Em Patrocínio foram registrados, até 15 de abril, 3.868 casos de dengue, sem ocorrências de Chikungunya ou Zika


O Pronto Socorro de Patrocínio é um retrato dos demais postos de saúde e hospitais da cidade: lotado o tempo inteiro.
Foto: Rede Hoje

Redação da Rede Hoje

Minas Gerais enfrenta um cenário alarmante de saúde pública, com um expressivo aumento no número de casos de dengue, Chikungunya e Zika. Até 15 de abril, os registros dessas doenças atingiram níveis preocupantes, demandando ações urgentes para conter sua propagação.

Em Patrocínio foram registrados, até 15 de abril, 3.868 casos de dengue, sem ocorrências de Chikungunya ou Zika. Pela Secretaria Estadual de Saúde, não houve registros de óbito na cidade. Mas nos postos de saúde, hospitais e no Pronto Socorro, o número de pessoas procurando diagnosticar a doença, em tratamento o em convalescença é grande.

Até esta segunda, 15/4, Minas Gerais notificou 1.045.321 casos prováveis de dengue, dos quais 434.378 foram confirmados. O estado lamenta a perda de 238 vidas devido à doença, enquanto outros 692 óbitos permanecem sob investigação. Em relação à febre Chikungunya, foram registrados 86.314 casos prováveis, com 58.585 confirmações e 35 óbitos confirmados, além de 34 em investigação. Quanto ao vírus Zika, foram relatados 216 casos prováveis, com 20 confirmações, mas felizmente, não há registros de óbitos confirmados ou em investigação por essa enfermidade.



Gráficos da Secretaria de Saúde de Minas Gerais, publicados hoje. Arte: SESMG

Operação Limpeza


Secretarias municipais de Saúde, Urbanismo e Obras Públicas,  com operação deste segunda (15) para eliminar possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti; mutirão concentra-se na limpeza de terrenos baldios em toda a cidade, buscando reduzir os locais propícios à reprodução do vetor da dengue e outras enfermidades. Foto: Ascom | PMP

Iniciada em 15 de abril, uma ação coordenada pelo Governo Municipal de Patrocínio, em colaboração com as secretarias de Saúde, Urbanismo e Obras Públicas, visa eliminar possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti. Este mutirão concentra-se na limpeza de terrenos baldios em toda a cidade, buscando reduzir os locais propícios à reprodução do vetor da dengue e outras enfermidades.

Os esforços conjuntos contam com o apoio dos Conselhos Comunitários e do Departamento de Água e Esgoto (Daepa), que forneceram recursos adicionais, incluindo máquinas e mão de obra. Antes do início da operação, fiscais da Secretaria de Urbanismo percorreram os bairros Nações e Serra Negra para identificar locais com acúmulo de lixo e vegetação, potenciais criadouros para o mosquito.

Toda a Cidade

Embora tenha se iniciado em áreas previamente mapeadas, a ação está programada para abranger toda a cidade, com o objetivo de transformar terrenos vazios em espaços seguros para a comunidade. O esforço conjunto visa reduzir os riscos de proliferação do Aedes aegypti, mitigando assim os casos de dengue, Chikungunya e Zika.

Aedes aegypti, Vetor de Doenças

Originário da África, o Aedes aegypti tornou-se uma ameaça global à saúde pública, transmitindo diversas doenças graves, incluindo dengue, Zika, Chikungunya e febre amarela urbana

Originário da África, o Aedes aegypti tornou-se uma ameaça global à saúde pública, transmitindo diversas doenças graves, incluindo dengue, Zika, Chikungunya e febre amarela urbana. Reconhecível por suas características, como listras brancas e pretas no corpo e pernas longas, o mosquito é diurno e prefere áreas urbanas, onde encontra condições ideais para se reproduzir em recipientes de água parada, como vasos de plantas e pneus descartados.

A fêmea do mosquito é responsável pela transmissão das doenças, alimentando-se de sangue humano para completar o desenvolvimento de seus ovos. Assim, quando pica uma pessoa infectada, o mosquito pode adquirir e transmitir o vírus a outras pessoas saudáveis durante suas futuras picadas.

Controle e Prevenção

O controle do Aedes aegypti requer medidas de prevenção, incluindo a eliminação de criadouros, uso de repelentes, telas em janelas e portas, além do uso de inseticidas quando necessário. Campanhas de conscientização e ação governamental coordenada desempenham um papel fundamental na redução da proliferação desse mosquito e na prevenção das doenças que ele transmite.


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