Professor. Patrocínio teve, e tem, excelentes nos seus 120 anos de história educacional. Mas, quando se diz mestre, o número é reduzido. No pódio de mestre estão os célebres, os catedráticos, os educadores na acepção da palavra educação e os influentes de vida. Como professora, durante 38 anos, no Ginásio Dom Lustosa, Olga Barbosa é um exemplo de mestre. Grande mestre.
 
A VIDA – Olga nasceu em 12/9/1923, na, hoje, Rua Governador Valadares, próximo onde havia a tipografia da Gazeta de Patrocínio, na era Sebastião Elói (1938-1985). Casou-se apenas com a educação. Nos anos 70, transferiu residência para a Rua Rio Branco, vizinha do radialista Pedro Alves do Nascimento. Não teve filhos. Viveu como gostava: solteira. Aos 82 anos de idade, faleceu em 03/4/2006, de maneira trágica (assassinada em sua casa).
 
A FORMAÇÃO – Nos anos 30, foi aluna do Grupo Escolar Honorato Borges. E depois, com bolsa de estudo, fez o então curso colegial (inclusive o Normal) no Colégio Nossa Senhora do Patrocínio (hoje, Belaar). Sempre como destaque escolar. No começo da década de 40, tornou-se a primeira professora do Curso de Admissão no Ginásio Dom Lustosa (Admissão era um curso de um ano ou seis meses, que propiciava ao aluno ingressar no Ginásio Dom Lustosa. Era como se fosse um curso “preparatório” ou pequeno “vestibular”). A partir daí, virou docente no ginásio, onde a maioria dos professores era composta por padres holandeses. Olga dedicou-se à cadeira/disciplina de História. Também deu aulas de Português.
 
O CREPÚSCULO – Depois de passarem por suas mãos e ensinamentos inúmeras gerações de alunos, com predominância de adolescentes patrocinenses, Olga Barbosa terminou a sua caminhada educacional como Diretora da escola, que vivenciou por 38 anos: Ginásio Dom Lustosa. À época, já sob a gestão do governo estadual (1972).
 
ESCRITORA – Olga escreveu “Dom Lustosa, Seus Tempos Áureos”. Segundo três cartas manuscritas enviadas por ela a este cronista, a primeira versão do livro ocorreu em 1989. Depois, houve a edição manuscrita. E finalmente, em 1991, a edição impressa definitiva. O livro sintetiza o nascimento da escola em 1925 e seu apogeu até 1967, quando foi criado o 2º grau (ensino médio), com o denominado Curso Científico. Nessa ocasião, sob a direção do engenheiro Olímpio Garcia Brandão.
 
CONSIDERADA IMORTAL – Em 27 de maio de 1994, professora Olga Barbosa tomou posse na cadeira nº 9 da Academia Patrocinense de Letras-APL, cujo patrono é o Padre Mathias Von Rooy, holandês, o primeiro diretor do emblemático educandário. Olga ocupou a cadeira nº 9 deixada pelo imortal e criador da APL médico-poeta Michel Wadhy, falecido em 30/4/1985. A dedicação à educação, à cultura histórica, o bom domínio da língua portuguesa e a autoria de memoráveis páginas/textos, inclusive o livro mencionado, foram a razão que a levaram à Academia. Sem restrições.
 
PALAVRA DE UM HISTÓRICO DESEMBARGADOR – O patrocinense do Bairro São Vicente, Dr. Maurício Barros, lamentou, quando da morte da educadora: “... falecimento da Professora Olga Barbosa, mestre de inúmeras gerações de patrocinenses, dentre eles, você (Eustáquio). Também eu fui seu aluno, no Colégio Professor Olímpio dos Santos, nos anos 60, no tempo em que ali lecionaram outros grandes professores, como Franklin Botelho, Líria Lassi Capuano, Irma Carvalho, Sebastião Cirilo e Laga Wadhy, liderados pelo também inesquecível Abdias Alves Nunes. Na mesma época, Ana, minha mulher, também foi aluna de todos eles...” Hoje, Maurício, juiz e desembargador do Tribunal de Justiça de MG, está aposentado.
 
PALAVRA DE EX-ALUNA – “Tirar um 9 (nove) em provas de D. Olga era glória para qualquer aluno, porque um 10 (dez) era praticamente impossível. Nomes, datas e fatos deveriam ser descritos com exatidão e com letra caprichada. Eram normas de ensino daquele tempo. Professora Olga, por sua vida honrada e dedicação aos alunos, será sempre lembrada.” Fátima Othero Nunes, em 21 de abril de 2006. Ela é filha da também ex-professora do Dom Lustosa e Prof. Olímpio dos Santos, Marcelina Othero Nunes, hoje, residentes em Belo Horizonte. Irmã da atuante Mônica Othero.
 
HOMENAGENS RECEBIDAS – O Rotary Club Brumado dos Pavões concedeu-lhe honra ao mérito em 1998. Por algumas vezes, a Câmara Municipal destacou e homenageou Olga Barbosa. Como a dada pelo (falecido) presidente José Rodrigues de Souza por redação isenta sobre a Câmara Municipal, em 1994. A Casa da Cultura (ano 2000) e a (sua) Escola Estadual Dom Lustosa (1977) também reconheceram a joia cultural denominada Professora Olga. Nesse caso, no diploma recebido pela mestre, está escrito “Você ajudou a construir a nossa história.”
 
POR FIM – O seu sobrinho Lúcio Barbosa Lemos, morador da Rua Marechal Floriano com Rua Cesário Alvim, é a origem de parte das informações apresentadas. Inclusive, confirmou o rigor de sua tia Profª. Olga com os estudos e as notas. Certa vez, no Dom Lustosa, o aluno Lúcio acertou todas as respostas da prova de História, porém sua nota foi 9. Porque, escreveu uma palavra de maneira errônea. Isso é o pouco da eterna professora Olga Barbosa. Uma das estrelas no céu de Patrocínio.
 
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Celebridade. De Patrocínio, há diversas. Especificamente no futebol, há algumas. A história patrocinense documenta a vida dessas celebridades. Uma se destacou no século XX. Já foi intitulado o maior nome do futebol de Patrocínio. É Sebastião Ferreira Amaral (há uma rua no bairro Olímpio Nunes/Matinha que o homenageia). Mas, as gerações dos anos 40 a 80 o conhecia, o chamava carinhosamente, por outro nome: Véio do Didino. Um pouco sobre ele mostra o berço mágico da bola na cidade. Como ela (a bola) foi tratada com maestria.
QUEM FOI – Véio do Didino nasceu no Carmo do Paranaíba em 07 de abril de 1922 e faleceu em Patrocínio no dia 19 de outubro de 1986, aos 64 anos de idade. Viveu em Patrocínio desde 1946. Comerciante, católico fervoroso e desportista nato. Casado com a Sra. Lazinha Campos Amaral, com quem teve três filhos. Sempre residiu à Rua Artur Botelho. Torcedor do Botafogo (RJ) e América (BH).
O AUGE – Pelas suas mãos existiu uma academia de futebol chamada Associação Atlética Flamengo. Ou o popularíssimo Flamengo do Véio do Didino. Isso no começo dos anos 50. No clube era o diretor, treinador, supervisor, roupeiro, empresário, atleta e até “psicólogo”. Motivação, jogar bonito, liderança, formavam o seu perfil. Adversários como a URT, Paranaíba (Carmo do Paranaíba), Maracanã (Coromandel), Clube do Cem (Monte Carmelo), Araguari A. C., Araxá e Santana (Paracatu) ficavam desconfortados ao enfrentar a magia do Flamengo. Véio também foi chamado de o “Telê Santana” de Patrocínio.
FLAMENGO: PRIMEIRA GERAÇÃO – A equipe rubro-negra teve duas gerações de verdadeiros craques. A maioria encantou Minas e, até o Brasil. Na década de 50, o grande destaque foi Múcio, muito provavelmente o maior craque da cidade até hoje. Residia na Rua Afonso Pena, em frente ao Ginásio Dom Lustosa, onde fora aluno dos padre holandeses.
GENTE TREINADA PELO VÉIO – Algumas referências para recordar.
Múcio (meio campo): No Flamengo, camisa 9. Porém, como pentacampeão no Atlético Mineiro, Palmeiras, Santa Cruz (PE) e Seleção Mineira, vestiu a “5”, no meio de campo. À época, nas competições nacionais só existia o campeonato de seleções estaduais. E Múcio se deu bem nessa vitrine brasileira.
Pedrinho (lateral): Seleção Mineira, Atlético Mineiro e integrante do então vice-campeão de Minas, Democrata de Sete Lagoas.
Rondes (armador): o fino da bola (1950-1955), considerado pelo então radialista Sérgio Anibal, o “Dirceu Lopes” de Patrocínio.
Blair (goleiro): Seleção Mineira do Interior, na qual Telê Santana foi o ponta direita. Posteriormente, Telê se transferiu para o Fluminense (RJ). Isso no princípio dos anos 50.
Camilo (zagueiro): o melhor camisa 3 do Triângulo Mineiro, naquele tempo. Tanto é que o Araguari o contratou e se tornou campeão do Triângulo.
Carmo (zagueiro): o maior cabeceador do Alto Paranaíba. Não saiu do Município. Vestiu também a camisa do Operário E. C. local.
Calau (zagueiro): Vigoroso, chute forte, atuou no Uberaba Sport, clubes de Goiás e até foi encaminhado ao Fluminense (RJ), mas por influência de sua mãe, desistiu de se mudar para o Rio. Calau é o zagueiro central da Seleção genuinamente patrocinense do século XX.
Peroba (meio de campo): Considerado o “Nelinho” de Patrocínio, devido ao seu potente chute. Calau e Peroba também jogaram (parte) no Flamengo segunda geração.
PRIMEIRO GOL DO MINEIRÃO E COM PELÉ – No começo dos anos 60, a equipe do Flamengo segunda geração, contava com um jovem craque chamado Bougleux (ou Buglê). Não era de Patrocínio, porém sempre estava com o seu tio Hélio Bougleux (Rua Governador Valadares com Rua Tobias Machado). Buglê atuou no Atlético Mineiro, Seleção Mineira (autor do gol de inauguração do Mineirão em 05/09/1965), fantástico Santos do Pelé e no campeoníssimo Vasco da Gama (RJ). De 1965 a 1974.

CREPÚSCULO DO VÉIO – Em 1º/05/1962, comandou a antológica Seleção Patrocinense que inaugurou o Estádio Júlio Aguiar: Dedão, Gato, Calau, Macalé e Manoelico; Rubinho, Peroba e Romeuzinho; Totonho, Dizinho e Ratinho (Nael).
DESTINO DA SEGUNDA GERAÇÃO – Dedão (América de São José do Rio Preto e equipes de Goiás), Gato (campeão goiano pelo CRAC de Catalão), Romeuzinho (Vila Nova de Nova Lima), Totonho (Corinthians de Presidente Prudente e Uberaba) e os demais jogaram apenas nas equipes de Patrocínio.
A BOLA ERA A SUA PAIXÃO – Com o desaparecimento do Flamengo em 1964, Véio tratou logo de fundar, criar e cuidar de uma equipe para veteranos. Surgiu assim o Raposão, um time “domingueiro” para os aficionados do futebol manter a amizade.
FORA DE CAMPO – Em Patrocínio, sua terra por opção, foi comerciante (proprietário da Loja Patrolux – Rua Presidente Vargas), participou de novos movimentos da Igreja Católica (cursilhista e liderança comunitária).
MANIAS SOCIAIS – Jamais deixou de acompanhar um funeral na cidade, seja de pessoa rica ou pobre, da raça negra ou branca. E aos domingos, também gostava de visitar os presos na cadeia municipal, quando os apresentava conselhos, frutas e outras ações de conforto.
MARCANTE – Honestidade, amizade, probidade, fraternidade e liderança positiva traçaram a sua personalidade. O Flamengo, sob a sua direção, era como a bela música. Orquestrado, com ritmo, raça e arte. Até hoje, esse Flamengo é a maior/melhor equipe de futebol amador que surgiu em Patrocínio.
HOMENAGENS CAMINHANDO AO ESQUECIMENTO – O nome “Véio do Didino” já foi de uma medalha oficial da Câmara Municipal oferecida aos melhores do ano no futebol amador (projeto do ex-vereador Deley Despachante). E parece, que até no pequeno estádio da Av. Padre Mathias (próximo à Difusora), que levava o seu nome, nada existe mais. Dia 24 de julho de 2009, o prefeito Lucas Siqueira e o secretário Marcos Remis entregaram aos desportistas a reforma do Estádio Municipal Véio do Didino. O ex-vereador e radialista Roberto Taylor apresentou, nessa solenidade, quem foi Véio do Didino para o futebol de Patrocínio.
Essa crônica foi apresentada na Rede Hoje, entretanto, algumas pessoas solicitaram que ela fosse transcrita. Inclusive, pelo ex-craque Rondes Machado, residente no Rio de Janeiro.
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Árvore. É o que falta nas belas ruas, praças e avenidas da cidade. A nação patrocinense está acordando para a relevância da paisagem verde. Tão destruída nos últimos cinquenta anos. Pequeno diálogo suscita grande esperança. Torna-se mais uma semente de mudança no pensamento patrocinense. Dia 24 de abril, o melhor cronista rangeliano, Milton Magalhães, e a vereadora Eliane Nunes trocaram mensagens no Facebook sobre o projeto “Jardins de Chuva”. A avenida José Maria Alkmim (com dois “m”), que tem fascinante história, é referência nesse projeto urbanístico.
 
O QUE É – Segundo a vereadora em sua página no Facebook, “jardins de chuva” são pontos rebaixados que captam, “limoam” e infiltram a água da chuva proveniente de telhados e vias, visando a paisagem urbana. Além, de mitigar alagamentos e problemas provocados pelas chuvas.
 
VEM AÍ REVITALIZAÇÃO EXEMPLAR – O escritor Milton apresentou novamente antiga sugestão (de sua autoria), que é a construção de monumento com sumário da história da Av. José Maria Alkmim, exatamente no triângulo onde termina a Rua Artur Botelho (próximo ao Centro de Saúde). Isso para compensar um pouco o corte indevido de árvores ali existentes, em anos anteriores. Como o verde jamais fora prioridade, nada aconteceu.
 
ALVISSAREIRA RESPOSTA DA VEREADORA – Eliane assegurou que até o final de abril seria apresentada indicação para a sonhada revitalização da avenida, incluindo a escultura de Alkmim e o registro histórico da via, que até nos anos 50 chamava-se Rua São João. A implantação dos “jardins de chuva” para a reforma e adequação das avenidas, se concretizada, será primordial, concluiu Eliane.
 
BUCÓLICA VIA – Terra pura. Chácara da Dona Mulata (hoje, a 50 metros do Colégio). Pasto do Umbrolino (filho de D. Mulata), beirando a via. Ribeirãozinho de água limpa e peixinhos (a dez metros de distância). Colégio Professor Olímpio em construção. A novel Praça de Esportes com uma piscina, uma quadra para voley e outra para basquete e futebol de salão. A primeira rodoviária (hoje, Centro de Especialidades), obra do prefeito Amir Amaral, com as suas jardineiras (ônibus), dando certo conforto aos viajantes e familiares. Assim era a Rua São João nos anos 50. Até que...
 
ALKMIM INAUGURA A AV. ALKMIM – No dia 7 de abril de 1958, comemoração dos 116 anos da emancipação do Município, o prefeito Amir Amaral inaugura a nova avenida, com estrondosa festa. Presentes o deputado federal homenageado José Maria Alkmim e o deputado estadual Lourival Brasil (origem: Estrela do Sul). Ambos do PSD de JK. Tanto é que nessa ocasião, Alkmim era o Ministro da Fazenda da gestão Kubitschek (1º/2/1956 a 21/6/1958). Por isso, a avenida originalmente foi denominada Av. Ministro José Maria Alkmim.
 
PRESENÇAS INESQUECÍVEIS – Além de uma multidão, foguetório e a Banda de Música Maestro José Carlos, três escolas e o Tiro de Guerra TG-145, todos em desfile, se postaram após, junto ao obelisco com placa comemorativa, em frente onde é hoje a entrada do PTC (anos depois, a ignorância destruiu o obelisco e sumiu com a placa). Ali aconteceram discursos indeléveis.
 
AS ESCOLAS – O Ginásio Dom Lustosa (só meninos), sob o comando dos padres holandeses, vestiu azul e branco (uniforme oficial). O Colégio Prof. Olímpio dos Santos, a primeira escola de nível secundário gratuita, vestiu verde e branco. E a Escola Normal N. S. do Patrocínio (só meninas) vestiu saia plissada azul escuro e camisa branca. Todas as escolas com fanfarra. Um show para a época.
 
FASCÍNIO DE UMA AVENIDA – Primeira praça de esportes da cidade, resultado de folclórica transação. JK liberou recursos para a sua construção em troca de uma lata de jabuticabas! Começo do Frigorífico Dourados, da família Elias, o líder em arrecadação de ICMS (antes, só ICM) do Município, por vários anos. Sede própria do Colégio Prof. Olímpio dos Santos (antes, funcionou apenas à noite, na Escola Honorato Borges), sob a direção do antológico Abdias Alves Nunes. Local de um dos primeiros postos de saúde, dirigido por muito tempo pelo médico José Garcia Brandão. Berço do Grupo Expresso União. Local da modesta casa de Zé Pipoqueiro (tinha deficiência física nas pernas). Personagem dos anos 50 e parte dos 60, que vendia pipocas nas festas da cidade e, sobretudo, à porta do Cine Rosário. Sempre acompanhado pelos seus amigos “Biscoito” e “Budirda”. Formaram os Trapalhões patrocinenses, gerando sonoras gargalhadas daquela geração, ainda ouvidas no pensamento de quem os viveu. Principal via de acesso à área hospitalar patrocinense.
 
SÍNTESE DE PRESTÍGIO INIGUALÁVEL – O maior presidente da República, JK, tem a ver com a avenida (Patrocínio Tênis Clube). O mais folclórico político brasileiro, Alkmim, pisou em seu chão e viabilizou recursos para a sua implantação. A sua construção foi trabalho do imortal prefeito nº 1 de Patrocínio, Amir Amaral.
 
MERECEDORA DE CARINHO, OBRA E ÁRVORE – Aliando a importância histórica da avenida com a atual fragilidade urbana pelo verde em Patrocínio, é louvável a atitude da vereadora Eliane. Se acontecer, ganhará a cidade, a redução do déficit de árvores ocorrerá e parte da história estará preservada.
 
PRA NÃO ESQUECER – Patrocínio perde para 225 cidades mineira no quesito árvores. Entre as grandes cidades do Triângulo, Patrocínio se posiciona em último lugar. À frente estão Uberlândia, Araguari, Uberaba, Ituiutaba, Araxá e Patos de Minas. Para não falar em Monte Carmelo e Coromandel também. Todas, todas mesmo, têm mais árvores, mais arborização nas vias públicas do que Patrocínio. Palavra do IBGE.
 
DAÍ... – Palmas para a vereadora. Palmas para a equipe da Secretaria do Meio Ambiente (Alan Machado e companheiros). Estamos distantes do ideal. Mas, o começo pró-verde acontece. Sigamos com essa encantadora ação. Necessária para Patrocínio ser mais bonita e, principalmente, mais saudável.
 
Foi uma avenida que passou em minha vida.
E meu coração se deixou levar.
(plágio da música de Paulinho da Viola de 1970)
 
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Oswaldo Pieruccetti . Foto: Cedoc|ALMG

Singularidade. A Academia Patrocinense de Letras–APL completou 39 anos, no dia do aniversário do Município. É a corte suprema das letras escritas por mãos nascidas na Santa Terrinha ou por mãos de quem ama Patrocínio, acima da vaidade, de vontades políticas e econômica. Seu primórdio, os seus imortais, a sua missão, fazem parte da história de Patrocínio.
 
O COMEÇO – Sob o comando do médico-poeta Michel Wadhy, a fundação se deu em 7 de abril de 1982. Ele e mais quatorze ilustres cidadãos se tornaram sócios/fundadores. Médico Jesus Santos (falecido), Juiz Edgard de Andrade Rocha (falecido), médico José Garcia Brandão (falecido), Sebastião Elói dos Santos (falecido), escritor Paulo Acácio Martins (residia em BH, falecido), professor Hugo Machado da Silveira (falecido), escritor e cineasta Alberto Araújo (residente em Goiânia) e escritor Júlio César Resende (residente em Patos de Minas). E ainda os saudosos advogado Gerson de Oliveira, radialista Joaquim Assis Filho, poeta Mauro Chaves, poeta Aldo Botelho, promotor Dimas de Rezende Monteiro e médico José Figueiredo.
 
MAIS IMORTAIS – Posteriormente, em 1990, o renomado professor da UFMG Júlio Barbosa, poeta Ivan Gomes da Silveira (residente em BH) e este escritor-economista (por indicação de Sebastião Elói e Gerson de Oliveira) receberam a honraria de se tornarem acadêmicos. Mais tarde, foi a vez das professoras Geralda Pereira (falecida), Olga Barbosa (falecida) e Teodora de Castro Ribeiro (falecida). Além da escritora e publicitária Jussara Queiroz (residente em BH) e do promotor Renato Cardoso (falecido).
 
COMO FUNCIONA – A APL é regida por estatuto e regimento interno. A sua sede própria é no Edifício Ouro Verde à Av. Rui Barbosa. A finalidade básica é aprimorar as vocações literárias de Patrocínio. A estrutura é dividida em cadeiras. Cada cadeira tem o seu patrono (celebridade importante da história patrocinense, sobretudo nas artes e na escrita). As cadeiras foram e são ocupadas por sócios fundadores e sócios efetivos.
 
COMO É A ADMISSÃO – Um novo membro apenas será admitido quando indicado por dois sócios. Essa indicação será ratificada, após eleição entre todos os membros efetivos. Depois, o nome será submetido ao Conselho Superior, que, por voto secreto, decidirá. Isso após a avaliação dos méritos culturais, das obras e do currículo do candidato. O Conselho é formado pela diretoria e cinco sócios efetivos.
 
HOJE, OS ACADÊMICOS FUNDADORES – Com 39 anos de existência, dentre os primeiros 15 acadêmicos, sobrevivem apenas Alberto Araújo (cadeira 7) e Júlio César Resende (cadeira 8).
 
OS PRIMEIROS ESCOLHIDOS PÓS-FUNDAÇÃO – Ivan Gomes da Silveira (cadeira 6) e Eustáquio da Abadia Amaral (cadeira 12), eleitos em 1990 e empossados na sessão solene realizada naquela ocasião comemorativa no Ginásio Dom Lustosa. Desses dois acadêmicos da primeira geração da academia residem em Belo Horizonte. E Júlio Barbosa é falecido.
 
COMPLEMENTO DA LISTA DOS VETERANOS – Eleitos em 1994, Geralda Pereira (cadeira 24), Jussara de Queiroz Mesquita (cadeira 19), Jorge Lasmar (cadeira 14) e Teodora de Castro Ribeiro (cadeira 17). Desses quatro acadêmicos, Jussara sobrevive.
 
OS ACADÊMICOS/2004 – Maria Helena de Resende Malagoli, ocupante da cadeira nº 1, atual presidente, escritora de peças teatrais e professora de Literatura Inglesa e Norte-americana. Luiz Antônio Costa (cadeira nº 3) escritor, editor de revista, jornal, rádio e televisão. Cecílio de Souza (cadeira nº 4), escritor e cronista do Jornal de Patrocínio; advogado José Humberto Machado (cadeira nº 11, falecido); Paulo Sérgio Martins (falecido), da cadeira 13, ex-administrador e ex-servidor da Secretaria da Fazenda; Milton Ubaldo Magalhães, cadeira 15, renomado escritor/colunista da Gazeta de Patrocínio e Patrocinioonline.com.br; Hedmar de Oliveira Ferreira, cadeira nº 16, doutora em História e escritora; Marisa de Andrade Rocha, cadeira 18, formada em Letras, pós-graduada e especialização em Linguística e professora de Língua Portuguesa; Antônio Dias Caldeira, ocupante da cadeira 20, cronista, redator e articulista de jornal; Maria Elizabete Moisés, cadeira 21, economista; Paulo de Lima, cadeira 22, teólogo, formado em Filosofia Pura, professor de Latim e Italiano, escritor de dois livros; Vanda Maria Santos Lobato, cadeira 23, poetisa. Padre Marcus Vinicius Maciel, cadeira 25, graduado em Filosofia e Teologia, reitor e pároco da Igreja dos Sagrados Corações de Belo Horizonte (Igreja Padre Eustáquio).
 
ACADÊMICOS DA NOVA GERAÇÃO – Entre os 25 ocupantes de cadeira na Academia, há os jornalistas José Elói dos Santos Neto (Maisumonline) e Joaquim Correia Machado (Jornal de Patrocínio).
 
DEIXARAM SAUDADE – Assim, passaram pela APL ícones da inteligência municipal. Médico e membro da Academia Mineira de Medicina Jesus Santos. Médico José Garcia Brandão. Sociólogo Júlio Barbosa (professor da UFMG). Sebastião Elói dos Santos, o jornalista patrocinense do século XX. Joaquim de Assis Filho (Rádio Difusora), excelente comunicador dos anos 80. Médico José Figueiredo. Promotor Público Renato Cardoso, grande responsável pela memória da Academia. Poeta Aldo Botelho. Escritor e professor Hugo Machado da Silveira. Poeta Mauro Chaves. Promotor Público Dimas Rezende Monteiro. Pintor clássico José Pereira Santiago. Professora Olga Barbosa. Advogado e pesquisador Gerson de Oliveira. E o médico Michel Wadhy. Todos falecidos. Todos imortais. Todos são flores no jardim da eternidade da cidade. Para sempre.
 
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