Veja os desafios e avanços na luta contra a doença centenária, com tratamento oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS),

Minas Gerais é o estado que mais possui casos registrados da doença no país. Créditos: divulgação | Faculdade Anhanguera

Da Redação da Rede Hoje

Dados do Ministério da Saúde em 2022 revelaram 2.691 novos casos de hanseníase na região Sudeste, com Minas Gerais liderando com 916 registros no Brasil. A hanseníase, uma enfermidade infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium, conhecida como bacilo de Hansen em homenagem ao médico norueguês Gerhard Hansen, foi identificada em 1873. A lenta replicação do bacilo resulta num período de incubação de cerca de cinco anos, contribuindo para o diagnóstico tardio.

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o Brasil é o segundo país com mais casos de hanseníase no mundo, contabilizando 28.660 casos, ficando atrás apenas da Índia. Apesar disso, avanços científicos possibilitaram a cura da doença. Josiane Castro, coordenadora do Curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera, destaca a importância da identificação precoce e do tratamento, que reduzem a transmissão do bacilo e, consequentemente, o número de novos casos.

Os sintomas

A hanseníase não faz distinção de gênero ou idade, podendo afetar qualquer indivíduo e resultar em deformidades irreversíveis se não tratada, perpetuando o ciclo de transmissão. Os sintomas incluem manchas na pele, caroços dolorosos, dores articulares, inchaço nas extremidades e ressecamento ocular, além de sensações neurais como formigamento nos membros.

Transmissão

A transmissão ocorre quando uma pessoa doente, com a forma multibacilar da doença, elimina o bacilo através das vias respiratórias, podendo infectar outros indivíduos. No entanto, nem todos os expostos desenvolvem a enfermidade. Após o início do tratamento, a pessoa deixa de transmitir a doença, mas os contatos domiciliares devem ser monitorados por pelo menos cinco anos.

Sintomas e Transmissão

Os sintomas incluem manchas na pele, caroços dolorosos, dores articulares e sensações neurais. A transmissão ocorre quando indivíduos infectados eliminam o bacilo pelas vias respiratórias. Embora nem todos os expostos desenvolvam a doença, a monitorização dos contatos domiciliares é crucial.

Tratamento e Prevenção

O tratamento, oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), envolve doses mensais supervisionadas na unidade de saúde e doses autoadministradas em casa, por um período de 6 a 12 meses. Essa abordagem visa não apenas a cura do paciente, mas também a interrupção da cadeia de transmissão.


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