Doença deve registrar mais de 15 mil novos casos por ano até 2025, segundo o Inca


Diagnóstico precoce é essencial para aumentar as chances de cura. Imagem de Roland Mey | Pixabay

Da Redação da Rede Hoje

O mês de agosto é marcado pela campanha Agosto Verde Claro, que chama a atenção para os linfomas, câncer que afeta o sistema linfático, parte essencial da defesa do organismo. A iniciativa, criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), busca informar a população sobre a doença, seus sintomas e a importância da detecção precoce.

Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam que o Brasil deve registrar cerca de 15.120 novos casos de linfoma por ano entre 2023 e 2025. O número corresponde a uma fatia significativa dos 704 mil casos de câncer anuais previstos no país, excluindo o câncer de pele não melanoma. Cerca de 70% dos diagnósticos devem ocorrer nas regiões Sul e Sudeste.

O que são os linfomas

Os linfomas surgem quando os linfócitos — células de defesa do sistema linfático — sofrem mutações e passam a se multiplicar de forma descontrolada. Existem dois grupos principais da doença:

  • Linfoma de Hodgkin, que se caracteriza pela presença das células de Reed-Sternberg e evolução ordenada;

  • Linfoma não-Hodgkin, com múltiplos subtipos e evolução que pode ser rápida ou lenta.

Sintomas que merecem atenção

  • Febre persistente, principalmente à tarde;

  • Suor noturno em excesso;

  • Perda de peso sem causa aparente;

  • Inchaço indolor nos gânglios linfáticos (pescoço, axilas e virilha);

  • Tosse, falta de ar e desconfortos abdominais, dependendo da localização do linfoma.

Diagnóstico e tratamento

Segundo o hematologista Felipe Magalhães Furtado, do Sabin Diagnóstico e Saúde, a atenção aos primeiros sinais é crucial. “O tempo é precioso nesses casos”, afirma. Para identificar o linfoma, exames como imunofenotipagem, estudo anatomopatológico e imuno-histoquímico são fundamentais.

De acordo com o especialista, a detecção precoce pode aumentar consideravelmente as chances de cura. “Há linfomas de progressão tão lenta que dispensam tratamento. Mas, ao surgirem os sintomas, especialmente o inchaço dos gânglios, é essencial procurar um especialista”, orienta.


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