Relatório final aponta 30 indiciados por participação em monitoramento ilegal durante o governo Bolsonaro

Ex-presidente Jair Bolsonaro e ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, são apontados como principais líderes de esquema de espionagem ilegal. Fonto: ICL Notícias


Da Redação da Rede Hoje

A Polícia Federal concluiu as investigações sobre o caso da “Abin Paralela” e enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Procuradoria-Geral da República (PGR) o relatório final, que traz o ex-presidente Jair Bolsonaro como líder de uma organização criminosa responsável por um esquema de espionagem ilegal no período de 2019 a 2022, indica reportagem na manhã desta terça-feira (17) publicada pelo ICL Notícias, assinada pela jornalista
Juliana Dal Piva .

Segundo a PF, o esquema era coordenado pelo deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), então diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), e envolvia o uso irregular do software “First Mile” para monitoramento de cidadãos sem autorização judicial. Entre os cerca de 30 indiciados também estão o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), além de ex-assessores ligados ao chamado "gabinete do ódio", como Tércio Arnaud Thomaz e José Matheus Salles Gomes.

O relatório ainda aponta nomes da atual gestão da Abin, incluindo o diretor-geral Luiz Fernando Corrêa, o chefe de gabinete Luiz Carlos Nóbrega Nelson e o corregedor José Fernando Moraes Chuy, por suspeitas de tentativas de obstrução das investigações. O ex-secretário de Planejamento da Abin, Paulo Maurício Fortunato, também foi indiciado por participação no esquema e por dificultar as apurações. A PF detalhou que, além do uso do software, a agência promoveu ações de monitoramento clandestino com conhecimento de altos escalões do governo anterior. O documento agora segue para análise da PGR, que deverá decidir sobre a apresentação de denúncias ao STF.


Fonte: Reportagem de Juliana Dal Piva – ICL Notícias




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