Avaliação. As administrações municipais são avaliadas em termos políticos (pelo voto), prestação de contas (pelo Tribunal de Contas e Câmara Municipal), e, eficiência fiscal (pelas declarações oficiais das prefeituras para a Secretaria do Tesouro Nacional). Todos os anos, a FIRJAN pública o IFGF (Índice FIRJAN de Gestão Fiscal) de cada município brasileiro. Com informações oficiais. Agora, foi publicado o IFGF de 2023, com dados de 2022. Nele, Patrocínio é considerado de “
boa gestão”. Entre os quatro indicadores que compõem o IFGF, Patrocínio se encontra muito bem em dois, tolerável em um e péssimo no quarto indicador. O ranking oficial e o desempenho patrocinense em cada indicador demonstram isso.

O IFGF – Em 2022, o de Patrocínio chegou a 0,6923. Isso significa, no conceito da FIRJAN, “Boa Gestão”. Ou seja, entre os índices 0,6 a 0,8 a classificação é assim. Mas, quando se observa o ranking de Minas Gerais, há centenas de municípios mineiros à frente. Pois, Patrocínio ocupa o indesejável 440º lugar. É bom dizer que o IFGF não mostra progresso, desenvolvimento, tamanho ou beleza de qualquer município. Por exemplo, cinco municípios mineiros de melhor IFGF são Bonfinópolis de Minas, Brumadinho, Indianópolis, Lagoa Santa e Monte Alegre de Minas.

O MELHOR ANO E O PIOR – Nos anos de 2013, 2014 e 2015 foram anos tenebrosos de Patrocínio, quanto ao IFGF. A derrota maior foi em 2015, quando o IFGF atingiu apenas 0,3968. Essa faixa é considerada “
Crítica” pelos analistas técnicos da FIRJAN. O melhor do ano do período 2013-2022 foi 2020, época que o IFGF atingiu 0,8354. Essa pontuação é classificada como “Excelência” (não confundir com a tal “excelência”, tanto mal dita pelos políticos). De 2020 para 2021 e agora, sobretudo, 2022, a curva volta a decrescer um pouco. É necessário retornar ao desempenho anterior. Porque o IFGF é bem visto pelos empreendedores, gestores e pela inteligência de plantão.

COMO É FORMADO O IFGF – Esse Índice FIRJAN de Gestão Fiscal é o resultado da combinação de quatro grandes indicadores. “
Autonomia” (município ter capacidade de sustentar a estrutura da Prefeitura e Câmara), “Gastos com Pessoal” (município tem que gastar menos de 54% da Receita com Folha do funcionalismo), “Liquidez” (recursos em caixa para cobrir as despesas, sem cheque especial), e, “Investimentos” (recursos para materiais básicos em Escolas, Unidades de Saúde e investimento em geral).

“AUTONOMIA”: ECONOMIA SUSTENTA A ADMINISTRAÇÃO – As receitas municipais originadas na atividade econômica patrocinense, tais como ICMS, ISQN, IPTU e CFEM (fosfato) sustentam os custos para manter a Câmara Municipal e toda estrutura administrativa da Prefeitura. Tanto é que o índice desse indicador do IFGF (Autonomia) é 0,7389 em 2022. Em 2018 e 2019 chegou a atingir o máximo. Ou seja, índice igual a 1,00. Trocando em miúdos, Patrocínio tem “
Boa Gestão” na Autonomia.

“GASTOS COM PESSOAL” – Esse indicador demonstra o quanto o Município desembolsa para o pagamento da folha dos servidores tirando da Receita Corrente Líquida – RCL (arrecadação menos transferências). O teto máximo para a despesa com Pessoal é 54% da RCL. Como em 2021 e 2022 Patrocínio alcançou o patamar superior, o índice foi igual a 1,00.

“INVESTIMENTOS” – Esse indicador mostra a parcela da Receita Total Municipal destinada aos investimentos. Em 2022, a situação de Patrocínio está ruim. Ou seja, “
Crítica”. Pois, foi 0,3801. Aliás, apenas em 2020 foi considerada sofrível. Isso desde 2013. Ano a ano eternizou-se no vermelho, quer dizer, na situação “Crítica”.

“LIQUIDEZ” – O quarto e último grande indicador apresenta a relação de Restos a Pagar (expressão da dívida municipal para o ano seguinte) e dos recursos em Caixa para pagá-los (também no ano seguinte). Patrocínio permaneceu no andar de cima de 2018 a 2021, com o índice igual a 1,00. Porém, em 2022 caiu assustadoramente para 0,6202. Isso posicionou o Município na “
rabeira mineira”, 753º lugar.

RESUMO – Patrocínio encontra-se em nível bom em alguns aspectos. Em outros, não. A média de tudo é o IFGF. Esse está com nota 6,2. Portanto, necessita melhorar. Dá para viver nele, dá. Contudo, não é o ideal. O contexto fiscal (tributos versus administração) indica atenção, pelo menos, no momento.

O QUE É FIRJAN – É a poderosa Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro. Com frequência, ela publica diversos trabalhos técnicos, como pesquisas e estudos socioeconômicos. Seja do Estado do Rio de Janeiro, seja do Brasil. O IFGF é um deles. Além, a FIRJAN publica também outros índices. Por isso, todos os municípios brasileiros dispõem de parâmetros para o equilíbrio de suas contas públicas. Daí, convém qualquer município observar o que a FIRJAN publica.


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* A organização do show da Taylor Swift, proibiu a multidão entrar no local do evento com garrafas próprias de água, calorão, emoção, lá se foi uma vida preciosa. Não era apenas uma fã, tinha nome, endereço e sonhos. Era Ana Clara Benevides, uma jovem, estudante de psicologia, de 23 anos … O show continuou como se nada tivesse acontecido... Vida de fã vale menos do que vida de artista?

Morreu na Papuda, prisão de alta periculosidade, Cleriston Pereira Cunha, um pequeno empresário, preso político, sem crime e sem sentença, do dia 08/1.
Cleriston, até recebeu parecer favorável da PGR para ser solto em setembro, mas não foi analisado pelo supremo ditador da toga. Tinha sérios riscos de morte devido a complicações em seu estado de saúde, mesmo assim continuou preso até a morte. Se tivesse roubado bilhões ( tipo, Sérgio Cabral)ou fosse traficante perigoso (tipo, André do Rap) já estaria solto... Mas era uma “ vidinha”. Era um patriota…

Mas, são casos ocorridos lá no Rio de Janeiro e em Brasília”

* Puro engano, as próximas cenas são aqui em Patrocínio-MG, pertinho do meu Bairro Morada Nova: 
Conforme vídeo viralizado na rede, um motorista avança sinal vermelho, cerca de 1h e pouco da manhã, atropela violentamente um motociclista e... foge sem prestar socorro.
Acontece que outro condutor, passava pelo local no momento, viu o ocorrido... mas também omitiu socorro.
Como que por milagre, o jovem foi jogado cerca de 10 metros de distância, mas teve “ apenas ferimentos leves”.
Uma vida atropelada na madrugada, vale menos ainda?

* Um senhor que trabalhava como vigilante terceirizado em um depósito de materiais a ser utilizados na reconstrução da avenida do Catiguá, foi brutalmente assassinado, na madrugada do último sábado, possivelmente, um ato de vingança. Nada, porém justifica 20 facadas. Nada. O tal “prato que se come frio”. Parece que esquecemos que existe a Justiça de Deus, da qual ninguém escapa…

Na cena do crime lá estava esta velha botina como sendo da vítima…



Como vimos a vida humana anda valendo menos do que uma botina velha desta…

ATO HISTÓRICO,

AFETIVO,

REALIZADOR…

* Nesta terça-feira -feira, 21 de Novembro de 2023, às 14:00, com a permissão ( e foto) do César Chaparral, e a colaboração de Welington, PLANTEI UM IPÊ ROSA NA AVENIDA DO CATIGUÁ! (A muda - a minha em primeiro plano - já tem 04 anos, cerca de 03 m de altura..)


Alguém mais já sentiu uma espécie de cócegas n/alma?



Se este sentimento realizador bem no íntimo se chama felicidade: ESTOU MUITO FELIZ! PLANTEI UM IPÊ NA AVENIDA DO CATIGUÁ…

MAS, PREOCUPADO! QUAL O VALOR DE UMA VIDA?


Nathalia Cristina G Ribeiro | Pixabay


De vez em quando é bom saírmos do lugar-comum de vermos a rotina das coisas e parar um pouco com as reclamações.
Sim, porque a tendência do ser humano é ver que as coisas estão sempre piores do que antes. Isso é da alma humana.
Lembram que há sempre alguém dizendo que “eu era feliz e não sabia”?
Você descobre que é feliz; que o dinheiro (sempre o dinheiro) é importante, porém, nem sempre está nas coisas que realmente nos fazem felizes, quando por exemplo acontece algo realmente ruim na sua vida: uma doença grave, um acidente, a perda de alguém muito importante (por uma separação ou morte, por exemplo).

Antes de você descobrir que era feliz e não sabia, vou dar um exemplo pessoal.

Sempre fui uma pessoa alegre de alto-astral, as pessoas que conhecem sabem o que estou falando.
Pouquíssimas pessoas – familiares, colegas de trabalho, amigos – já me viram sair do sério. Porque acho que ninguém tem nada com meus problemas. Se não conseguir resolvê-lo, peço ajuda. Aliás, não sei se isso é bom, mas minha vida é um livro aberto.


Depois de acidente grave no dia de Corpus Christi‎ de 2013 e de um AVC — no dia 28 de janeiro de 2014 ano, quando fiquei sete dias no hospital —, entendi que fazia as coisas da forma correta, sendo positivo. E decidi mudar ainda mais. Ter mais tempo para minha esposa, filhos, noras, genro, netos, mãe (que infelizmente faleceu há dois anos) e irmãos; para escrever, ler e ver filmes e séries de TV – que adoro. E sabe o que aconteceu? Nada. O mundo não parou por isso, nem fiquei mais pobre. Ao contrário, para mim, melhorou... e muito!

Pois bem, numa sexta-feira de outubro de 2014, quanto estava voltando da academia, na minha caminhada diária pela Avenida João Alves, notei quão bela eram nossas principais avenidas (em Patrocínio, Minas). A primavera tinha chegado e foi vestindo as plantas das mais diversas formas de flores.

Não resisti, voltei em casa, busquei a máquina fotográfica (celulares ainda não faziam fotos com a qualidade de agora) e cliquei do cruzamento da rua Major Tobias até a rotatória do avenida Faria Pereira. A diversidade era incrível.

Amanhã, quando for caminhar por uma rua (qualquer rua, de uma cidade — qualquer cidade do país, de qualquer país — ou pelo campo, observe o quanto você é privilegiado. Primeiro pela visão, por poder ver tudo isso. E, se não puder ver, poderá sentir o cheiro e a brisa. Você vai ver que é feliz e sabe disso. E vai agradecer a Deus só pelo fato de estar vivo.

Como diria o síndico Tim Maia na música “Canário do Reino”: “Em qualquer rua, de qualquer cidade; em qualquer praça de qualquer país; levo meu canto puro e verdadeiro, eu quero que o mundo inteiro sinta feliz”.

Crônica integrante do meu quinto livro — segundo da série — "O Som da Memória, A Volta", que será lançado em dezembro de 2023. 

JÚLIO CÉSAR RESENDE


  • Um frade foi preso por dirigir em alta velocidade. Além disso, seu carro estava sem frei.

  • Um cara ligou para uma clínica que trata de impotência. Quem atendeu disse: “Alô! Quem falha?”

  • O que a mãe do Sylvester Stallone disse quando viu o filho pelado? “Se veste, Stallone!”

  • Em qual filme uma pessoa foge da prisão com uma mochila cheia de álcool? “Fuga de álcool atrás”.

  • Qual é o personagem do Sítio do Pica-pau Amarelo que vivia bebendo vinho? “Tia nas taça”.

  • O que é que um russo com frio disse a outro russo com frio? “Onde é que os casaco estão?”

  • Qual “rap” que só se ouve em aniversários? “O rap birthday”.

  • Por que o jogador resolveu treinar na piscina? Para melhorar os passes em profundidade.

  • O que um cílio falou para o outro depois de contar uma piada sem graça? “Ri, meu!”

  • Qual é o doce favorito do átomo? É o pé de molécula.

  • Por que as cáries foram às urnas? Para escolher um governador prudente.

  • Qual é o nome do cidadão que vende açúcar acima do preço? Açu-careiro.

  • Um garoto tinha o apelido de “Tarefa”. Certo dia, na sala de aula, o professor escreveu no quadro-negro “Tarefa para casa”. O menino se levantou e foi embora.

  • Por que o traficante demitiu a faxineira? Porque ela tirou o pó da mesa.

  • Por que o policial não lava louças com sabão? Porque ele prefere deter gente.

  • O pastor de uma igreja evangélica lançou um perfume com cheiro de Jesus. Nome do perfume: Deus odorante.

  • Religiosa fez uma longa caminhada e chegou a seu apartamento toda ensopada de suor. Ela é a bem suada.

  • Quando o céu está escuro, com previsão de muita chuva, que carro ele usa para ir ao trabalho? O Celta preto.


Breve meu novo livro da série "O Som da Memória", com crônicas sobre a minha geração e Patrocínio dos anos 1970 até 2000, estará nas bancas. Este, já está em fase de correção e traz crônicas do primeiro, do segundo livro e muitas inéditas. A partir de hoje, semanalmente, você, meu caro leitor, ver essas crônicas aqui na coluna. 

Conto nesta, como a imaginação nos transporta para qualquer hora e lugar, especialmente do passado.

Aí vai.



Chita, Boy, Tarzan e Jane ( “Tarzan , o Homem Macaco”, de 1932, e “Tarzan e sua Companheira”, de 1934, clássicos protagonizados por Johnny Weissmuller e Maureen O’Sullivan), personagens do livro de Edgar Rice Burroughs em filme década de 1940, mas na primeira parte dos anos 1960, ainda eram exibidos em Patrocínio, principalmente no Cine Rosário. Foto: divulgação

A
lgumas pessoas dizem que quanto mais velho você fica, pior é a memória. Sinto muito, mas discordo. Não sei bem por que, mas ainda recordo coisas incríveis, que nem em sonho imaginaria que pudesse lembrar. O exercício mental que faço semanalmente para escrever “desenterra” as lembranças de forma tão natural que assusta.

Duas lembranças que nada tem a ver uma com a outra, porém, o resultado final é o mesmo: a imaginação.

Eu já quis ter uma cabana de capim. Isso começou ao ver filmes do Tarzan, na infância. Histórias como as de Robson Crusoé ou do “Naufrago” — mais recente, filme estrelado por Tom Hanks e lançado em 2000 —, me fascinam, tanto hoje quanto na infância. Aqueles hotéis feitos em cabanas suspensas, no meio da selva, aonde só se chega de barco ou helicóptero, me atraem tanto quanto um final de semana na praia.

Ter uma infância livre na Serra do Cruzeiro e nas imediações dos córregos Tabocas, Feio e Dourados, e ali encontrar toda a estrutura para realizar fantasias — que remetiam ao Tarzan — como: passear de cipó, nadar num poço de água corrente e esconder da chuva embaixo de árvores enormes, que agora sei que isso é perigoso, foram fatores que fizeram ter esse tipo de preferência e deixar voar na imaginação.

E nada aguça mais a imaginação que um livro.


O primeiro livro com que tive contato, e de que tenho lembrança, nem era um livro, era uma espécie de apostila. “A história dos três porquinhos”.
A professora Rosa Gabriel entregou a primeira página, com três frases:

“Era uma vez... Era uma vez... Três porquinhos”.

Tá, e daí?

Daí, que aquilo foi como uma droga. Tive contato com a primeira e quis logo a segunda dose (página). E outra, mais outra mais, até chegar à ultima, quando o lobo entra literalmente pelo cano, na chaminé, cai no caldeirão de água fervente e sai em disparada.

E mais, além daquelas páginas de um colorido exuberante, para aquele garoto do primeiro ano primário, ainda havia os cartazes que a professora exibia e deixava pendurados na penúltima sala, do lado esquerdo do pátio da escola João Beraldo, onde eu estudava.

Além dessa, outra história: do “Epaminondas”, que era um tipo meio idiota e carregava manteiga na cabeça. Eram interessantes, além de engraçadas. 

Tinha ainda o “Saci Pererê” e outras histórias, como o “Jeca Tatu” de Monteiro Lobato, cujo personagem – incapacitado pelos vermes, de pés descalços e bichos de pé às dezenas. A gente nem precisava imaginar, porque estava “careca” de ver o tipo na nossa região. Patrocínio era pouco mais que uma comunidade rural nesta época, primeira metade dos anos 1960. Claro, estas histórias infantis vinham carregadas de preconceitos que hoje já não se aceitam, mas na época não se pensava assim e nós, do interior, principalmente crianças, não tínhamos a menor noção disso.

Há alguns anos, numa feliz iniciativa da então secretária municipal de Educação, Priscila Magalhães, e da superintendente regional de Ensino, Edmar Oliveira Ferreira, “Dininha”, foi criado um museu com essas peças de ensino fundamental dos anos 50 e 60. Lá, pude rever os cartazes — da história dos três porquinhos — que me deixavam fascinado na infância, além de carteiras e outros instrumentos utilizados na época.

Li certa vez que cerca de 40% da felicidade depende de nós próprios. Desde a infância ao amadurecimento, podemos aprender a ser felizes desenvolvendo uma série de aptidões. Concordo e acrescento: uma criança feliz, tem tudo para ser um adulto realizado, pois, mesmo que não consiga tudo o que quer, saberá valorizar o que é e o que tem. E voar nas asas da imaginação pode ser uma dessas dádivas.

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