Ato na Avenida Paulista reuniu apoiadores de Jair Bolsonaro, enquanto setores da esquerda protestaram contra a proposta na Praça da República, em São Paulo; em Brasília o principal tema do desfile oficial foi a soberania do país; em Patrocínio: tradição


Na parte superior fotos do desfile em Patrocínio; abaixo desfile em Brasília; e em São Paulo onde apoiadores de Bolsonaro levaram bandeiras do Brasil, dos Estados Unidos e de Israel para a Avenida Paulista (Foto: reprodução de viedo da Secom PMP | Agencia Brasil )

Da Redação da Rede Hoje

O Desfile Cívico de 7 de Setembro em Patrocínio reuniu — segundo o instagram oficial da Prefeitura —, aproximadamente 2.500 participantes neste domingo (7). O evento, que teve como tema “Entre letras, afetos e independência, uma história é escrita todos os dias”, contou com a participação de 79 instituições, entre escolas, entidades e grupos da sociedade civil.


A comunidade acompanhou o desfile que marcou as comemorações da Independência do Brasil. Além da celebração da data, o evento destacou valores ligados à cidadania, à educação e à união. A tradição foi mantida com a integração de estudantes, professores, representantes de entidades e moradores, em um momento que também buscou reforçar a importância da liberdade e da democracia.

No Brasil


Michele Bolsonaro, Silas Malafaia e o governo Tarcísio de Freitas em São Paulo. Foto: Brasil de Fato

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniram na avenida Paulista neste domingo (7) para pedir anistia aos condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo sobre a tentativa de golpe de Estado no Brasil. Uma enorme bandeira dos Estados Unidos e camiseta do presidente do país, Donald Trump, que vem atacando comercialmente o Brasil, vendidas por R$ 60, marcarem o evento, atendido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas

Durante discurso, Tarcísio afirmou que o processo contra Bolsonaro está “viciado” e defendeu uma anistia “ampla e irrestrita”, comparando ao perdão concedido em 1979. O governador declarou que a condenação do ex-presidente seria “uma ferida que nunca vai fechar”.

Na Av. Paulista, uma enorme bandeira dos Estados Unidos e camiseta do presidente do país, Donald Trump, presidente daquele país. reprodução Globo News

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, disse que a legenda trabalhará para aprovar a anistia no Congresso após o julgamento. Já o líder do partido na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou acreditar que a votação poderá ocorrer ainda em setembro, indicando que já há cerca de 300 votos favoráveis na Casa.

No mesmo dia, setores da esquerda organizaram uma manifestação na Praça da República, no centro da capital paulista. Segundo organizadores, cerca de 30 mil pessoas participaram do ato contrário à anistia.

Parlamentares como Guilherme Boulos (Psol-SP) criticaram a articulação de Tarcísio e afirmaram que a proposta não terá apoio no Senado. O deputado classificou a movimentação bolsonarista como “imploração por anistia” e defendeu a condenação dos envolvidos na tentativa de golpe.

Ministros do governo também marcaram presença na Praça da República. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse que a Constituição não permite anistia para crimes contra a pátria e criticou pressões externas, citando tarifas impostas pelos Estados Unidos contra o Brasil. O ministro Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário, destacou que a medida afeta a economia brasileira e reafirmou o apoio do governo ao Judiciário.


A manifestação de esquerda também reuniu representantes de movimentos populares
- @franciscokelvim / MAB

A manifestação de esquerda também reuniu representantes de movimentos populares, como o MST e a Central de Movimentos Populares (CMP), que defenderam bandeiras ligadas à soberania nacional, à taxação de grandes fortunas e à redução da jornada de trabalho.

As duas mobilizações ocorreram em meio ao julgamento de Jair Bolsonaro e outros sete réus na Primeira Turma do STF. O processo, iniciado em 2 de setembro, deve ser concluído até o próximo dia 12. Caso condenado, o ex-presidente pode receber pena de até 40 anos de prisão.

Nos atos de domingo, apoiadores de Bolsonaro também exibiram críticas ao ministro Alexandre de Moraes, relator da ação no Supremo, e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enquanto setores contrários à anistia pediram punição aos envolvidos na trama golpista.

Brasil Soberano

No 7 de setembro, mais de 45 mil pessoas acompanharam o desfile cívico-militar na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva em desfile em Brasilia e a defesa da sobrania nacional. Foto: Desfile da Independência - bruno.fernandes

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e ministros do Executivo estavam presentes no evento. Parte do público se manifestou com gritos de "sem anistia" e "soberania não se negocia"O mesmo ocorreu nos atos do Grito dos Excluídos, sindicatos e movimentos sociais pelo país.

O principal tema do desfile oficial de 7 de setembro deste ano foi justamente a soberania do país. Outros eixos temáticos foram a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), a ser realizada em Belém, em novembro, e o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O pronunciamento do presidente Lula em rede nacional de rádio e TV também tratou desses temas. Lula chamou os brasileiros que trabalham contra o Brasil de "traidores da pátria". 

Este ano, as comemorações do 7 de setembro - Dia da Independência do Brasil ocorre em meio à crise bilateral entre Brasil e Estados Unidos, provocada pelo presidente norte-americano, Donald Trump, que impôs tarifas comerciais aos produtos brasileiros para pressionar o país a favor do ex-presidente Jair Bolsonaro, que está sendo julgado pelo STF pelos crimes de tentativa de golpe e abolição do Estado Democrático de Direito. O julgamento deve ser concluído esta semana.


Com Brasil de Fato e Agência Brasil


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