A crise política ganhou novos contornos com a possibilidade de abertura de um processo disciplinar contra Balila
Sessão desta terça-feira foi marcada por acusações pessoais e troca de ofensas entre vereadores. Foto: Ramomn Bittencourt |ALMG
Da Redação da Rede Hoje
A tensão voltou a tomar conta da Câmara Municipal de Patrocínio nesta terça-feira (3), durante mais um embate entre o vereador Ricardo Balila e o presidente da Casa, Nikolas Elias. A crise política ganhou novos contornos com a possibilidade de abertura de um processo disciplinar contra Balila.
Durante a sessão, Balila fez duras críticas pessoais ao presidente, atingindo inclusive familiares de Nikolas Elias. “Joga o Balila na rua, é na rua que o Balila tem voz. Nosso gabinete é a rua. Que Deus proteja quem não tem voz nesta cidade”, declarou o vereador, acusando a Casa de tentar cassar seu mandato.
Em resposta, Nikolas Elias repreendeu formalmente o colega: “Esta presidência não coaduna com tais atitudes e, por isso, faz mais esta repreensão oral formal nesse plenário, para que o senhor possa se conter e respeitar as prerrogativas como vereador, sem desacatar os pares nem a população de Patrocínio”.
O presidente reafirmou o compromisso com o regimento interno e com a liberdade de expressão: “A livre manifestação, a democracia, o respeito às entidades são prerrogativas da Casa e serão tratadas da mesma forma para todos”.
Balila também direcionou acusações a outros vereadores e membros do governo anterior, atualmente integrando a gestão de Gustavo Brasileiro. As declarações foram rebatidas por diversos parlamentares.
No encerramento, Nikolas Elias contestou a alegação de cerceamento de fala: “Discordamos do vereador que disse não ter oportunidade de se manifestar. Ele está o tempo inteiro falando. Então, que use esse tempo para apresentar medidas que beneficiem a comunidade, pois esta Câmara representa o povo da nossa cidade”.
A tensão aumentou ainda mais quando o embate passou para ataques pessoais. Em meio à confusão, o vereador Alcides Dornelas fez um apelo à sensatez. Para ele, a insistência de Balila em tratar os colegas como “inimigos” pessoais prejudica o respeito institucional e compromete a imagem da Câmara.