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Eustáquio Amaral
| Primeira Coluna 

Saúde. Há diversos indicadores para mensurar a área de saúde de um lugar. Obra, por si só, não é um bom indicador. Mais importante do que obra, obra, obra, são a gestão da saúde, o seu financiamento (custeio das consultas, exames e cirurgias) e os índices ou taxas de doenças, mortalidades (causas), internações, etc. Nesse contexto, são destacados dois indicadores de boa saúde ou não. Mortalidade Infantil e Internações por diarreia no SUS. Patrocínio encontra-se satisfatório em um indicador. No outro, nem tanto. Tem cidades vizinhas em “bons lençóis”; outras em “maus lençóis”. Os gestores têm que aprender que não só de obra vive a saúde. O SUS, por exemplo, é uma dádiva. É exemplo mundial.

PATROCÍNIO ESTÁ NA MEDIANA DA MORTALIDADE INFANTIL Em poucas palavras, nem ruim, nem boa. “Muito antes pelo contrário”. O Município ocupa o 363º lugar em Minas. Há 362 municípios em piores condições, e, 490 municípios mineiros em melhores condições do que Patrocínio. Ou seja, a cidade registrou quase 12 crianças em óbito por mil nascidas vivas. Isso dá 11,76 óbitos por mil nascidas vivas. Como PTC tem quase 100.000 habitantes, na realidade, então, são 11 óbitos por mil nascidos vivos, registrados no último levantamento do IBGE (2023).

HÁ VARIAÇÃO DEMAIS... – Em 2021, houve 14 óbitos por mil nascidos vivos. Em 2022, caiu para apenas 3 óbitos em Patrocínio. E em 2023, voltou a saltar para 11 óbitos por mil nascidos vivos. Isso é a mortalidade infantil em Patrocínio.

SURPRESA: PATOS PIOR; MONTE CARMELO MELHOR A taxa de Mortalidade Infantil quanto menor, melhor. No último ano apurado pelo IBGE (2023), Monte Carmelo é o campeão do Triângulo, com a taxa de 1,95. Quer dizer, em mil crianças nascidas vivas, apenas menos de 02 faleceram (óbitos). Patrocínio mais de 11, Araxá mais de 05, Patos de Minas mais de 12 óbitos por 1.000 nascidos vivos, Coromandel mais de 13, Uberlândia quase 11 óbitos, e, Uberaba 10 óbitos, Assim, palmas... mais palmas para os carmelitanos.

OS MELHORES E PIORES ANOS DE PTC Com pouco mais de 03 óbitos em 1.000 nascidos vivos, o ano de 2022 foi o melhor de Patrocínio, quanto à taxa de mortalidade infantil. O ano de 2011 também foi bom (04 óbitos). Os piores foram 2008, com 17 óbitos em 1.000, e, o ano de 2021, com 15 óbitos. Tudo isso no intervalo de 2008 a 2023.

CRIANÇAS NASCIDAS VIVAS EM PATROCÍNIO Nos últimos dez anos, 2019 é o que mais houve nascimentos de crianças. Nasceram no Município 1.325 crianças nascidas vivas. Em Minas foi uma das cidades que mais nasceram meninos/meninas. Já o ano que menos nasceu, nesses últimos dez anos, foi em 2021. Patrocínio teve 1.157 crianças nascidas vivas. Pode ser causa de redução a pandemia.

FELIZMENTE, MORRE POUCA CRIANÇA MENOR DE UM ANO Em 2022, houve quatro óbitos de crianças com pouca idade. Em 2021, o pior, nos últimos dez anos: 17 óbitos dessas crianças. Esses dois números em valores absolutos (sem considerar “por mil”). Para se ter ideia, em Monte Carmelo houve seis óbitos e Coromandel dois (há de se considerar o tamanho da população). Já 2023, foi o show de Monte Carmelo. Apenas um óbito de criança com idade menor que 1 ano. Enfatizando, só uma criança faleceu em Monte Carmelo. Nesse mesmo ano, em Patrocínio, 14 crianças faleceram e quatro em Coromandel.

MEIO LÁ, MEIO CÁ” NA DIARREIA Considerando somente o sagrado SUS (que parece que é só para pobre, mas NÃO É! Equidade é o símbolo do SUS), Patrocínio teve quase 11 internações por 100 mil hab. em 2024. Isso só para tratamento de diarreia.

ENQUANTO ISSO, NOS VIZINHOS A “COISA” DESANDOU Coromandel teve 140 internações por 100 mil hab. Como lá tem 28 mil hab., houve 40 internações. Monte Carmelo 84 internações por diarreia em 2024. Patos de Minas (com população de 168 mil) teve 18 internações. Patrocínio, para recordar, teve 11 internações. Araxá o mesmo patamar patrocinense. Uberaba: 25 internações.

CONCLUSÃO Quanto ao índice da Diarreia (internações pelo SUS) Patrocínio está bem. Quanto ao indicador da Mortalidade Infantil, Patrocínio está frágil, mal colocado no ranking. Precisa reduzir um pouco a mortalidade. Quem entende alguma coisa de SUS e indicadores de saúde sabe disso.

CONCEITOS Os indicadores em saúde pública são inúmeros. Tais como, Demográficos (mortalidade, por exemplo). Socioeconômicos (desemprego, por exemplo). Morbidade (AIDS, por exemplo). Fatores de Risco (fumante). Recursos (R$ e Profissionais). Cobertura (consultas SUS, por exemplo).

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