
Brasília (DF), 14/09/2025 – Jair Bolsonaro deixa hospital sob escolta, acompanhado do filho Jair Renan, após procedimento médico (Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)
Da Redação da Rede Hoje
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (15) que a Polícia Penal do Distrito Federal apresente, em até 24 horas, um relatório sobre a escolta do ex-presidente Jair Bolsonaro durante atendimento médico no Hospital DF Star, em Brasília.
Na decisão, Moraes pediu detalhes sobre o veículo utilizado, os agentes que acompanharam Bolsonaro no quarto e os motivos pelos quais ele não foi levado imediatamente para casa após a liberação médica, como havia sido determinado.
O ex-presidente, que cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto, passou por um procedimento dermatológico no domingo (14). Ao deixar o hospital, ficou ao lado de seu médico, que deu entrevista coletiva. Enquanto aguardava, Bolsonaro foi aplaudido por apoiadores na porta da unidade de saúde.
A prisão domiciliar foi imposta após Moraes considerar que Bolsonaro tentou burlar a proibição de uso de redes sociais, utilizando perfis de familiares e terceiros. Além do monitoramento por tornozeleira eletrônica, ele tem restrição de visitas.
O caso está ligado ao inquérito que investiga Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por suposta articulação com o governo do então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para promover medidas de retaliação contra o governo brasileiro e ministros do Supremo. Entre as ações estariam o cancelamento de vistos e a aplicação da Lei Magnitsky.
Na semana passada, a Primeira Turma do STF condenou o ex-presidente e mais sete réus na ação penal sobre a trama golpista. A decisão, por 4 votos a 1, incluiu crimes como organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Com a Agência Brasil.