,59%), cebola (-8,69%), arroz (-2,61%) e café moído (-2,17%).
Os combustíveis também contribuíram para a deflação. A gasolina teve queda de 0,94%, o etanol recuou 0,82% e o gás veicular, 1,27%. Juntos, habitação, alimentação e transportes representaram impacto de -0,30 ponto percentual no índice geral.
Em contrapartida, alguns grupos apresentaram alta, como Educação (0,75%), puxada pelo ensino superior (1,26%) e ensino fundamental (0,65%), além de Vestuário (0,72%) e Saúde e cuidados pessoais (0,54%).
Nos índices regionais, Vitória apresentou a maior variação (0,23%), influenciada por reajustes na energia elétrica (7,02%) e na tarifa de água e esgoto (4,64%). Já Goiânia e Porto Alegre tiveram as menores variações (-0,40%), devido à queda acentuada na energia elétrica e nos combustíveis.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que reflete a inflação para famílias com renda de até cinco salários mínimos, também registrou queda em agosto: -0,21%. O acumulado no ano está em 3,08% e, nos últimos 12 meses, em 5,05%.