Nova lei municipal exige tecnologia para retenção de resíduos sólidos e prevenção de alagamentos em loteamentos e imóveis ainda não protocolados
Boca de lobo inteligente instalada em bueiro urbano: tecnologia retém lixo e melhora escoamento das águas da chuva. Foto: divulgação
Da Redação da Rede Hoje
A partir de 90 dias da publicação da Lei nº 5.789, sancionada em 14 de maio de 2025, todos os novos empreendimentos e loteamentos em Patrocínio deverão incluir bocas de lobo inteligentes em seus projetos de drenagem urbana. A obrigatoriedade se aplica apenas a projetos ainda não protocolados junto à administração municipal.
A medida tem como objetivo principal prevenir alagamentos, reduzir o entupimento das redes pluviais e melhorar a eficiência do escoamento das águas das chuvas.
A boca de lobo inteligente é um sistema de filtragem composto por uma caixa coletora fabricada em material termoplástico. Instalada dentro do bueiro, a estrutura funciona como um cesto que permite a passagem da água da chuva, mas bloqueia a entrada de resíduos sólidos como plásticos, folhas e areia. O dispositivo facilita a manutenção das redes e evita o acúmulo de lixo nos pontos de captação.
Como funciona e onde já deu certo
O sistema atua como uma barreira seletiva. Quando a água da chuva chega à boca de lobo, ela passa por uma grelha e, em seguida, pela caixa coletora. O lixo e os sedimentos ficam retidos na estrutura, que deve ser limpa periodicamente pela equipe de manutenção urbana.
Cidades como São Paulo, Belo Horizonte e Curitiba já testaram ou adotaram tecnologias semelhantes com bons resultados. Na capital paulista, por exemplo, projetos-piloto em bairros com histórico de enchentes registraram significativa redução na obstrução dos bueiros e no volume de resíduos nas galerias pluviais.
A adoção em Patrocínio segue uma tendência de modernização dos sistemas urbanos de drenagem, buscando soluções sustentáveis e eficazes no combate aos efeitos das chuvas intensas.