O clube deve normalizar esta semana 10 dias de salários atrasados, reclama do custo com os jogos em casa —  arbitragem, VAR, etc —, do mal planejamento com o sócio-torcedor e presidente diz que vai buscar alternativas



Como todo clube, grande ou pequeno, o CAP também tem suas crises, que não impedem o time grená de lutar. Foto: divulgação|CAP


Da redação da Rede Hoje

O Patrocinense vive um momento de dificuldade, que está sendo resolvido pelo presidente Ronaldo Correia de Lima. Esta semana, após a goleada para o Tombense, veio à tona um atraso de pagamento salarial de 10 dias. O salário no clube venceu no dia 10 e ainda não foi pago.

Segundo o presidente, embora o CAP esteja atuando no vermelho desde o ano passado, o problema foi outro. Ronaldo Correio informou à Rede Hoje que houve um problema a conta do clube no banco. A troca da diretoria impossibilitou algumas operações. Mas, segundo ele, que esse problema está sendo resolvido e o pagamento deve sair até sexta-feira (no sábado o time joga com o Itabirito em Belo Horizonte, pela última rodada da primeira fase do Campeonato Mineiro).

Dívidas

As dívidas do CAP estão relatadas num documento interno a que a Rede Hoje teve acesso, que diz que foram “quitados R$ 316.539,08 de dívida da gestão anterior. Neste relatório constam acertos judiciais, cartorários, cheques a terceiros, vários acordos com jogadores e treinador, repasse de dívida do clube com o ex-presidente Roberto Avatar, advogados, codomínios, energia, premiação do treinador Vitor Bill pela campanha da Série D do ano passado, etc.

Além disso, até esta segunda-feira (19/02), já foram lançados R$ 17 mil de dívidas anteriores — valor pode sofrer alteração até o final do mês — e até abril já temos lançados mais de R$ 15.144,98 em acordos judiciais passados, que podem sofrer alterações visto que ainda existem processos em andamento”. Neste relatório não consta o que o atual presidente já pagou da atual gestão.


A portaria não sustenta os gastos do lcube, nem com o apoio que a torcida do CAP dá. Foto: Alair Constantino/Dono do Apito


Portaria não sustenta

Ronaldo Correia disse à Rede Hoje que “com dinheiro de portaria não dá para manter futebol profissional em nenhum clube, mesmo com a torcida apoiando, como acontece em Patrocínio. Nós temos que procurar alternativas e é isso que estamos fazendo. Vamos ter que trabalhar o marketing, buscar parcerias aqui (em Patrocínio) e fora, porque só de portaria não dá pra sobreviver”, disso o presidente.

O dirigente questiona ainda o atual formato de sócio torcedor do clube. “Do jeito que é feito dá prejuízo”. Ele diz que só a camisa que o CAP entrega a cada sócio torcedor fica em RS 160. De acordo com levantamentos de 2013, cada sócio torcedor paga R$ 200 na arquibancada e R$ 400 nas cadeiras. Este é um dos pontos que a diretoria deve rever na formatação do quadro.

Placas e VAR


As placas naconais ficam ao alcance das câmeras da transmissão enquanto a locais têm que ficar no barranco, ainda assim, a federação cria caso. Rede Hoje 

A diretoria reclama também da forma que a Federação Mineira de Futebol (FMF) trata os clubes. Um dos diretores diz que nem mesmo a placas de anunciantes locais a FMF quer permitir. As placas são direcionadas ao público que vai ao estádio. Ou seja, não aparecem nas transmissões, uma vez que as placas dos anunciantes nacionais são postas em direção às câmeras e em volta do campo. Assim, os anunciantes nacionais (da TV detentora dos direitos, FMF e/ou CBF) aparecem na transmissão de TV e streaming, já que as cabines de TV ficam no lado leste do estádio.

No último jogo o Patrocinense teve que colocar seus patrocinadores no barranco para dar visibilidade ao público, que fica todo do lado oeste do estádio.

Outra reclamação é com o custo do VAR, que é muito caro — são pelo menos sete câmeras, cada uma com um cinegrafista e os operadores do VAR, com um mínimo de quatro pessoas — tudo bancado pelo clube mandante. Ronaldo diz que é melhor jogar fora. Por exemplo: enquanto um jogo em Uberlândia, custa para o CAP, em média, R$ 10 mil, um em Patrocínio, custa, em médida, R$ 29 mil.

De saída


Stefano Moretti

Esse atraso pode ter sido o principal fator da saída do meio campo Stefano, que voltou para o Anápolis. Stefano Vitello Milanezi Moretti já está registrado para enfrentar o Tombense, amanhã, quarta-feira, 21/2, às 19h30, pela Copa do Brasil.


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