O jornal sustenta que o clima altera geografia das lavouras, preços e a qualidade da bebida

Crédito: Young N|Pixabay


O jornal americano The Washington Post, que chamou o Brasil de “Arábia Saudita do café”

Da Redação da Rede Hoje

O jornal Folha de São Paulo traz, na edição de terça-feira, 9/1, uma notícia preocupante para o setor cafeeiro, e, claro, para a economia da região, a maior produtora de café do país. No seu caderno Agrofolha, com o título: “Crise climática ameaça a produção mundial de café”, e a linha fina, “Variações de temperatura alteram geografia das lavouras, preços e qualidade”, é uma abordagem completa.

Segundo o jornal paulista, embora os cafés de altitudes elevadas possuam qualidade superior, como evidenciou um estudo norte-americano de 2021 publicado na revista Frontiers in Plant Science, essa mudança enfrenta obstáculos, como a escassez de terras, infraestrutura deficiente e adaptações socioculturais pelos cafeicultores.

O desmatamento será outro efeito colateral na nova geografia das lavouras de café, agravando o clima local inda mais, diz relatóriodo IPCC”, informa a Folha

O Brasil fornece cerca de 33% da produção mundial e 26% das exportações para 152 países, segundo dados da USDA. O país exerce grande influência no mercado global. A safra brasileira abundante de 2019 derrubou preços, impactando milhares de cafeicultores na Guatemala, formando onda migratória em direção aos EUA, conforme reportagem do, The Washington Post, que chamou o Brasil de “Arábia Saudita do café”. Destaca o diário paulista.

Asplantações de Brasil e Colômbia enfrentam intenso estresse climático nos últimos anos, resultando em declínio de 7,6% na produção sul-americana em 2022, a maior queda em quase duas décadas, segundo a ICO. Cerca de metade do cafédomundo (48%) é produzido na Américado Sul.

A Folha traz ainda informação do boletim da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), que diz que em relação à produção brasileira de café é que apesar do crescimento de 8,2% na produção brasileira de 2023, atingindo 55 milhões de sacas, as exportações entre janeiro e novembro diminuíram 4,1% em comparação com 2022”, diz o jornal paulista.

Minas

A reportagem cita um estudo de 2020 da Universidade de Boston (EUA) demonstra que mudanças climáticas já diminuem a produtividade da cafeicultura brasileira. As temperaturas nas regiões cafeeiras aumentam em0,25° cada década desde 1974, provocando perdas de produtividade de até 29% em MinasGerais, estado que lidera aprodução local de café com 53% do mercado (29 milhõesde sacas), segundo a Conab, representando 17% da produção global.


Leia a reportagem completa no caderno Agrofolha, da Folha de São Paulo.


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