Professores sugerem atividades que vão da contação de histórias à análise crítica, aproximando estudantes do patrimônio cultural brasileiro


Alunos exploram personagens folclóricos em atividades lúdicas e vivências práticas
– Foto: imagem gerada por IA

Da Redação da Rede Hoje

O Dia do Folclore, celebrado em 22 de agosto, é mais do que uma data comemorativa: é uma oportunidade para que as escolas promovam experiências de aprendizado ligadas às tradições e manifestações populares brasileiras. Instituída no Brasil em 1965, a data mobiliza professores de diferentes etapas da educação básica a elaborarem propostas que unem ludicidade, pesquisa e reflexão crítica sobre a cultura nacional.

A palavra "folclore" foi criada pelo pesquisador britânico William John Thoms e publicada pela primeira vez em 22 de agosto de 1846. Tem origem nos termos folk, que significa "povo", e lore, que significa "instrução", "aprendizado", "sabedoria". Para aproveitar ao máximo essa data de celebração, educadores apresentam propostas específicas para cada etapa da educação básica: dicas práticas e inspiradoras para levar o folclore brasileiro à sala de aula, estimulando curiosidade, senso de pertencimento e respeito às tradições locais.

Na Educação Infantil, o foco é despertar a imaginação das crianças por meio de jogos, encenações e descobertas que tornem as lendas parte do cotidiano escolar. No Brazilian International School (BIS), atividades como saídas pedagógicas e oficinas de xilogravura reforçam a conexão dos pequenos com o universo cultural.

Já no Fundamental I, a contação de histórias em grupo, com apoio de fantoches confeccionados em sala, estimula o trabalho coletivo e o reconhecimento da diversidade regional. A coordenadora Beatriz Martins explica que essa prática ajuda os alunos a perceberem que "cada lenda reflete os valores da comunidade de onde nasceu, ampliando o respeito à diversidade".

No Fundamental II, oficinas de música e dança popular, como jongo e catira, são aliadas ao estudo das origens históricas e sociais dessas expressões. A pedagoga Eloísa Monteiro, da Escola Bilíngue Aubrick, ressalta a importância de desmistificar a ideia de que o folclore é algo menor: "Reconhecer essas manifestações como patrimônio coletivo fortalece o sentimento de pertencimento e combate preconceitos".

Por fim, no Ensino Médio, as propostas se voltam para debates e estudos mais aprofundados sobre políticas públicas, preservação cultural e representatividade. A coordenadora Renata de Lima aponta que envolver os jovens em visitas a centros culturais e pesquisas sobre patrimônio imaterial estimula o engajamento cívico e crítico.

As iniciativas mostram que, ao integrar lendas, danças, músicas e narrativas ao currículo, o folclore deixa de ser apenas tema de projeto e passa a ocupar seu lugar como expressão viva da identidade brasileira.


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