Da Redação da Rede Hoje

Nestas quarta e quinta-feiras ( 8 e 9 de dezembro), acontecereu em Brasília, o IV Evento Internacional de Indicações Geográficas e Marcas Coletivas. O evento que teve como destaque o Lançamento do Selo Brasileiro de Indicações Geográficas, uma iniciativa liderada pelo Ministério da Economia, INPI (Instituto Nacional da Proteção Individual), com a parceria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e do Sebrae.

A unificação do Selo Brasileiro de Indicação Geográfica é uma estratégia de promoção das Indicações Geográficas no Brasil e visa também à proteção e à valorização destes produtos que contam com identidade própria, relacionada à origem, tradição, qualidade e o saber fazer. O objetivo é fortalecer as 88 Indicações Geográficas registradas no Brasil pelo INPI e, com isso, agregar valor aos produtos atraindo a atenção do consumidor. Neste sentido, o Brasil segue o exemplo de países da América do Sul, da Ásia e da União Europeia com a promoção do selo.

A conquista que tem como base uma estratégia nacional para promover e valorizar os tesouros das Indicações Geográficas do Brasil. Apresenta os diferenciais dessas regiões e de seus produtos aos consumidores e ao mercado. O Sebrae está junto dos pequenos negócios que integram as Indicações Geográficas, em parceria com o Ministério da Economia, o INPI e o Ministério da Agricultura”, disse Hulda Giesbrecht, analista de inovação do Sebrae.

Valorização e reconhecimento que chega ao consumidor



Cafés de origem Região do Cerrado Mineiro com Selo Brasileiro de Indicações Geográficas.

Juliano Tarabal, superintendente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Prepresenta a Região do Cerrado Mineiro, pioneira entre as indicações geográficas sendo a primeira Denominação de Origem para café no Brasil. Lança três cafés de três torrefações diferentes com o Selo Brasileiro de Indicação Geográfica: cafeteria Dulcerrado, de Patrocínio,MG; Lucca Cafés Especiais, sediada em Curitiba e Wolf de São Paulo.

A cafeterria Dulcerrado (da Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado, Expocaccer, localizada em Patrocínio), torrou um café de 90 pontos do cafeicultor Gabriel Nunes, que é uma referência em qualidade na região e já foi campeão como melhor café do Brasil pelo Cup Of Excellence. Este mesmo café foi também torrado pela Lucca Cafés Especiais, sediada em Curitiba, e também recebe o Selo Brasileiro de Indicação Geográfica do Sul do Brasil. A marca, a Wolf, referência no segmento de cafés especiais na cidade de São Paulo, também terá um café da Região do Cerrado Mineiro com o selo produzido pelo cafeicultor, Marcelo Urtado, com fazenda em Monte Carmelo.

Acreditamos que esta iniciativa do Selo Brasileiro de Indicações Geográficas, apoiado pelas instituições governamentais envolvidas, impulsionará a promoção do conceito de Indicações Geográficas junto aos consumidores, valorizando os territórios que obtiveram esta conquista, levando seus produtos com garantia de origem. No segmento café já somos 12 regiões com Indicação Geográfica e a origem é um fator essencial de escolha pelos consumidores. A iniciativa apresenta ganhos para toda a cadeia produtiva do café, além de todas as demais cadeias que abrangem as 88 indicações geográficas brasileiras”, explica Juliano Tarabal, superintendente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado.

A Região do Cerrado Mineiro conquistou a Indicação Geográfica em 2005 e em 2014 foi a primeira região cafeicultora a conquistar a Denominação do Origem no Brasil, fato que aumenta a importância do selo no sentido de proteger as características que fazem do café da Região um produto único, bem como para os demais produtos que possuem o selo.

O gestor da Dulcerrado Cafés Especiais, Maurício Maciel, destaca que o selo é mais uma ferramenta para indicar quais são os produtos reconhecidamente de qualidade no Brasil.