Presidentes Lula e Trump abordam medidas de comércio e sanções durante reunião descrita como franca e construtiva, buscando soluções bilaterais.

Presidente Lula cumprimenta o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante encontro em Kuala Lumpur, na Malásia: conversa franca e construtiva - Foto: Ricardo Stuckert / PR.
Da Redação da Rede Hoje
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu neste domingo, 26 de outubro, em Kuala Lumpur, na Malásia. O encontro teve como objetivo tratar das tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos às exportações brasileiras. A conversa ocorreu com o presidente norte-americano, Donald Trump, e foi descrita por Lula como um diálogo franco. Os líderes buscaram discutir caminhos para a suspensão das medidas comerciais adotadas.
Durante a reunião, os presidentes reforçaram o compromisso de aprofundar o diálogo econômico entre as duas nações. Lula utilizou as redes sociais para comentar sobre o resultado da agenda bilateral. Ele mencionou a discussão franca e construtiva da pauta comercial e econômica entre os países. A meta é que as equipes de ambos os lados se reúnam imediatamente para avançar na busca por soluções.
O presidente Lula afirmou em sua conta que o encontro com Trump foi ótimo. Ele destacou que foi acertado um novo ciclo de negociações entre as partes. Estas negociações devem envolver as sanções contra autoridades brasileiras e as tarifas. O Brasil busca reverter a imposição das medidas americanas, propondo um novo período de diálogo.
Segundo a avaliação do governo brasileiro, a imposição das tarifas carece de base técnica para a sua aplicação. O Brasil argumenta que os Estados Unidos mantêm um superávit na balança comercial em relação ao parceiro sul-americano. No encontro, Lula reiterou o pedido brasileiro para a suspensão das tarifas. Ele propôs o estabelecimento de um novo período de negociação imediata entre as partes.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, detalhou o conteúdo do diálogo entre os presidentes. Ele relatou que Lula iniciou a conversa dizendo que não havia assunto proibido para discussão. O pedido de suspensão das tarifas foi renovado para um período de negociação. A aplicação da lei Magnitsky a algumas autoridades brasileiras também foi citada.
O Cenário Atual
Vieira informou que a reunião foi avaliada como muito positiva para o governo brasileiro. Ele expressou a expectativa de que em pouco tempo seja concluída uma negociação bilateral abrangente. Esta negociação deve tratar de cada um dos setores afetados pela atual tributação americana. O chanceler previu que o processo pode ser concluído em algumas semanas.
O ministro Mauro Vieira descreveu a conversa entre os presidentes como muito descontraída e alegre. O presidente Trump teria expressado admiração pela carreira política de Lula. Ele mencionou os dois mandatos anteriores, a perseguição e a conquista vitoriosa do terceiro mandato. A imprensa teve acesso a alguns minutos do encontro para registro.
Trump manifestou admiração pelo Brasil e concordou com a necessidade de revisão tarifária. O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Márcio Rosa, ressaltou o caráter franco do diálogo. Ele afirmou que a motivação utilizada pelos Estados Unidos para a elevação de tarifas não se aplica ao Brasil. O Brasil mantém um superávit na balança comercial para os Estados Unidos.
Rosa também destacou o papel estratégico que o Brasil possui na região sul-americana. Ele reforçou que o país se colocou à disposição para colaborar com os Estados Unidos. Esta colaboração se estende para outros temas que possam ser pertinentes. O Brasil busca fortalecer sua posição no cenário internacional.
Durante a reunião, Lula também abordou a Lei Magnitsky. O presidente citou o uso da lei pelos Estados Unidos para impor sanções a autoridades. Ele classificou a aplicação da lei em relação a ministros do Supremo Tribunal Federal como injusta. Lula afirmou que o devido processo legal foi respeitado e não houve perseguição no Brasil.
Com informações da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da Repúblic