Segundo entidade, as aplicações de Botox, aliadas ao tratamento fisioterapêutico contínuo, é um dos tratamentos mais indicados para a espasticidade muscular

Dileia Dornelas, enfermeira da Apae e o neurocirurgião Marcelo Gomes, durante aplicação de botox em paciente com paralisia cerebral  - Foto:Ascom|Apae

Da redação da Rede Hoje

Popularmente utilizada para fins estéticos, a toxina botulínica, mais conhecida como Botox, é uma importante aliada no tratamento de pacientes com sequelas ocasionadas por lesões no sistema nervoso central, como a paralisia cerebral e o acidente vascular encefálico (AVE). Na APAE de Patrocínio, o uso da toxina botulínica para fins terapêuticos é oferecido desde 2019, de forma totalmente gratuita, por meio de parceria com o Sistema Único de Saúde (SUS), que fornece as ampolas do medicamento à associação.

O mais recente atendimento realizado pela APAE foi no dia 20 de agosto de 2021. Dentre os atendidos, paciente L. D. M., de 19 anos, com paralisia cerebral infantil. De acordo com mãe da jovem, Eliene Damiana Martins, o atendimento recebido e dos resultados que a filha vem alcançando com o tratamento está funcionando muito bem.

Eu estava morando em Goiânia (GO) e decidi voltar para Patrocínio justamente pelo atendimento da APAE, que é totalmente diferente do que eu já passei nesses quase 20 anos com ela. Só tenho a agradecer! Ela está tendo uma boa melhora, principalmente depois dessas aplicações de Botox”, diz .

Eliene Martins conta as reações positivas. “Ela está tendo mais flexibilidade nas perninhas e nos bracinhos, também está tendo mais abertura nas pernas, que antes era mais difícil. Então está sendo cem por cento!”, explica

AVALIAÇÕES E APLICAÇÕES. O médico responsável pelas avaliações e aplicações da toxina botulínica na APAE de Patrocínio é o neurocirurgião Marcelo Gomes de Almeida. Segundo o médido, “a toxina botulínica é muito útil nos tratamentos de espasticidade muscular, como nos casos de crianças com paralisia cerebral ou de pacientes pós AVC”, conta.

No entanto, Marcelo Almeida ressalta que, para alcançar ganhos satisfatórios, a aplicação da toxina deve estar associada ao tratamento fisioterapêutico. “Nesses casos, a toxina funciona como um apoio. Além das aplicações, todos os usuários necessitam de tratamento fisioterapêutico contínuo, que inclusive deve ser intensificado após as aplicações. Durante o acompanhamento desses usuários, temos percebido um ganho muito grande na amplitude de movimento dos membros afetados após as aplicações do Botox”, conclui Dr. Marcelo.

COMO FUNCIONA. A toxina botulínica age bloqueando a contração muscular e, a partir desse princípio, sua aplicação apresenta efeitos benéficos aos pacientes com sequelas musculares, como a espasticidade, que consiste em um distúrbio no controle muscular, caracterizado por tensão, rigidez, aumento dos reflexos dos tendões e incapacidade de controlar os músculos. Nesses casos, a aplicação da toxina atua no aumento da amplitude de movimento e na melhora das funções dos membros afetados pelas lesões neurológicas. Além disso, quando associadas ao tratamento fisioterapêutico contínuo, as aplicações de Botox ajudam a reduzir o desgaste da imobilização e a dor e facilita a realização da higiene e de outras atividades funcionais, melhorando a qualidade de vida do paciente.

Para mais informações, ligue: (34) 3839-9666 / 3839-9650.

Fonte: Assessoria de Comunicação da APAE de Patrocínio-MG

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