
Roberto "Tatá" Eustáquio Avatar, ex-presidente do CAP, cobra valor emprestado ao clube – Foto: Arquivo / Rede Hoje
O ex-presidente do Clube Atlético Patrocinense (CAP), Roberto Eustáquio Avatar, conhecido como “Tatá”, está cobrando oficialmente uma dívida de R$ 240 mil da atual diretoria do clube. O valor refere-se a um empréstimo realizado ainda em 2023, que segundo o próprio Tatá, teve como objetivo cobrir despesas operacionais do clube.
A cobrança foi formalizada por meio de uma notificação extrajudicial emitida no dia 2 de julho de 2025. O documento, assinado pelo advogado que representa Tatá, foi encaminhado ao atual presidente do CAP, Fúlvio Eduardo Barbosa, e ao tesoureiro, Willian de Assis Silva, concedendo prazo de dez dias úteis para que a diretoria entre em contato a fim de negociar o pagamento.
De acordo com o "Instrumento Particular de Confissão de Dívida e Compromisso de Pagamento", assinado em 25 de agosto de 2023, o clube comprometeu-se a pagar o valor em duas parcelas de R$ 120 mil, com vencimentos em fevereiro e março de 2024. O não cumprimento dos prazos, no entanto, levou à emissão da notificação atual.
O contrato prevê penalidades em caso de inadimplência: juros de mora de 1% ao mês, multa de 20% sobre o valor em atraso e custas judiciais, incluindo honorários advocatícios fixados em 20% do montante devido.
O documento foi assinado por Tatá como credor e, pelo CAP, os representantes legais na época: Rinaldo Antônio Luqui (então presidente do Conselho Deliberativo) e Nivaldo Leal (tesoureiro). Também constam como signatários Valberto Vieira Rosa, José Francisco Felix, Paulo César de Lima Junior e Marcos Antônio da Silva.
Procurados pela reportagem da Módulo FM — que deu a informação nesta quinta-feira,10 —, nem Roberto Avatar nem os atuais dirigentes do clube quiseram se manifestar.
A situação expõe mais um capítulo de tensão na gestão financeira do CAP, clube que tem enfrentado desafios recorrentes para manter equilíbrio orçamentário e competitividade no cenário esportivo regional. Caso não haja acordo no prazo estabelecido, o caso pode ser judicializado.