Em articulação com o governo federal e estadual, o Unicef ​​​​​​​​apoia a avaliação da situação de crianças e adolescentes abrigados; Fundo da ONU ainda dará apoio técnico para redirecionar aqueles separados de pais e responsáveis ​​Da  Redação da Rede Hoje




Garantir a proteção integral de crianças e adolescentes é prioridade do Fundo da ONU para a Infância, Unicef, em meio às fortes chuvas e inundações que assolam o Rio Grande do Sul desde a semana passada. 

Neste cenário de emergência, a agência da ONU está organizando ações de assistência técnica com os governos federal e estadual, especialmente Assistência Social, Defesa Civil e Direitos Humanos, e com parceiros da sociedade civil.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva analisa a devastação após as enchentes de Porto Alegre, no sul do Brasil
 
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva analisa a devastação após as enchentes de Porto Alegre, no sul do Brasil  © PR/Ricardo Stuckert

Apoio a crianças e adolescentes

O apoio do Unicef ​​​​abrange diversas áreas, incluindo levantamento de informações sobre crianças, adolescentes e mulheres em abrigos, apoio técnico para reunificação familiar, distribuição de kits de saúde menstrual e proteção para adolescentes, e orientações sobre higiene e saúde.

O coordenador de Emergências do Unicef ​​​​no Brasil, Gregory Bulit, explica que em um contexto de abrigo provisório, é essencial mensurar e avaliar a situação de crianças, adolescentes e mulheres.

Para isso, o Unicef ​​​​​​​​realizou um levantamento em parceria com a Defesa Civil e a Secretaria de Assistência Social do Estado, em mais de 90 abrigos de Porto Alegre, para atender às necessidades da infância em meio à grave emergência.

Neste momento, 66 milhões de pessoas estão alojadas em abrigos com vários níveis de infraestrutura, com casos relatados de crianças e adolescentes separados dos pais e responsáveis. 

Abrigos infantis

Para apoiar essa frente, o Unicef ​​​​​​​​está prestando apoio técnico ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania para garantir a correta identificação, encaminhamento e reunificação, quando para o caso, essas crianças e adolescentes, também atuam em ações de comunicação de Risco com gestores de abrigos para que assegurem os direitos desse público em situação de alta vulnerabilidade.

Paralelamente, 34 kits educacionais serão enviados nos próximos dias ao Rio Grande do Sul, para serem direcionados para abrigos, por meio de doação à Defesa Civil, contendo itens educacionais e jogos recreativos, beneficiando mais de 3 mil crianças. Junto aos kits, está prevista a criação de espaços amigáveis ​​para crianças em abrigos. 

Dispõe também de disposições relacionadas à dignidade menstrual e proteção de meninas adolescentes, assim como orientações sobre acesso à água potável, higiene de bebês e prevenção de doenças hídricas.

Vista da cidade inundada de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
 
Vista da cidade inundada de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil  © Agência Brasil/Gilvan Rocha

Como ajudar

Para apoiar a resposta do Unicef​​às chuvas no Rio Grande do Sul, pessoas físicas podem fazer doações de qualquer valor através do PIX para  Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. . Em caso de dúvidas, o canal de contato é o 0800 605 2020. 

Empresas, fundações e filantropos específicos de apoio podem entrar em contato através do e-mail  Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. .

As chuvas no Rio Grande do Sul causaram um rastro de destruição no Estado e geraram a declaração, pela Defesa Civil, de alerta de Calamidade Pública nível 3, o mais alto do país. 

Segundo o último boletim da Defesa Civil, de 8 de maio, são 414 municípios com mais de 1,4 milhão de pessoas afetadas e quase 159 mil desalojadas, com 83 mortes registradas até o momento. 

Ainda há previsão de chuvas para os próximos dias em partes do estado e serviços como abastecimento de água estão severamente prejudicados na capital Porto Alegre e outros municípios. 


*Com a reportagem do Unicef ​​​​​​​​Brasil


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