Com a Palavra | Elza Lima
Existem lugares que marcam a vida de uma pessoa de maneira única, e Patrocínio é um desses lugares. Quem já viveu ali guarda lembranças que vão além das paisagens ou das construções; são recordações de convivência, amizade e pertencimento e carrega consigo as memorias, as raízes e a identidade que ela proporciona.
A cidade carrega em suas ruas, praças e tradições a essência de um povo acolhedor, que valoriza a simplicidade e a hospitalidade. O aroma do café, símbolo de sua economia e identidade cultural, mistura-se ao calor humano dos encontros cotidianos.
Assim, cada detalhe se transforma em memória afetiva para aqueles que nasceram ou viveram em Patrocínio. Por isso, não importa se a vida leva seus filhos para longe: no coração de cada um permanece a saudade da terra natal, das festas, dos costumes e da sensação de estar em casa. Afinal, quem já viveu em Patrocínio jamais esquece, porque viver ali é carregar para sempre um pedaço de Minas dentro de si.
A cidade de Patrocínio é exemplo vivo desse sentimento. Quem nasce e cresce em Patrocínio aprende a valorizar não apenas sua história e tradições, mas também o calor humano de seu povo, que acolhe e preserva o espírito mineiro de simplicidade e hospitalidade.
Poderia citar inúmeros nomes de pessoas amigas que ainda residem e continuam admirando e lutando por melhorias para a cidade, em colocá-la no lugar que a engrandeça cada vez mais. Dela saíram várias celebridades como cantores famosos, jogadores de diversas modalidades esportivas e grandes empresários. Um detalhe que não posso esquecer de citar é a preocupação com a cultura de um modo geral, grandes jornalistas, músicos, escritores, que deveriam inclusive estar em um lugar de destaque mais privilegiados, mas o patrocinense é além de tudo, modesto.
As pessoas que amam Patrocínio enxergam nela mais do que um lugar no mapa. Para os patrocinenses, cada detalhe carrega significado: o comércio que movimenta a vida local, o café que fortalece a economia, os encontros nas praças, as festas religiosas e culturais que unem a comunidade. Amar a cidade é reconhecer sua importância como berço de lembranças e como espaço de construção de sonhos.
Quem ama sua terra natal cultiva um vínculo profundo com ela, mesmo quando a distância física se faz presente. Os que partem para outros destinos como eu, carregam consigo o orgulho de sua origem e a responsabilidade de honrar suas raízes. Já os que permanecem cultivam diariamente a dedicação por meio do cuidado com os espaços públicos, da preservação da cultura e do fortalecimento dos laços comunitários.
O amor pela cidade natal é um sentimento que ultrapassa gerações. Cada indivíduo carrega dentro de si as marcas do lugar onde nasceu, pois é nesse espaço que se formam as primeiras experiências, amizades e valores que moldam sua identidade. Em Patrocínio representa bem esse laço, já que seus habitantes cultivam um orgulho especial por suas tradições, sua cultura e sua importância no desenvolvimento regional.
Portanto, amar a cidade onde se nasceu, seja Patrocínio ou qualquer outra, é mais do que um simples sentimento de apego. Trata-se de reconhecer que o lugar de origem é parte essencial de quem somos, pois ele representa nossas memórias, nossas raízes e nosso ponto de partida para o mundo, mas, o patrocinense vai muito além, ele ama a cidade com tamanho amor que faz questão de expor seu sentimento em forma de livro, de poema, de música, de cronica; dá um valor extraordinário por sua terra que fica explícito e é contagiante. Um amor que não mais se vê em outro lugar.
Elza Lima é escritora, mora em São Matheus, ES