
Lotes 016/2024 e 018/2024 da vacina Excell 10 foram retirados de circulação após suspeita de causar mortes de ovinos, caprinos e bovinos. Foto: CNA/Wenderson Araujo/Trilux
Da Redação da Rede Hoje
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apreendeu dois lotes da vacina Excell 10, produzida pela Dechra Brasil Produtos Veterinários, após a suspeita de que o imunizante tenha causado a morte de 199 animais, entre ovinos, caprinos e bovinos.
A notificação sobre os óbitos foi feita pela Agência de Defesa Agropecuária do Piauí no dia 12 de agosto. O Mapa iniciou a fiscalização no dia 13, solicitando à fabricante relatórios sobre a vacina, e realizou inspeção no laboratório em Londrina no dia 14. No dia seguinte, foi emitida ordem de apreensão cautelar das frações dos lotes 016/2024 e 018/2024.
Segundo o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, o ministério atua de forma integrada com órgãos estaduais para apurar a causa das mortes e adotar medidas para proteger a produção pecuária. A previsão é de que o processo de investigação seja concluído em 60 dias.
Até o momento, foram registrados 194 óbitos de ovinos, quatro de caprinos e um bovino. A clostridiose, doença alvo da vacinação, é causada por toxinas de bactérias do gênero Clostridium e pode levar à morte rápida dos animais. Entre os sintomas estão inchaço muscular, manqueira, tremores, rigidez e convulsões.
Em nota, a Dechra Brasil informou que está colaborando com as autoridades, suspendendo a venda e recolhendo os lotes suspeitos. A empresa disponibilizou canais para que produtores relatem possíveis reações adversas: 0800 400 7997 ou (43) 99135-1168.
O ministério reforça que a vacinação continua sendo uma estratégia eficaz contra a clostridiose, mas alerta para a necessidade de acompanhamento veterinário e comunicação imediata de efeitos adversos.
Com Agência Brasil