Riqueza. É interessante sabê-la quando é mostrada utilizando-se da geografia: município, estado e país. A distribuição da riqueza apresenta os pontos fortes e fracos de um lugar. Dessa vez, coube à competentíssima Fundação Getúlio Vargas (FGV) demonstrar os ricos e os pobres do Brasil. Para tanto, ela analisou dados das declarações do Imposto de Renda Pessoa Física (DIRF da Receita Federal) como base. Usou também informações do IBGE. É bom ter atenção para não confundir esse indicador (Imposto de Renda) com outros, tais como o PIB per capita e o IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal).

PATROCÍNIO CIDADE RICA – A análise do Patrimônio Líquido Médio da População demonstra que o Município é o 32º lugar de Minas, com quase R$ 43 mil (exatamente R$ 42.553,00). Mas o que isso significa? Pelo Imposto de Renda, o patrimônio líquido de uma pessoa são os bens que ela possui menos as dívidas, em um ano. Ou seja, os ativos menos os passivos de uma pessoa. Como o indicador é considerado, em termos médios, cada patrocinense tem R$ 43 mil de patrimônio líquido. Na realidade, não é bem assim. Pois, tem pessoas com enorme patrimônio líquido, e, pessoas com até patrimônio negativo (deve mais do que tem). Por isso, adota-se o termo “média” ou “médio”.

SHOW DE PATOS DE MINAS – Pelo Patrimônio Líquido, Patos é mais rica do que Patrocínio. Lá, o patense, em média (sempre é bom repetir isso), tem o patrimônio líquido de R$ 78 mil. Quase o dobro do patrocinense médio. É o 8º lugar em MG e o 109º no Brasil.

PATROCÍNIO REGULAR – Mudando de indicador, considerando agora a Renda Média da População, Patrocínio é o 34º lugar em MG, com R$ 1.230,00. E Patos de Minas é o 12º lugar, com R$ 1.571,00. Nesse quesito, a campeã mineira e brasileira, Nova Lima, tem renda média de quase R$ 9 mil (R$ 8.897,00).

PATROCÍNIO DECLARA MENOS... – Os declarantes do Imposto de Renda em Patrocínio correspondem a quase 15% da população. Em outras palavras, próximo de 14 mil declarações. Pouco, se comparar com Patos de Minas (18% da população) e com a cidade nº 1, Nova Lima (33% da população). Isso para não citar Araxá (20%), Araguari (17%), Monte Carmelo (13%) e Perdizes (empatada com Patrocínio). Nesse quesito (declaração), a cidade se posiciona em 69º lugar em MG. Posição fraca.

TEM POBREZA NO PEDAÇO – Mesmo sendo classificado como rico, o Município apresenta desigualdade de renda. Essa desigualdade também se acentua fortemente no Norte de Minas, Jequitinhonha e Mucuri. Em até cidades grandes como Pirapora, Teófilo Otoni e Montes Claros. Se juntar no raciocínio que quase 80 mil cidadãos patrocinenses (tem menor de idade, dependente e desempregado nesse número) não declaram imposto de renda, que o patrimônio líquido médio dos declarantes de Patrocínio é apenas regular (o de Patos de Minas é o dobro), e, que a renda média dos Declarantes (não confundir com renda média da população) encontra-se no mesmo patamar do patrimônio líquido, chega-se a um veredito. É visível que Patrocínio necessita de evolução quanto aos declarantes. O número de declarantes está abaixo de seu progresso.

BRASÍLIA É EM OUTRO PLANETA – A renda média no Distrito Federal é de R$ 3.148,00 (14º lugar no Brasil). Dentre as capitais, as maiores são de Florianópolis e Porto Alegre. Nova Lima, o 1º lugar geral, tem quase R$ 9.000,00 em média de renda por pessoa. Aliás, a riqueza dessa cidade da Grande BH é devido, sobretudo, aos bairros Jardim Canadá, Vila da Serra e condomínios de alto luxo, nessa região do famoso BH Shopping, na capital mineira. Tem alguns patrocinenses que residem por lá. Porém, a desigualdade maior é quando a FGV mostra que a renda média no Lago Sul de Brasília é de R$ 23.241,00. Isto é, três vezes maior do que a renda no município mais rico do País (Nova Lima). Assim, a capital dos servidores públicos “estoura a boca do balão”. Brasília, retirando a periferia, é habitada por gente do setor público. Gente de elevadíssimos ganhos.

PORQUÊ PTC É RICA – Patrocínio está situada no “Mapa da Riqueza da FGV Social”, na maior faixa de renda média da população. Isso baseado nas declarações do DIRF de 2021, ano-calendário 2020.

ALGUMAS VITÓRIAS PATROCINENSES – A Renda Média da População de Patrocínio (R$ 1.230,00) é maior do que as de Minas (R$ 1.153,00), Goiás (R$ 1.092,00), Espírito Santo (R$ 1.134,00) e todo o Norte e Nordeste.

POR FIM – A região é rica. Patrocínio é rica. Todavia, persistem “bolsões” da pobreza (pobre é aquele que ganha menos de R$ 497,00 mensais, segundo o FGV). Suavizar a desigualdade é preciso.

PALAVRA FINAL

SAUDADE – Sábado, dia 18, faleceu José Eustáquio Santos, aos 74 anos. Além de músico em bandas patrocinenses (anos 60/70), que encantaram aquela geração, era seguramente, o fã nº 1 do lendário Renato e seus Blue Caps (a versão dos Beatles no Brasil). Zé Eustáquio foi exemplar quanto à probidade e fineza. Sem volúpia pelo modismo, o seu paraíso, a sua praia, chamava-se Patrocínio (era também sobrinho deste autor).

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Que glória! A “ PRIMEIRA COLUNA” assinada por EUSTÁQUIO AMARAL, celebra , neste 25/02/ 23, 45 ANOS de circulação ininterrupta na imprensa Rangeliana. (BODAS DE RUBI).

Se trata-se de um marco? Em suma, basta dizer que estamos diante de um caso com cabedal para o Guinness World Records. Com a palavra Rondes Machado lá no Céu…

Sua coluna, no dizer do próprio autor, “amadora”, é publicada semanalmente na Gazeta de Patrocínio, Sites Patrocinionline e Rede Hoje, mas deveria, ser lida também na Tribuna da Câmara Municipal de Patrocínio, em cada Sessão Ordinária. Logo depois da leitura bíblica e execução do Hino de Patrocínio, faria-se a leitura de sua coluna, mantendo aquele mesmo espírito reverente e santo no recinto.

Caso alguém encontre exagero em minhas palavras: “ PATROCÍNIO ESTÁ ENTRE OS RICOS, PORÉM COM RESSALVA” Eis o título de sua coluna, exatamente neste histórico 25/ 02/23.

Do alto de sua humildade, zero ufanismo pela data. Nenhum confete ao seu ego pela façanha alcançada. Aliás, mais um show editorial… Como está nosso município entre os ricos e pobres do Brasil? (O nível de sua escrita e daí pra cima) Somente leitores da “ Primeira Coluna”, saberão coisa tais e muito mais.

Isto posto, olha aqui pra mim… não…nos olhos, por favor:
Voce acha que o prefeito Deiro Marra, vai enviar ao homem das “ Bodas de Rubi” um ofício de parabéns? Você acha que algum vereador vai apresentar- lhe uma “ Moção de Aplauso?” Você acha que a Deputada Federal Greyce Elias e Deputada Estadual Maria Clara, ao menos sabem da grandeza de “ Menestrel Rangeliano”? você acha que alguém da mídia vai lhe tecer algum tributo? Infelizmente a resposta é não.

É gente ocupada, no dizer deles “defendendo Patrocinio” Quanto a isso, só duas perguntas: Alguém destes, defendem a história, a gente, o chão sagrado, as glórias e o futuro de Patrocínio mais do que Dr. Eustáquio do Abadio Amaral? Mas…de graça?

Onde cada uma das autoridades da vez, estava há 45 anos?

E se, ao invés de nascer na “ Santa Terrinha”, ele tivesse nascido em Patos de Minas, Uberlândia ou Belo Horizonte, hoje seria aplaudido e de pé…

Ainda hoje, “ Menestrel Rangeliano” fará sua caminhada pelas alamedas bem arborizada de Belo Horizonte, onde reside. Quem passar por ele, possivelmente vai vê-lo com um foninho de ouvido. Nem imagina que está sintonizado em alguma rádio da “ Santa Terrinha”. Eis ele e seu cordão umbilical, que só pode ser de aço.

Mais uma verdade e na lata: O que E.A. fez pela Saúde de Patrocínio, enquanto, Superintendente de Planejamento e Finanças da Secretaria de Estado da Saúde, por 12 anos, nenhum deputado da terra, fez. Prova de que, o tempo todo, é mais do que um serviçado servidor de Patrocínio.

Aliás, que fenômeno: Seus pés, suas mãos e sua cabeça há muito estão lá na Côrte, mas seu coração, sua mente e sua alma NUNCA saíram de Patrocínio.

45 ANOS… Sua vida é um hino de amor a Patrocínio e região.
Que chegue aos céus em forma de prece, nosso aplauso de reconhecimento de gratidão!




Cenário. Fragmentos do cotidiano patrocinense permitem mostrar um pouco como era a vida, o cenário patrocinense, em uma época distante. O ano de 1934 é rico de informações. Na sua maioria, ainda desconhecidas. O domínio dos Correios, a liderança incontestável do Dom Lustosa e o papel importante de nomes da história patrocinense.

SEMPRE CHEGAVA HOLANDÊS – Direto da Holanda, em janeiro/1934, Padre Venâncio Hulselmans e Irmão Huberto van Ruiten passaram a residir no Ginásio (escrevia Gymnasio) Dom Lustosa. Com isso, mais holandeses no Município. Estava configurada a invasão holandesa em Patrocínio (invasão cultural e religiosa).

ERA MODA... – A comunidade holandesa de Patrocínio (e seus admiradores), afirmava, que segundo o censo na Holanda, todos os holandeses com mais de 20 anos de idade, eram católicos. Então, está explicado o grande número de padres holandeses.

CARNAVAL EM 1934 – “Serão prohibidos os gestos, canções e palavras obcenas, ou que envolvam desrespeito a quaesquer autoridades, classes e instituições...” Assim expressava o aviso da Polícia do Estado. Bom tempo...

ELEVADO NÍVEL DE JURADOS – Dentre os sorteados, no Júri de fevereiro, estavam Massilon Machado (poeta), Mário Alves do Nascimento (prefeito em 1963), José Luiz da Silva (um dos fundadores do CAP), Octavio de Brito (farmacêutico renomado), Secundino de Faria Tavares (pai da famosa família), Manoel Nunes (comerciante), Cândido Duca (farmacêutico), Luciano Furtado (advogado), e, outros que deram credibilidade ao Tribunal.

GUERRA RELIGIOSA... – A criação do Ginásio Dom Lustosa, em 1927, foi uma reação da Igreja Católica (devido) à presença da Igreja Presbiteriana, Instituto Bíblico sobretudo, em Patrocínio. Em 1934, o jornal “O COMMÉRCIO” publicou: “O pae catholico não deve e, em consciência, não pode colocar filhos em collegios protestantes, espíritas e anti-catholicos.” Ainda bem que essa época passou... e não deixou saudade.

JUVENTUDE DE CELEBRIDADES – Michel Wadhy (médico e fundador da Academia Patrocinense de Letras, em 1982) já publicava poesias em 1934. Nesse mesmo ano, o “menorista” Almir Marques viajava pelo trem para Belo Horizonte, rumo ao Seminário (Almir foi o primeiro e único bispo patrocinense). E o Cinema Odeon (Largo do Rosário) era o ponto de encontro dos enamorados.

INCRÍVEL: 300 MIL CARTAS CIRCULANDO – A Agência Postal e Telegráfica de Patrocínio publicou o movimento dos correios em 1933. Foram expedidas quase 95 mil cartas (só cartas “simples” foram 84.800). E recebidas 105 mil cartas (exatamente 95.395 cartinhas). Nisso é bom destacar que mais de 15 mil cartas eram registradas (recebidas + expedidas). E em trânsito (sem ser de Patrocínio), mais de 83 mil (só cartas simples totalizaram 79.084). Somando a tudo, foram mais de 6.000 malas postais. Para um tempo que não existia telefone interurbano (telefone ligando cidades), o correio dominou amplamente as comunicações entre as pessoas.

MOVIMENTO DE TELEGRAMAS... – Em 1933, foram taxados 5.277 telegramas com quase 80 mil palavras. E os telegramas locais chegaram a 11 mil, dentre “transmitidos” e “recebidos”. Cartas e telegramas, verdadeiro show postal, fizeram parte essencial da vida nos anos 30 e 40.

ESPETACULAR: ALUNOS DO DOM LUSTOSA APROVADOS – Todos os alunos do Ginásio Dom Lustosa que se submeteram a vestibular em Belo Horizonte e Rio de Janeiro, tiveram êxito. Medicina, Direito, Engenharia, Farmácia e Odontologia foram os cursos escolhidos. Esse fato é mais uma prova da seriedade educacional dos padres holandeses (naquela época havia poucas escolas superiores e a disputa bastante intensa). A escola era a melhor do Alto Paranaíba-Noroeste. E uma das duas melhores de todo o Triângulo (a outra escola era o Diocesano de Uberaba).

VINHO PATROCINENSE “BOMBOU”... O Vinho Generoso, fabricado pelo italiano-patrocinense Adolpho Pieruccetti, de pura uva, recebeu medalha de prata na Exposição do Centenário. Além de ter recebido um Diploma de Honra ao Mérito, do Instituto Agrícola Brasileiro.

JARDINEIRA... Ligando Patrocínio a Coromandel, havia a Autoviação do Antônio Brügger. Aos sábados, de Coromandel para Patrocínio. Às segundas-feiras, o retorno, às 7h da manhã. Saída: Largo Santa Luzia.

PEQUENAS E GRANDES NOTÍCIAS Em 1934/35/36, foi intensa a campanha para a construção da (atual) Igreja Matriz Nossa Senhora do Patrocínio. Professor Franklin Botelho já encantava os patrocinenses dirigindo excelente orquestra, exibindo-se na sede da União Operária (recém-inaugurada). Médico Vicente Soares destacava-se com as crônicas semanais (depois foi prefeito e cassado por volta de 1940). Operários da cidade comemoraram o dia 1º de maio (de 1934) com alvorada, música, passeata e “salvas”. Prefeito Honório de Abreu viajava sempre para BH, pelo trem. Éneas Aguiar (prefeito em 1959/62) regressou do Rio de Janeiro, onde esteve cuidando de sua saúde, também pelo trem de BH.

POR FIM Gratidão ao semanário “O Commércio” pela ajuda indispensável nessa viagem pela Patrocínio de outrora. Desta vez, a visita foi à década de trinta.

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Economia. É outro tema que deveria frequentar mais o conteúdo midiático do cotidiano. Até parece que a vida é composta apenas pelo futebol, polícia e acidentes. Mas o mundo econômico é como se fosse o sol: tudo gira em sua volta. Nesse contexto, o PIB (Produto Interno Bruto) dos municípios mineiros precisa ser mais conhecido. É excelente indicador de uma economia. Não é o único. Todavia, é muito importante. Patrocínio tem um bom PIB. E um fraco (baixo) PIB per capita. Qual a cidade mineira de maior PIB? Essa cidade tem também o melhor PIB per capita? A agropecuária, a indústria, os serviços e a administração pública formam o PIB. O calcanhar de Aquiles da economia de Patrocínio é bastante antigo e comentado. Embora, nós, os patrocinenses, o ignoramos bastante.

AGRO PÔS PATROCÍNIO NA LINHA DE FRENTE – Na última avaliação do PIB mineiro, os dez maiores municípios tiveram queda em seus PIB’s. Exemplos: Belo Horizonte, Uberlândia, Contagem e Juiz de Fora. Patrocínio se situou entre os dez com maiores ganhos nos percentuais de participação estadual (onde MG é 100%). São eles: Patrocínio, que passou de 0,4% para 0,5%; Perdizes, de 0,1% para 0,2%; Uberaba, de 2,4% para 2,5%; Congonhas, de 0,3% para 0,4%; Extrema (1,6% para 1,7%); Mariana (0,3% para 0,5%), e, Itabirito que “pulou” de 0,4% para 1%. Os três restantes (Ouro Preto, Três Marias e Paracatu) ficaram “na mesma”. Os demais perderam participação. Tudo isso é resultado da combinação do Valor Adicionado Bruto–VAB (agrícola, pecuária, silvicultura e extração vegetal), do famoso VAF e do consumo de energia elétrica, por exemplo.

R$ 610 MILHÕES DO AGRO É DESENVOLVIMENTO – A atividade econômica “Agropecuária” (o VAB) coloca Patrocínio em 5º lugar em Minas. Somente Unaí (1º), Uberaba (2º), Paracatu (3º) e Uberlândia (4º) produzem mais do que o Município. Nos dois últimos anos registrados pelo IBGE, Patrocínio mais do que dobrou a sua produção rural. De R$ 285 milhões em 2019 saltou para quase R$ 610 milhões no ano seguinte (2020). Impressionante!

BONITO NA FITA – Serviços (médicos, profissionais, transporte, etc.) é outro componente do PIB (são quatro) em que Patrocínio tem desempenho bom. É mais de R$ 1,5 bilhão por ano (R$ 1.519.940.000,00). Isso posiciona a cidade em 28º lugar no Estado. BH é o 1º lugar no oferecimento de serviços.

OUTRO TIPO, OUTRO GRUPO – Administração, Defesa, Educação, Saúde Pública e Seguridade Social formam outra classe de serviços. Nesse terceiro grande componente do PIB, Patrocínio localiza-se em um patamar de regularidade: 35º lugar em Minas. Embora em crescimento, é o menor componente na atualidade.

QUE TRISTEZA! – Na atividade econômica (o quarto componente do PIB) “Indústria”, Patrocínio deixa a desejar. Com todo o seu maravilhoso potencial no Agro e a sua inteligência instalada nos Serviços, produz na indústria menos de R$ 400 milhões por ano (exatamente R$ 392 milhões). Muito pouco para o tamanho das oportunidades que Patrocínio possui. Só para se ter ideia, a “indústria” de Uberlândia colabora com o PIB uberlandense com R$ 8,4 bilhões (são bilhões mesmo!).

DESEMPENHO NANICO – Desde o começo desse século, a atividade industrial patrocinense rasteja. Cresce um pouco, decresce, cresce um pouquinho depois. Por exemplo, em 2010, a indústria produziu para o PIB de Patrocínio a pífia importância de R$ 150 milhões. Aos “trancos e barrancos”, em 2020, chega a R$ 392 milhões. Por isso e pela inapetência da liderança patrocinense pela atividade industrial, há 75 cidades mineiras com maior atividade industrial (Patrocínio: 76º lugar em MG).

RIQUEZA EM POUCAS MÃOS – O PIB demonstra concentração de renda no Município. Mais especificamente, o tão conhecido PIB per capita (PIB por cabeça, PIB por pessoa). Em 2010, cada patrocinense, em média, recebeu R$ 15.535,00 por ano. “Em média”, significa que alguns receberam 10 ou 100 vezes mais. Outros, às vezes, nada. Em 2020, melhorou. Atingiu a R$ 35.985,00 por patrocinense, EM MÉDIA. Entretanto, é pouco o PIB per capita de Patrocínio: é só o 118° lugar de Minas. Extrema e Jeceaba são os maiores PIB per capita do Estado.

O QUE PODE SIGNIFICAR – O PIB a preços correntes do Município, por ano, é de R$ 3,3 bilhões. O que é regular. Pelo tamanho populacional, deveria ser maior. Ou seja, a produção industrial é o ponto fraco. Faltam indústrias. Como é dito no jargão popular: “está na cara”. Pois, as outras três atividades, sobretudo o Agro, estão em melhores condições.

ESCOLHA DE SOFIA– Para Patrocínio ter um PIB per capita maior, ou aumenta o PIB a preços correntes, por meio de aumento da atividade industrial, ou, reduz um pouco a população. Essa alternativa é apenas aritmética. É impossível. Mas não deixa de ser um aviso aos incautos e ingênuos defensores (inclusive na imprensa) de quanto maior a população, mais progresso há. Tipo aquela “turminha” que sonha com 100 mil habitantes para Patrocínio, com o Censo do IBGE. O tamanho da população patrocinense já está muito bom. Não é necessário aumentar mais.

POR FIM – Trabalho técnico da Fundação João Pinheiro, publicado há um mês e pouco, além do IBGE, sustentam este pensamento. Sigamos ... com Patrocínio acima de tudo.


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